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RESUMO - O QUE É SOCIOLOGIA

Por:   •  25/12/2018  •  2.508 Palavras (11 Páginas)  •  402 Visualizações

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Tais ideias dos conservadores foram referência para os pioneiros da sociologia, porém modificariam algumas das concepções dos "profetas do passado", adaptando-as às novas circunstâncias históricas, visto que estavam conscientes de que não seria possível voltar à velha sociedade feudal.

Entre os autores positivistas, em destaque Saint-Simon, Auguste Comte e Emile Durkheim, as ideias dos conservadores exerceriam uma grande influência, estabelecendo uma “escola retrógrada”. São estes autores que iniciarão o trabalho de dar ao conservadorismo uma nova roupagem, com o propósito de defender os interesses dominantes da sociedade capitalista.

Saint-Simon tem sido geralmente considerado o "mais eloquente dos profetas da burguesia”: Uma vez que todas as relações sociais tinham se tornado instáveis, o problema a ser enfrentado, em sua opinião, era o da restauração da ordem. Em sua visão, a nova época era a do industrialismo, que trazia consigo a possibilidade de satisfazer as necessidades humanas e seria a única fonte de riqueza e prosperidade. Acreditava também que o progresso econômico acabaria com os conflitos sociais e traria segurança para os homens. A função do pensamento social neste contexto deveria ser a de orientar a indústria e a produção. Valorizava o cientificismo, e percebe que faltava uma ciência social. Conflito entre possuidores e não possuidores. A ciência da sociedade devia descobrir essas novas normas que pudessem guiar a conduta da classe trabalhadora, refreando seus possíveis ímpetos revolucionários.

Auguste Comte retomou várias ideias de Saint, porém Comte é inteiramente conservador. Negava as ideias religiosas e iluministas. Desenvolve o pensamento Positivista. A matemática, a astronomia, a física, a química e a biologia eram ciências que já se encontravam formadas, faltando, no entanto, fundar uma "física social", ou seja, a sociologia. Ela deveria utilizar em suas investigações os mesmos procedimentos das ciências naturais, tais como a observação, a experimentação, a comparação etc. O foco era buscar acontecimentos constantes e repetitivos da natureza. Para ele, o equívoco dos conservadores ao desejarem a restauração do velho regime feudal era postular a ordem em detrimento do progresso.

Durkheim foi responsável por integrar a sociologia nas Universidades. Contexto de luta de classes dos trabalhadores; greves; progresso tecnológico ao usar petróleo e eletricidade como fonte de energia. Acreditava que a raiz dos problemas não era de natureza econômica, mas sim certa fragilidade da moral da época em orientar adequadamente o comportamento dos indivíduos. Devido à isso, discordava das ideias socialistas. Compartilhava a mesma visão que Saint sobre os valores morais serem capazes de reconstituir a sociedade. Durkheim Considerava otimista o industrialismo. Julgava, assim, que o efeito mais importante da divisão de trabalho não era o seu aspecto econômico, mas sim o fato de que ela tornava possível a união e a solidariedade entre os homens. Entretanto não havia ainda um conjunto de ideias que controlassem o comportamento desses homens, por isso a sociedade não tinha um bom funcionamento. A ausência de regras causa a Anomia. Estudou os frequentes suicídios. A sociologia deveria se ocupar com os fatos sociais que se apresentavam aos indivíduos como exteriores e coercitivos (ex: direito, costumes, crenças religiosas, sistema financeiro). Segundo ele comportamo-nos segundo o figurino das regras socialmente aprovadas. A sociedade deveria ser estudada assim como os fenômenos naturais.

Mertom e Parsons, dois sociólogos americanos, foram os responsáveis pelo desenvolvimento do funcionalismo moderno (busca de explicação das instituições sociais visando sua finalidade na manutenção da estrutura social) e pela integração de Durkheim ao pensamento sociológico contemporâneo.

Em suma, o positivismo se preocupava em preservar a ordem capitalista; porém com o surgimento do proletariado surge também a critica a essa ordem, dando origem ao Socialismo com todas as contradições e antagonismo dessa sociedade capitalista. Contexto de exploração e luta de classes.

Nesse campo ganha destaque Marx e Engels, que não se preocupavam em rotular a sociologia nas suas diferentes questões; tudo estava interligado em suas teorias, o que leva a entender que esta foi fundada nas práticas/ debates.

Análise crítica às três principais correntes do pensamento europeu do século passado, ou seja, o socialismo, a dialética e a economia política.

Dialética consiste em abordar a questão a ser discutida na forma de tese e antítese, com objetivo de chegar-se a transcendência de ambas, na síntese, que seria uma terceira tese. Segundo estes autores, o objetivo da dialética não seria interpretar a realidade, mas refleti-la.

Socialismo pré-marxista/utópico foi a primeira reação a esse contexto, em que os pensadores buscavam eliminar todas as diferenças sociais e igualar os cidadãos no viés politico e de condições de vida. Marx e Engels criticaram os socialismos anteriores a sua época, expondo as limitações deste. Apontavam que os utópicos fizeram critica a burguesia, mas não indicaram nenhum meio capaz de transformar essa sociedade. Isso se devia ao caráter apolítico desse socialismo. Os "utópicos" atuavam como representantes dos interesses da humanidade, não reconhecendo em nenhuma classe social o instrumento para a concretização de suas ideias.

Em contato com a dialética hegeliana, eles ressaltaram o seu caráter revolucionário (Hegel sugeria que tudo o que existia, devido às suas contradições, tendia a extinguir-se) e criticavam o caráter idealista (o pensamento ou espírito criava a realidade; as ideias não dependem dos objetos da realidade; acreditando fenômenos são projeções do pensamento).

Buscavam corrigir tal utopia, e ao recorrer ao materialismo filosófico de seu tempo também percebeu falhas, uma vez que este era mecanicista, concebia os fenômenos da realidade como permanentes e invariáveis. Isso ia de encontro com os avanços das ciências naturais, que estavam constatando novos fatos a esse campo. Além disso, os frequentes conflitos de classes que ocorriam levavam Marx e Engels a destacar que as sociedades humanas também se encontravam em contínua transformação, e que o motor da história eram os conflitos e as oposições entre as classes sociais.

A aplicação do materialismo dialético na explicação dos fenômenos sociais levou à criação do materialismo histórico, que estuda a sociedade baseado em sua economia. Criticaram esse método pelo

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