Gestao da demanda

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Nessa área, precisa-se de um alinhamento entre a produção e a demanda. E para que isso ocorra deve-se haver uma coleta de dados maior do que é feita, buscando a melhor construção da previsão possível, assim tendo os dados específicos dos clientes, e estabelecendo um sistema de coleta do mesmo, fazendo com que haja uma melhor sincronização na gestão da demanda.

É bom que se tenha uma estrutura de indicadores para medir e monitorar o desempenho da empresa, além de buscar objetivos para a melhoria do desempenho, pois com resultados positivos sobre a cadeia de suprimento, obtém-se uma sustentabilidade financeira. É muito interessante também na produção agrícola, uma previsão a longo prazo entre os produtores, indústrias e varejistas, durante o ciclo de crescimento do produto, ajudando nas decisões de volume nos processos de produção rural, fazendo com que se tenha uma ligação entre essa produção e a demanda no ponto de consumo.

A indústria de laticínios:

O setor de fabricação de leite obtém sua matéria-prima do setor de insumos e produz leite fluido. Este produto é extraído mecanicamente e armazenado em depósitos de resfriamento na própria propriedade rural, logo transportado por meio de caminhões-tanque até as empresas de processamento de leite (laticínios), onde são elaborados produtos para o mercado doméstico.

A produção brasileira de leite tem crescido consideravelmente desde o final da década de 1998: entre 1998 e 2007 houve crescimento de 40%, passando de 18.694 bilhões de litros para 26.134 bilhões de litros. Geograficamente, a produção brasileira distribui-se por todo o território nacional. Porém, quase dois terços da produção ocorrem apenas nas regiões Sudeste e Sul. Entre os principais estados fabricantes, destacou-se, em 2007, o estado de Minas Gerais, com aproximadamente 27% da produção nacional, além de Paraná, Rio Grande do Sul e Goiás, cada um com pouco mais que 10% da produção brasileira. Dentro do Estado de Minas Gerais, a mesorregião do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba foi responsável, em 2007, por 22% da produção de leite do estado (CNPGL, 2009).

Metodologia:

Para o desenvolvimento deste trabalho, seguiu-se cada uma das fases propostas por Yin (2005): definição e planejamento; preparação, coleta e análise; análise e conclusão.

Definição e planejamento:

Baseia-se na referência teórica, buscando informações na literatura brasileira, estudando o modo como é produzido o leite, o processo, a estrutura, a gestão e a demanda no setor de laticínios. Coletaram também, entrevistas com roteiros pautados com as indústrias.

Preparação, coleta e análise:

Na indústria A, foram entrevistados indústrias de médio e grande porte. A primeira entrevista deu ênfase na produção do leite e derivados, até a chegada aos supermercados. O chefe também foi entrevistado nesse período. Logo após, foi entrevistado o presidente e a representante de vendas, desta mesma empresa.

Na empresa B, ocorreu o mesmo processo, apenas precisam de e-mails e telefonemas para esclarecer algumas dúvidas.

Após isso, foram coletados os dados, para gerar informações, sendo corrigidas e gerando feedback conforme os entrevistados.

Análise e conclusão:

As informações conjuntas das empresas A e B serviram como base para ter-se-á ideia do como está a gestão, o suprimento no setor de laticínios, além de identificar problemas baseando-se no material cultural estudado.

Portanto, analisado a práxis, compara-se a gestão da literatura e a gestão ofertada em cada empresa, analisando para identificar as contradições.

4 – Resultados:

Os efeitos da análise são discutidos e alterados diante aos tópicos da pesquisa de comparação. Cada qual aborda um tema diferente, como: Vendas, dificuldades e desenvolvimento da demanda, matéria-prima, desenvolvimento da produção, relação com o varejo, ligação dos fornecedores com os problemas, e além da abordagem na dificuldade da gestão em relação a demanda.

Estrutura de previsão de vendas:

É elaborada uma relação entre duas empresas, na qual ambas utilizam de métodos opostos. E a principal fonte de parceria entre elas é a sazonalidade, ou seja, uma eventualidade que ocorre com certa frequência. Essa sazonalidade acontece no período da safra do leite na época das chuvas e também no período de entressafra na época da seca, influenciando no preço do leite, sendo o preço baixo e alto respectivamente. Em 2009 houve uma grande oferta antecipada em relação ao planejamento, onde acabou ocasionado pouca demanda e consequentemente queda nos preços dos produtos e baixa lucratividade. Devido a esse fator, ocorreram divergências entre o planejamento e a realização final.

Sistema de informação para o processo de gestão da demanda:

Relacionando duas empresas, na empresa “A”, a direção de vendas utiliza planilhas eletrônicas para gerenciar a circulação das vendas. As planilhas e as demais informações importantes da empresa são repassadas via e-mail mensalmente para toda a equipe responsável pelas vendas, produção e para os RCAs, responsáveis pelas metas de vendas. Os pedidos são controlados diariamente por palmtops. A empresa utiliza um método mais eficiente, mantendo a organização, reduzindo o trabalho e acelerando os resultados. Já na empresa “B”, as informações não são repassadas para todos os departamentos, apenas para o comercial e industrial. As previsões de vendas não são compartilhadas com os produtores rurais e nem com os varejistas. Percebe-se que ambas possuem um acompanhamento, porem nenhuma apresenta controle no planejamento e na realização final.

Planejamento da produção:

A empresa “A” trabalha com a terceirização em parte da sua fabricação. A outra parte é produzida na própria empresa. As organizações terceirizadas ficam responsáveis pela produção e pelo envio dos produtos para as suas matrizes. Na empresa “A” o planejamento da produção é de total responsabilidade da gerência. Ela fica responsável por enviar as planilhas mensalmente para os terceirizados. A empresa “B” já não se dispõe de terceirização. O planejamento deles é feito pelo próprio