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Resumo Sociologia: O QUE É SOCIOLOGIA?

Por:   •  22/1/2018  •  1.444 Palavras (6 Páginas)  •  450 Visualizações

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os ideais iluministas trariam de volta a ordem social, mas sim um conjunto de valores comuns a todos os homens. A ordem e o progresso eram dois elementos fundamentais, sendo a primeira ponto de partida para a construção da nova sociedade e a segunda que viria progressivamente como consequência da primeira.

Emile Durkkheim (1858-1917) preocupou-se com a questão da ordem social e focou em estabelecer o objeto de estudo e métodos de investigação sociológicos, possibilitando assim a entrada da sociologia no meio acadêmico. Ele afirmou que a falta de uma moral que orientasse a conduta dos indivíduos era a raiz dos problemas, pois assim como Saint-Simon via os valores morais como um elemento eficaz contra as crises. Com isto, buscava mostrar que os programas de mudanças dos socialistas que defendiam redistribuição da riqueza, não resolveriam os problemas da época. Durkkheim acreditava que o comportamento e a maneira de sentir e ver a vida eram estabelecidos pelos outros, pois o indivíduo ao nascer já encontra a sociedade pronta e age de acordo com as regras aprovadas socialmente. Portanto para restabelecer a saúde da sociedade, se fazia necessária a criação de novos hábitos e atitudes para o cidadão. O positivismo durkheimiano influenciou fortemente a sociologia comtemporânea.

Se o positivismo defendia a preservação da ordem capitalista, o socialismo vem para fazer uma dura crítica aos seus antagonismos. Os estudos realizados por socialistas pré-marxistas foram utilizados por Marx e Engels, que evidenciaram as brilhantes idéias de seus precursores e as deixaram com mais praticidade e consistência teórica. Ao analisarem profundamente o histórico da sociedade capitalista e apontarem seus possíveis agentes transformadores, eles objetivavam que o socialismo contribuísse

efetivamente nas mudanças radicais da sociedade. Marx assumia publicamente ser o porta-voz do proletariado, uma vez que os economistas clássicos eram os porta-vozes da burguesia. O foco central do pensamento marxista era as contradições do capitalismo, e via a crescente divisão do trabalho como propiciadora de exploração e alienação. Essa vertente de pensamento tornou a sociologia mais crítica e militante, afirmando o compromisso de ir contra a exploração entre classes sociais.

Max Weber (1864-1920) se concentrou em distinguir o conhecimento científico e os julgamento de valor sobre a realidade, dando uma reputação científica a sociologia. Ao buscar essa neutralidade científica, também estabeleceu distinção entre o cientista, homem do saber e o político, homem de ação. Estudiosos afirmam que essa foi a maneira que Weber encontrou para lutar pela liberdade intelectual, mantendo a autonomia da sociologia em frente ao Estado alemão de sua época. Ele considerava o indivíduo e sua ação como pontos chave da investigação, ressaltando que era necessário compreender as intenções e motivações dos seres que vivenciavam as situações sociais estudadas. Ao contrário de Marx, Weber não considerava o capitalismo injusto, ele via a grande empresa como uma organização racional que desenvolvia atividades com precisão e eficiência.

CAPÍTULO TERCEIRO: O Desenvolvimento

O contexto histórico em que se deu o desenvolvimento da sociologia tem uma burguesia distante dos ideais de igualdade e fraternidade, ou seja, cada vez mais conservadora, utilizando meios repressivos para dominar a classe trabalhadora. A profunda crise em que se instalava o capitalismo provocou repercussões notáveis no pensamento sociológico contemporâneo. De modo geral, ela se subjugou à dominação vigente e tornou difícil para o sociólogo gerar estudos com autonomia, criticidade e criatividade.

No início deste século, a pesquisa de campo entrou na sociologia tornando essa fase rica em termos de pesquisa e levantando questões originais para reflexão. Apesar disso, tais estudos possuíam limitações. Percebeu-se o desapego à realidade histórica viva e concreta, gerando diversos conceitos

artificiais, além do empirismo nem sempre ligado firmemente à reflexão teórica. A segunda metade do século foi afetada pelas duas guerras mundiais, que interrompeu repentinamente o intercâmbio de conhecimentos entre as nações. Intelectuais e cientistas sofreram perseguições ao manter uma posição independente e crítica em relação a esses regimes totalitários.

A partir de 1950, a sociologia foi envolvida na contenção do socialismo, na repressão dos movimentos de libertação das nações submetidas às potências imperialistas e pela preservação da dependência econômica destes países aos centros metropolitanos. Os estudos empíricos deixaram de lado os temas com problemáticas históricas e passaram a focar em aspectos irrelevantes, firmando a sociologia como uma ciência de prática conservadora. O sociólogo tornou-se um intelectual assalariado, com a profissionalização e consequente domesticação de seu trabalho.

Para que a sociologia recupere a eficácia prática, é necessário que haja uma união do sociólogo com os movimentos

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