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A Arte Rupestre Como Meio de Comunicação

Por:   •  15/5/2018  •  3.634 Palavras (15 Páginas)  •  483 Visualizações

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As paredes e os tetos das cavernas eram utilizados como tela para esculpir ou pintar os desenhos rupestres, que eram representados por animais selvagens, linhas, círculos, espirais, e até os seres humanos, que na maior parte de representações aparecem em situações de caça.

A ideia de que a arte rupestre é obra dos homens pré-históricos foi aceita por especialistas apenas em 1902.

A denominação arte rupestre engloba as representações artísticas (desenhos, símbolos e sinais) pré-históricas feitas em paredes, tetos e outras superfícies de cavernas, abrigos rochosos e ao ar livre. No geral, exibiam representações de plantas, animais, pessoas do período em que viviam, e imagens do seu cotidiano, tais como os rituais, danças, caça, alimentação, etc. Ademais, o homem pré-histórico também se expressava por meio de esculturas em madeira, osso e pedra. Na produção das pinturas nas paredes das cavernas, os povos da antiguidade utilizavam sangue de animais, pedaços de rochas, ossos, argila, saliva, etc. (SILVA, 2009).

Na América, além da arte rupestre pré-histórica, é encontrada a arte chamada de pré-colombiana, fruto do trabalho de astecas, maias e incas. Estes povos contam a sua história com pinturas, esculturas e grandes templos construídos com pedras.

Alves (2010 p.24) reforça que:

As pinturas rupestres são encontradas em todos os continentes - por isso as percebemos como arte universal - e fazem parte do acervo cultural da humanidade, a exemplo das encontradas em cavernas como as de Altamira, na Espanha Lascaux e Chauvet, na França.

Descreve que, ao longo de sua existência, através dos milênios, o ser humano registra, de uma forma ou de outra sua saga e que uma dessas formas de registro é a arte rupestre, que é trazida até nós, retratando em imagens o cotidiano ritualístico e mágico do ser humano. Neste contexto, o ser humano se impõe, enquanto registro de sua existência, a partir do momento em que é capaz de deixar suas marcas através da transformação que atribui à Natureza; pelas interferências produzidas e pelas singularidades culturais que se constituíram antes do período da escrita alfabética.

No território brasileiro existem vários sítios de arte rupestre pré-histórica. Há pesquisadores que defendem a tese de que a arte rupestre, no Brasil, não seria obra dos índios, e sim de gregos, vikings ou fenícios que teriam passado por aqui. O maior sítio brasileiro de arte rupestre fica no estado do Piauí, o Parque Nacional da Serra da Capivara em São Raimundo Nonato e o Parque Nacional Sete Cidades. Existem também outros locais com pinturas rupestres como: Paraíba: Cariris Velhos; No estado de Minas Gerais, encontramos dois sítios: Lagoa Santa e Peruaçu; Mato Grosso: Rondonópolis e Mato Grosso do Sul onde Alcinópolis é considerada a Capital Estadual da Arte Rupestre, pois neste pequeno município foram encontrados mais de 24 sítios arqueológicos, sendo que os principais que se destacam são: Parque Natural Municipal Templo dos Pilares, Gruta do Pitoco e Casa de Pedra.

Infelizmente, a arte rupestre brasileira, diferente do que ocorre em outros países, não é preservada devidamente. Apesar de tratar-se de um patrimônio histórico (ou pré-histórico) o descuido, queimadas, a ação de empresas de mineração, e as depredações típicas de turistas (como carregar lembranças) e dos pichadores (vândalos), é uma ameaça a esse patrimônio de valor inestimável.

- Arte Rupestre Brasileira

Atualmente o território brasileiro está repleto de inscrições rupestres, desde a chegada dos americanos ao Brasil já existiam estas inscrições artísticas. São pinturas e gravuras que foram feitas em paredes de grutas, blocos, abrigos, lajes e outros por diferentes grupos em vários períodos.

A Arte rupestre pode ser encontrada em quase todo o território brasileiro, porém, ao longo dos anos muito se tem estudado sobre essas inscrições, mas pouco se fala ainda sobre o assunto. Gaspar (2003), retrata a diversidade das marcas e sinalizações rupestres encontradas no Brasil e enfoca que diferentes grupos primitivos podem ter produzido essas pinturas até mesmo em tribos brasileiras, sabendo que para os povos indígenas o grafismo fazia parte de sua comunicação.

Gaspar (2003 p. 12-13) assinala que:

Grafismos tão comuns nos registros rupestres como espirais, círculos radiados e linhas paralelas onduladas, podem significar ao mesmo tempo, dependendo do grupo cultural, símbolos masculinos ou femininos, incesto, o movimentos das águas ou a piroga anaconda que transporta a humanidade.

Analisando grafismos rupestres, alguns pesquisadores costumam afirmar que o registro rupestre é muito abrangente especialmente no Nordeste. Foi nos sertões nordestinos do Brasil, onde se desenvolveu uma arte rupestre pré-histórica das mais ricas e expressivas do mundo, demonstrando a capacidade de adaptação de numerosos grupos humanos que povoaram a região. As tradições de gravuras sob rochas são conhecidas como Itaquatiaras e estão divididas em três correntes chamadas: tradição Nordeste, tradição Agreste e tradição São Francisco.

No estado do Piauí, encontramos dois parques: o Parque Nacional da Serra da Capivara em São Raimundo Nonato e o Parque Nacional Sete Cidades, estes possui as mais antigas manifestações de pinturas rupestres, datando mais de 10 mil anos antes de Cristo (como define a imagem na página anterior). Temos também na Paraíba: Cariris Velhos são encontrados grafismos representados pelos primatas. Já no estado de Minas Gerais, encontramos dois sítios: Lagoa Santa e Peruaçu, onde foi encontrado crânio humano, sendo uma das mais antigas evidências encontradas. Há ainda no Mato Grosso: Rondonópolis inscrições rupestres que reforçam a importância das representações simbólicas para a sociedade dos povos caçadores da pré-história.

O registro na rocha foi realizado principalmente pela técnica da gravura e pintura. Os termos utilizados para nomear esses vestígios são petroglifos – para as gravuras rupestres e pictoglifos – para as pinturas rupestres. A técnica de gravar corresponde à retirada de matéria da superfície rochosa por meio de uma ferramenta. A pintura, ao contrário da gravura, adiciona matéria à superfície. Essa matéria – o pigmento – é elaborada usando os recursos do meio ambiente, sendo as cores mais comuns a vermelha e a amarela, geralmente conseguidas a partir de minerais como o óxido de ferro. A cor preta pode ser obtida do carvão ou do óxido

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