As correntes filosoficas e a Educação
Por: Evandro.2016 • 1/3/2018 • 3.180 Palavras (13 Páginas) • 460 Visualizações
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Educar significa conduzir, orientar. Essa condução seria a condução de toda pessoa que não sabe alguma coisa. Portanto, os objetivos da educação são estabelecidos de acordo com a época em que esta acontece, e o educador deve estar preparado para os desafios de cada realidade que acompanham os processos educacionais, e diante de tentas linhas de pensamento existentes e em muitos casos contraditórios entre si, cabe ao educador buscar conhecer estas linhas bem como adequar à sua realidade. Ele tem a responsabilidade de alinhar o momento à melhor corrente de pensamento filosófico que atenda às necessidades vigentes. Diante deste cenário é correto dizer que, não existe educação sem uma associação filosófica, pois educar e ensinar torna-se sinônimo de filosofar.
A Filosofia aplicada à educação cumpre um papel fundamental dentro da escola, enquanto detentora do processo educativo. A filosofia propõe um movimento de auto reflexão, isto é, uma postura refletida da educação, onde a educação não de se desvincular da realidade, mas se propõe a buscar seus fundamentos na práxis. Assim, a educação se auto-avalia e é avaliada a partir de uma filosofia da educação. A filosofia instiga um olhar crítico, nesse caso o foco deste olhar é a educação. Uma escola sem crítica e sem autoavaliação tende a afastar-se da vida, com isso aparece à produção de um conhecimento obsoleto e sem sentido prático, ou seja, surge um conhecimento para ninguém, conhecimento que enche livros, mas que não transforma o mundo nem se abre para a conscientização.
Logo, o objetivo do presente artigo é conhecer as correntes filosóficas existes para buscarmos entender como o educador pode se preparar para fazer bom uso da filosofia em prol da melhoria dos processos de ensino aprendizagem.
2. DESENVOLVIMENTO
Sabe-se que muitas foram às transformações ocorridas a partir do renascimento e o início da ciência moderna. Muitas questões filosóficas foram estudadas e abordadas e sempre levaram a um mesmo questionamento sobre os critérios e métodos para aquisição do "conhecimento verdadeiro". Com o passar do tempo surgiu à necessidade da filosofia moderna investigar em que medida o saber científico atinge o seu objetivo de gerar esse conhecimento. Então, no âmbito da filosofia, foram expostas duas vertentes sobre a questão do conhecimento: o racionalismo e o empirismo.
Pode dizer que os racionalistas atribuem como instrumento de compreensão da realidade um grande valor à matemática. Eles consideram que o conhecimento somente é verdadeiro se for logicamente necessário e universalmente válido isto é a matemática como modelo. Entretanto é relevante admitir que na própria matemática algumas questões tenham origem na razão. O filósofo e matemático René Descartes (1596 -1650) foi um dos grandes pensadores racionalistas e recomendava: "nunca devemos nos deixar persuadir senão pela evidência da razão".
Em contrapartida às teses dos racionalistas, os filósofos empiristas defendem que todas as idéias humanas, ou todas as representações de dados, são provenientes dos sentidos (visão, audição, tato, paladar e olfato). Significando que todo conhecimento provêm da experiência. O filósofo John Locke (1632 - 1704) afirmava que "não há nada no intelecto humano que não tenha existido antes na experiência".
Conforme Stuart Mill (1806- 1873), os pontos, as linhas, os círculos que cada um tem no espírito são simples cópias dos pontos, linhas e círculos que conheceu na experiência.
Logo, o empirismo era o oposto da tese racionalista de que as ideias eram inatas e defendiam que a mente humana é, em seu nascimento, um papel em branco sem qualquer ideia. Para os empiristas, é a experiência que imprime as ideias no intelecto humano.
IDEALISMO
Sabe que o idealismo é a qualidade do que é ideal, e o ideal é somente o que está na cabeça/cognitivo de cada pessoa. Pode-se dizer que o idealismo surgiu no século XVIII, na Grécia antiga com Platão na filosofia da corrente chamada de idealismo, que considera o conhecimento fundado em ambas: razão e experiência. Percebe-se que como o idealismo é uma corrente filosófica essencialista, ele somente cresceu e teve força depois que a modernidade veio a tona, visto que a subjetividade está relacionada com a modernidade.
Segundo Platão, o homem é resumido em corpo e alma, a filosofia que ele pregava não era baseada no homem na sociedade e sim o divido no homem. O idealismo de Platão reduz o real ao ideal, resolvendo o ser em idéia, pois como ele já dizia, as idéias são o sol que ilumina e torna visíveis as coisas. Na sua concepção o mundo das idéias/formas/conceitos é importante e essencial na filosofia, pois, ele acreditava que o mundo era uma cópia, aparência e imitação de um mundo perfeito e que toda virtude é conhecimento.
Os gregos valorizavam os processos educacionais que proporcionassem perfeição e beleza, tanto para o corpo quanto para a alma. Eles acreditavam que, exercitando o corpo, promoviam benefícios também para a alma, pois essa prática proporcionava equilíbrio entre a coragem e a filosofia, além de desenvolver o espírito e a moral (CAMBI, 1999)
Não poderíamos deixar de citar outro grande filósofo idealista que foi Immanuel Kant (1724 - 1804), no qual ele pregava que o conhecimento é construído a partir de juízos universais, derivados da razão e da experiência sensível em razão disso era considerado o pai da filosofia crítica. Sabe-se que a obra de Kant era dividida em duas fases: pré-critica e crítica. Na fase pré-crítica ele expõe sobre a filosofia dogmática, ou seja, todas as idéias colocadas em pauta eram corretas e indiscutíveis, em contra partida.
MATERIALISMO
Sabe-se que o materialismo é confunfido muitas vezes com o ateísmo. Percebe-se que o materialismo é uma corrente filosófica que vai contra o idealismo, estão presentes em ambas a sua forma de ver a realidade muito individualmente. Não existe dúvida quanto ao tempo, pois em decorrerm dos anos as posições de avaliar a realidade mudaram. Por isso se faz presente três tipos de materialismo: O Antigo, Clássico e Histórico-Dialético.
Pode-se dizer que em linhas gerais o materialismo nada mais é do que acreditar que existe apenas uma substância no Universo: a matéria. Eles buscavam explicar tudo com base na matéria e em causas corporais, so opondo a corrente espiritual e dualista. E por consequencia disso, ele acredita que o homem é totalmente mortal, não crende de maneira
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