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A CONCEPÇÃO DE ESTADO PARA MAX WEBER

Por:   •  17/8/2018  •  1.332 Palavras (6 Páginas)  •  513 Visualizações

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3.1 – OS TRÊS TIPOS PUROS DE DOMINAÇÃO LEGÍTIMA

Weber em sua obra “Economia e Sociedade” dedica um capítulo a definição de dominação e separa ela em três tipos puros e fundamentais.

“Nas relações entre dominantes e dominados, por outro lado, a dominação costuma apoiar-se internamente em bases jurídicas, nas quais se funda a sua ‘legitimidade’, e o abalo dessa crença na legitimidade costuma acarretar consequências de grande alcance. Em forma totalmente pura, as ‘bases de legitimidade’ da dominação são somente três, cada uma das quais se acha entrelaçada – no tipo puro – com uma estrutura sociológica fundalmentamente diversa do quadro e dos meios administrativos.” WEBER (1981, p. 128)

DOMINAÇÃO LEGAL:

Dominação legal é uma dominação burocrática onde um grupo de indivíduos submete-se a um conjunto de regras racionalmente criadas e formalmente definidas e aceita por todos. Essas regras designam a quem e em que extensão deve-se obedecer. Para Weber, esse tipo de dominação é estável, já que é baseado em regras criadas por um estatuto. Aqui, o poder de autoridade se encontra legalmente seguro.

DOMINAÇÃO TRADICIONAL:

A Dominação Tradicional é o tipo mais antigo de dominação e define-se pela existência de uma fidelidade tracional. Isso significa dizer que a obediência se dá por hábito e que esse comportamento já faz parte do costume e cultura da sociedade. O exemplo mais utilizado de dominação tradicional é patriarcalismo, onde se obedece por respeito (aos pais, aos senhores, aos governantes). Também é considerado como uma dominação estável, uma vez que está enraizada na tradição da sociedade.

DOMINAÇÃO CARISMÁTICA:

Na Dominação Carismática, a autoridade se vê legitimada pela devoção dos dominados em relação ao dominador. Ela baseia-se nas crenças transmitidas e no reconhecimento dos feitos pessoais dos dominadores. A obediência se dá devido as qualidades pessoais do indivíduo e não precisa ser legal ou tradicional. Para que se estabeleça essa autoridade, é necessário que o apelo do líder carismático seja considerado como legítimo por seus seguidores, que estabelecem com ele uma lealdade. Weber vê esse tipo de dominação como instável, por que nada assegura a devoção afetiva ao líder carismático, por parte dos dominados.

4 – CONCLUSÃO

O Estado sempre vai ser dententor do poder e sempre vai ser o dominador. Ele se divide em vários seguimentos e delega o poder às suas instituições tais como o exército, o parlamento e o judiciário. O poder do Estado é sempre coercitivo e as decisões tomadas por ele devem ser acatadas pela Dominação Legal, dominação essa que legitima o uso da violência e torna o Estado o único com o direito a usar violência, dá-se então o monopólio da violência legitimada. Por ser Legal, o Estado só se sustenta com o apoio e aceitação de seus dominados. O Estado sempre tem que se apresentar como legítimo aos cidadãos, para manter o crédito em sua validade.

Um pararelo pode ser feito com nosso Estado contemporâneo, que é um Estado burocrático. Aqui, a violência estatal encontra seus limites e suas regras. Se ela for usada fora das normas, o Estado corre o risco de perder a legitimidade, que lhe é tão necessária para se manter no poder.

Há, ao meu ver, uma certa confiança mútua entre o Estado contemporâneo e a sociedade, visto que por mais poder que o Estado tenha, ainda é a sociedade que define se ele vai ficar lá ou não. A legitimação do Estado está na mão dos cidadãos, e a partir do momento que os cidadãos não derem mais essa legitimidade ao Estado, ele perde todo o poder que tem.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

WEBER, Max. Política como vocação. Brasília: UnB, 2003.

WEBER, Max. Economia e Sociedade.

BIANCHI, Alvaro. O Conceito de Estado em Max Weber.

Acesso em: 31/05/2016

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