O Futuro da Raça e da Etnicidade
Por: Hugo.bassi • 15/3/2018 • 960 Palavras (4 Páginas) • 316 Visualizações
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O racismo no Brasil está presente no ideal estético de valorização da beleza branca nos maios e comunicação de massa. Podemos dizer que a desigualdade racial é uma das principais consequências do racismo e da discriminação racial. Estudos sobre essa temática revelam que os negros ocupam as piores posições nos indicadores econômicos e sociais do país.
Por essa razão, a partir dos anos 1980, o Estado brasileiro, pressionado elo Movimento Negro e mediante a adesão a convenções internacionais antidiscriminatórios, deu início à implantação das primeiras políticas públicas voltadas para o enfrentamento das desigualdades raciais.
Raça e cor na sociedade brasileira
Segundo Oracy Nogueira, no Brasil o termo “cor” é frequentemente usado para expressar uma combinação de características físicas, com a cor da pele, cor do cabelo e a forma do nariz e dos lábios, sendo que os traços físicos das categorias não brancos possuem, geralmente, conotação negativa – cabelo “ruim”, lábios e nariz “grosseiros”. Por outro lado conforme argumenta Telles, existe no Brasil atualmente três grandes sistemas de classificação racial com base em um continuum de cores que vão do branco ao negro. O primeiro desses é o do IBGE para realizar o Censo da população brasileira, com as categorias braço, parda, preta e amarela. O segundo é o do discurso popular, que utiliza diversas categorias, inclusive a do ambíguo “moreno”. Por fim, existe o sistema de classificação do Movimento Negro, que geralmente usa os termos negro e branco.
Isso nos mostra que a classificação racial dos indivíduos e dos grupos varia de acordo com o sistema utilizado.
Independentemente da existência de uma classificação racial única no Brasil, já ficou demonstrado que alguns grupos são vitimas de racismo, preconceito e descriminação, cujos efeitos são percebidos nas desigualdades raciais de nossa sociedade. Algumas iniciativas poderiam diminuir as desigualdades raciais da sociedade brasileira e, assim, acelerar o processo em direção a uma sociedade mais plural. Além dos programas de ação afirmativa e de etnodesenvolvimento, a melhoria dos sistemas de ensino público e de saúde, os cursos profissionalizantes e o aumento do número de creches, dentre outros, poderiam promover a igualdade entre os diversos grupos raciais e étnicos. No entanto, devido à complexidade envolvida nessas mudanças, é provável que o Brasil permaneça uma sociedade racial e etnicamente desigual por um bom tempo.
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