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Correntes Antropologicas

Por:   •  1/11/2018  •  3.664 Palavras (15 Páginas)  •  244 Visualizações

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Conhecimento dos noivos

O conhecimento e atração entre os noivos podem acontecer espontaneamente, no poço, na escola, no divertimento ou em qualquer outro momento da vida, em qualquer sociedade.

Consulta da autoridade familiar

O jovem animado pelos sinais de consentimentos da rapariga, aconselha-se com o seu tio materno (TATA), que exerce autoridade na sua família, manifestando-lhes os sentimentos e o desejo de se casar com a rapariga.

O acordo

Durante o período de negociação, as duas famílias procuram elementos concretos e suficiente, não somente a cerca da vida dos jovens, mas também sobre as famílias dos jovens. Porque o casamento constitui uma aliança entre os dois grupos famílias, por isso interessa-lhes conhecer-se antes de se unirem.

A primeira aceitação

Depois de deixar um período razoável de reflexão (no mínimo três semanas), a família da rapariga avisa a família do rapaz, comunicando que o resultado das investigações foi positivo. A aceitação depende do resultado da análise minuciosa da sua família durante todo o tempo que vai durar a segunda fase do processo matrimonial.

A entrega do noivo à família da noiva

Num dia determinado pelas famílias dos noivos, de manhã cedo, o tio, o pai e alguns anciãos da família acompanham o noivo até à casa da noiva, munto de uma esteira, uma lança, um machado, seus objetos pessoais e alguns presentes da noiva. E é recebido à porta da casa da família do jovem, acompanhando-o até dentro e mostrando-lhe a sua nova habitação. A partir desse momento, ele viverá aí toda a segunda fase do processo matrimonial. Após a entrega, a família do jovem regressa a casa confiando de que se deu um passo importante na vida do rapaz mas também na história da família.

2. SEGUNDA FASE

Período de Prova

Esta fase dura aproximadamente um ano, em que os jovens vivem e demostram as próprias qualidades na vida prática. O jovem deve convencer a família da su esposa de que é um homem adulto e trabalhador, capaz de ter filhos, de formar uma família e alimentá-la, construir a casa e defender na sua esposa de qualquer perigo. O mesmo acontece com a esposa, que durante este período de demostrar que é capaz de conceber e dar à luz trabalhar bem o marido, cuidar da casa, cozinhar e cultivar os campos.

Neste período os jovens consideram-se marido e esposa,, mantém as relações sexuais completas, cultivam o terreno o que os jovens lhes entregam e constroem a casa do novo lar, partilhando os trabalhos, segundo o uso da sociedade.

O consentimento

O casamento não é dado de um dia para outro, mas começa a surgir pouco a pouco fruto de um trabalho lento construindo dia-a-dia, durante todo o período de prova. A provação final pertence aos chefes das respetivas famílias a não ser que os noivos tenham as suas razões para aceitar ou não. Se um dos jovens não aceita interrompe-se o processo matrimonial e o homem volta para a sua casa sem qualquer compromisso posterior. E existe várias maneiras para indicar simbolicamente o próprio “NÃO” ao casamento entre os pretendentes. Este período de prova termina, normalmente, com a mútua aceitação dos noivos e das respectivas famílias, depois de a mulher ter dado a luz.

3. A TERCEIRA FASE

A festa comunitária

É o momento do ritual mais importante do processo matrimonial, porque por meio dela, o casamento adquire o reconhecimento social definitivo, em que participam todos os membros das famílias que se unem, as autoridades da aldeia e toda a população.

O sacrifício

A inauguração do novo lar começa pelo oferecimento aos antepassados do sacrifício tradicional, como os primeiros a proteger os novos esposos.

O encontro dos noivos

O noivo é acompanhado polo chefe da sua família, o pai e restantes familiares, levando consigo uma esteira em sinal do novo leito matrimonia, uma lança em sinal do compromisso em defender e proteger a sua esposa e é também sinal da sua virilidade, um machado em sinal de que é capaz de alimentar a família e algumas prendas destinadas a noiva como: um lenço novo, um colar, uma pulseira e outros objectos do ornamento.

A comitiva do noivo chega à porta da residência da noiva e espera que a jovem saia acompanhada pelos chefes da sua família. Neste caso, ela vai ao encontro do seu marido vestida com as melhores roupas e alguns símbolos como o fogo novo (sinal do novo lar, da força vital e do amor conjugal), uma enxada (sinal da fecundidade da própria responsabilidade) e o pilão (sinal da sua feminilidade e da sua dedicação constante a família no seu quotidiano).

A entrada no novo lar

Num ambiente de alegria e de gritos, os noivos são acompanhados pelos chefes das respectivas famílias mais íntimas e mestres da iniciação, são entregues a sua nova residência e recebem as ultimas instruções e conselhos sobre a vida matrimonial e familiar.

Aclamação e prendas

Depois das instruções, o noivo casal apresenta-se no umbral da porta, de pé e recebem ovações cumprimentos e prendas de cada um dos convidados lhes apresentam e fila dançando cantando e apertando-lhes as mãos.

A refeição comunitária

É o acto final de todo processo matrimonial, com os significado de comunhão profunda com os antepassados, os membros das famílias, com os noivos e com todo povo. Nessa refeição constam pratos tradicionais como a massa (EXIMA), bebidas tradicionais (OTHEKA, KAPANKA E NITHOPWA), esta dura toda noite e termina na madrugada do dia seguinte.

4. AS RELACÕES SEXUAIS NO MATRIMÓNIO

Relações conjugais

O acto conjugal é fonte de união os esposos, os antepassados e o resto das famílias, ao mesmo tempo é símbolo privilegiado da união vital e harmonia familiar. A mulher casada nunca abraçara um homem em publico em lhe dará a mão, nem prepara comida para um hospede estranho, não conversará com nenhum homem na ausência do marido e não pedirá directamente o acto conjugal ao marido,

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