Max Weber, Os três tipos de dominação

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“O estado- maior administrativo, que representa externamente a organização de dominação política, tal como aliás qualquer outra organização, não se inclina a obedecer ao detentor do poder em razão apenas das concepções de legitimidade” (WEBER, p.59). O autor considera a obediência vinculada a interesses pessoais, como retribuição material e prestígio social. Max Weber distingue as administrações em duas categorias, “A primeira obedece ao seguinte princípio: o estado-maior, os funcionários ou magistrados, de cuja obediência depende o detentor do poder, são, eles próprios, os proprietários dos instrumentos de gestão, instrumentos esses que podem ser recursos financeiros, edifícios, material de guerra, parque de veículos, cavalos, etc. A segunda obedece a princípio oposto: o estado-maior é privado dos meios de gestão, no mesmo sentido em que, na época atual, o empregado e o proletário são “privados” dos meios materiais de produção numa empresa capitalista” (WEBER, p.60).

O Estado Moderna gera condições para o surgimento do Estado Contemporâneo, que apresentou novas formas de capital, livre concorrência e universalização dos direitos. No Estado contemporâneo surge a ideia de legitimidade racional do estado moderno, esse nova face do Estado diferencia-se por novas práticas comerciais permitindo a regularização do capitalismo. Neste contexto é cabível a relação entre Estado, grandes empresas e partidos, observa-se que o poder econômico controla o poder político. A interferência das grandes empresas se tornam comumente aceitas, à medida que para não perder privilégios há a necessidade de apoio das mesmas.

“Uma abordagem que se revela particularmente útil na investigação referente aos problemas subjacentes ao desenvolvimento do Estado contemporâneo é a análise da difícil coexistência das formas do Estado de direito com os conteúdos do Estado social” (BOBBIO, p. 401). Os problemas vinculados ao Estado moderno são atrelados as complicações da esfera social e econômico. O diagnóstico de “Os critérios da racionalidade administrativa”, a politização da administração trata da alteração da relação política-administração, intende-se que esta nova configuração da racionalidade administrativa leva em consideração a administração para a “politização”. Assim pode-se afirmar que o diagnóstico de problemas vinculados ao Estado contemporâneo foi mais umas das grandes contribuições de Max Weber, a problematização esquematizada pelo autor deixa claro que a aparelhagem estatal está em benefício próprio.

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