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O Papel e a importância da formação do Enfermeiro Educador

Por:   •  12/12/2018  •  4.639 Palavras (19 Páginas)  •  401 Visualizações

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the knowledge for developing skills .

Keywords: Skills. Training. Nurse Educator. Importance.

1. INTRODUÇÃO

O enfermeiro tem obstáculos decorrentes de sua formação, o principal está na formação desses profissionais como educador, pois traz para sua prática docente, uma formação técnica essencialmente ligada ao cuidado, que é o seu foco de atuação. Além disso, ele aprende a profissão no lugar similar àquele que vai atuar, mas em uma situação invertida e isso pressupõe uma coerência entre o profissional que se deseja formar e como este profissional se constrói como educador (REIBNITZ, PRADO, 2006).

Ito et al. (2006) afirma que no caso específico da enfermagem, o grande desafio na formação do enfermeiro é transpor o que é determinado pela LDB e pelas Novas Diretrizes Curriculares ao formar profissionais que superem o domínio teórico-prático exigido pelo mercado de trabalho, sendo ao mesmo tempo agentes inovadores e transformadores da realidade, inseridos e valorizados no mundo do trabalho.

Masseto (2001) afirma que o papel do professor universitário deve ser repensado a partir de três competências para a docência no ensino superior: ser competente em uma determinada área de conhecimento, ter domínio na área pedagógica e exercer a dimensão política. A primeira delas se refere ao domínio dos conhecimentos básicos da área e à experiência profissional do campo enquanto a segunda envolve o domínio do conceito do processo de ensino-aprendizagem, integrando o desenvolvimento cognitivo, o afetivo-emocional e as habilidades, bem como a formação de atitudes, abrindo espaços para a interação e a interdisciplinaridade. Já a terceira competência abrange a discussão dos aspectos políticos e éticos da profissão e do seu exercício na sociedade, de forma que os docentes possam se posicionar como cidadãos, políticos e profissionais comprometidos com a comunidade. Assim, um professor do ensino superior deve aliar o conhecimento específico da área ao domínio da habilidade de educar.

O papel do enfermeiro educador constitui um importante instrumento, sem o qual se corre o risco de se restringir a assistência a uma manutenção do estado vigente do indivíduo, ou seja, recuperam-se os desequilíbrios, que novamente se manifestarão, pela falta de informação quanto ao como se cuidar. É necessária a conscientização sobre o que realmente significa saúde, para se buscá-la ou se mantê-la (GASTALDI, HAYASHI, 2002).

De acordo com os mesmos autores, enquanto professores, formadores de novos profissionais, nosso papel de educador deve transpor o título, já que necessariamente nem todo professor é um educador. Têm-se a intenção de formar profissionais críticos, engajados no processo de transformação social, e não simples reprodutores do modelo, faz-se necessário muito mais do que simplesmente transmitir conhecimento.

Para que o enfermeiro possa desempenhar suas atividades de forma plena, é essencial que o profissional esteja comprometido de forma integral e que realize aprimoramentos constantes com o propósito de transmitir informações atualizadas e verídicas. Cabe aos profissionais de saúde refletir sobre sua atuação como educadores (ANDRADE, DINIZ, 2008).

Os novos paradigmas surgidos da educação em saúde, ou seja, as práticas educacionais no campo da saúde possibilitam incorporar professores e alunos numa ampla discussão sobre os principais problemas que emergem da sociedade brasileira atualmente, atentando para o papel educador do enfermeiro (SLOBODA, 2004).

Realizou-se um estudo bibliográfico, no qual se busca informações em livros e outros meios de publicações (FURLANETTO, 2004; MASSETO, 2001; MACHADO, MONTEIRO, QUEIROZ, VIEIRA, BARROSO, 2007; RODRIGUES, 2007), para obtenção do material, foi realizada busca de artigos publicados em periódicos indexados nas bases de dados Medical Literature Analysis and Retrieval System On-line (Medline), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e na Base de Dados de Enfermagem (BDENF).

Aliado a estas peculiaridades do sistema educacional, e ao voltar o olhar à área da saúde, percebe-se uma necessidade em substituir o paradigma cartesiano/flexneriano por um modelo holístico (CAPRA, 1980), ou seja, faz-se necessário transcender o caráter hospitalocêntrico, medicalizante e fragmentário da assistência, do ensino e dos serviços de saúde, para um modelo que intervenha sobre os determinantes sociais do processo saúde-doença, bem como que vise à promoção da saúde em todos os níveis de atenção e à prevenção de agravos. Para tanto, acredita-se que um fator importante para a superação deste paradigma esteja na formação do profissional da área da saúde, uma vez que esta precisa, cada vez mais, possibilitar a construção coletiva dos conhecimentos, auxiliarem no elo entre a teoria e a prática, suscitar a reflexão e a criticidade (GUIMARÃES, 2005), proporcionar ao indivíduo a liberdade para escolher responsavelmente e para criar, em detrimento à transmissão teórica de saberes já instituídos, delimitados e definidos de quem os detém para aqueles que os desconhecem.

O objetivo principal deste trabalho é realizar estudo acerca da importância do enfermeiro educador na formação de futuros profissionais. Os objetivos específicos são: realizar estudo acerca da temática e a atuação do enfermeiro educador e; demonstrar a sua importância para a formação de futuros profissionais da área; apresentar suas competências como educador segundo o que sugere a literatura médica.

A formação docente em enfermagem, como ocorre em outras áreas profissionais, tem merecido muitas discussões e algumas pesquisas em função da constatação da necessidade de transformações filosóficas e pedagógicas que venham atender às expectativas da cultura no novo milênio, como está estabelecido na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional (LDB) (BRASIL, 2006), que, dentre as finalidades principais, destaca a necessidade de se estimular a formação de profissionais com espírito científico e pensamento reflexivo.

2. DESENVOLVIMENTO

O enfermeiro é um educador por natureza que, ao sistematizar e individualizar o cuidado e voltar-se não somente para a doença, pode exercer influência sobre o estilo de vida das pessoas, fazendo-as sujeitos de suas próprias decisões e mobilizando toda sociedade para a implantação de políticas públicas saudáveis (LOPES; ANJOS; PINHEIRO, 2009).

Freire (1983),

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