O Mundo estiver unido na busca do conhecimento
Por: Rodrigo.Claudino • 14/12/2018 • 1.138 Palavras (5 Páginas) • 418 Visualizações
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Somos tomados por uma sensação desagradável de exclusão, de não pertencimento. Ironicamente, quando não compramos coisas que são validadas pelo marketing como necessárias à felicidade, nos sentimos excluídos e até mesmo fracassados e deprimidos. Em casos extremos, o que um indivíduo consome passa a ser sentido como uma demonstração da sua identidade e da sua capacidade frente a seu grupo social. Algo ao estilo: “Sou o que consumo, e o que consumo estampa aos outros o que sou”.
Consumir é preciso e deve ser uma atividade salutar como tantas outras que fazem parte do cotidiano humano. A questão é se estamos preparados para ser bons consumidores. O bom consumidor satisfaz suas necessidades essenciais, permite-se a prazeres eventuais e, com um mínimo de planejamento, ainda consegue, dentro de suas possibilidades, fazer algum nível de poupança para os tempos mais difíceis. Estes sempre virão: todos estamos sujeitos às marés da vida; não existe ser humano que só tenha dias bons e vitórias intermináveis. Por isso, preparar-se para os dias em que o mar não está para peixe faz parte da sabedoria do bem viver.
´´A compra impulsiva é feita sem nenhum planejamento prévio, de maneira totalmente irracional, e tem como único objetivo a satisfação imediata de uma vontade momentânea e, com certeza, passageira. Como diz o ditado popular, “vontade dá e passa!”. ``Ana Silva (p. 26, 2014).
No meu entender, a compulsão por compras deve ser reconhecida como uma doença crônica que, sem tratamento, tende a evoluir de maneira crescente e devastadora. Ela funciona como qualquer outro tipo de dependência (ou vício), seja provocada por substâncias químicas, como maconha, cocaína, álcool, tabaco etc., seja por determinadas situações que também provocam fissura e comportamentos repetitivos de busca de alívio tensional, como jogo patológico, sexo, material pornográfico, comida, entre outros. Conforme Ana Silva (p. 12 ,2014) nos relata no seu livro Mentes Consumistas, a diferença entre o ser e ter.
Enquanto a sociedade alicerçada no ser prioriza as pessoas, a embasada no ter tem como prioridade coisas que podem ser compradas por valores determinados pelo mercado. Infelizmente, a sociedade em que vivemos tem como senso comum vigente o modo ter de estabelecer suas regras e seus valores. Por essa razão, podemos denominá-la de sociedade consumista ou sociedade de produtos.
Nesse contexto social, é necessário possuir tudo que seja capaz de gerar prazer de forma intensa e imediata. Outra característica que pode tornar um produto bem mais valorizado no mercado é o seu grau de exclusividade. Quanto menos compartilhado for um objeto (e/ou uma experiência), mais valor ele terá e mais status dará a quem o possuir.
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