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PARQUE AMBIENTAL JORGE LACERDA (TRACTEBEL): LEVANTAMENTO E CARACTERIZAÇÃO DESTE ESPAÇO A PARTIR DA VISÃO DE SEUS USUÁRIOS

Por:   •  25/10/2017  •  2.747 Palavras (11 Páginas)  •  514 Visualizações

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A vegetação sob todas as suas formas (arborização, áreas verdes, gramados, florestas urbanas) constitui um elemento do ecossistema urbano e natural. Por muito tempo os espaços verdes foram relegados ao segundo plano em função do crescimento e desenvolvimento das cidades. Pois a vegetação era associada ao perigo e á rusticidade e frequentemente relacionada á falta de civilização (HENKE-OLIVEIRA, 1996).

Segundo Pereira Lima (1994), o conceito de área verde se dá na predominância de vegetação arbórea, englobando as praças, os jardins públicos e os parques urbanos. Os canteiros centrais de avenidas e os trevos e rotatórias de vias públicas que exercem apenas funções estéticas e ecológicas, devem, também, conceituar-se como área verde.

Para Nucci, (2003) as áreas verdes são um tipo especial de espaços livres onde o elemento fundamental de composição é a vegetação. Três objetivos principais elas devem satisfazer: ecológico-ambiental, estético e de lazer.

[...] as áreas verdes não são necessariamente voltadas para a recreação e o lazer, objetivos básicos dos espaços livres, porém devem ser dotadas de infraestrutura e equipamentos para oferecer opções de lazer e recreação às diferentes faixas etárias, a pequenas distâncias da moradia (que possam ser percorridas a pé) (MAZZEI et al., 2007, p. 39).

Para Borges Moreira et al. (2011), as pessoas que vivem no ambiente caótico, estressante e poluído dos centros urbanos necessitam de áreas verdes para lhes propiciar uma melhor qualidade ambiental, pois o ritmo de vida nas cidades produz uma grande quantidade de poluição que podem ser amortecidas por estas áreas verdes.

As áreas verdes cumprem um papel de reguladoras da qualidade ambiental nos centos urbanos, pois a arborização pode filtrar a radiação solar incidente deixando a temperatura média local mais amena e aumentando a umidade nesses pontos e por meio da transpiração, absorve uma parte da poluição gerada por carros e indústrias entre outros agentes dispersantes de poluição na atmosfera. As áreas verdes são importantes pontos de infiltração das águas pluviais e também protegem cursos hídricos e os solos urbanos em áreas frágeis como nascentes e áreas de preservação permanente (APP’s), entre vários outros aspectos que podem ser benéficos ao ambiente urbano (BORGES MOREIRA et al., 2011, P. 5).

“As ideias atuais do que sejam as áreas verdes urbanas estão profundamente enraizadas na história” (LOBODA et al. 2005, P.3).

Loboda (2005) afirma que, o uso do verde urbano, especialmente no que diz respeito aos jardins, constitui-se em um dos espelhos do modo de viver dos povos que o criaram nas diferentes épocas e culturas. A princípio a função era de dar prazer à vista e ao olfato. Finalmente, no século XIX é que assumem uma função utilitária, sobretudo nas zonas urbanas densamente povoadas.

Ao longo da história o papel desempenhado pelos espaços verdes nas nossas cidades tem sido uma consequência das necessidades experimentadas de cada momento, ao mesmo tempo em que é um reflexo dos gostos e costumes da sociedade (LOBODA et al. 2005, P. 5).

Finalmente a afirmação de Loboda et al. (2005), nos mostra que a partir dos espaços criados à luz da arquitetura, recentemente, cada vez mais a percepção ambiental ganha status e passa a ser materializada na produção de praças e parques públicos nos centros urbanos. Com a finalidade de melhorar a qualidade de vida, pela recreação, preservação ambiental, áreas de preservação dos recursos hídricos, e à própria sociabilidade, essas áreas tornam-se atenuantes da paisagem urbana.

- PARQUES URBANOS

Para Borges Moreira et al. (2011) os primeiros parques urbanos...

...foram criados pelas elites urbanas no final do século XVIII, com o intuito de atender suas necessidades. Neste período, as cidades estavam se industrializando e produzia um ambiente insalubre, o que levou essa parcela da sociedade a produzir espaços mais saudáveis, onde se podia respirar um ar mais puro e praticar recreação e lazer. Com o passar do tempo, esses espaços se modificaram e ganharam outros atributos e características, como preservação de áreas naturais e espaço de socialização. Transformaram-se, em alguns casos, em pontos turísticos de referência das cidades. Com a democratização desses espaços, o público também se ampliou e hoje tais lugares são abertos a todos.

“o parque público, como o conhecemos hoje, é um elemento típico da grande cidade moderna, estando em constante processo de recodificação” (SOARES MACEDO et al, 1949, P.13).

Segundo Pereira Lima (1994) “parque urbano: é uma área verde, com função ecológica, estética e de lazer, no entanto com uma extensão maior que as praças e jardins públicos”.

Os parques urbanos compõem grande parte das áreas verdes da cidade e estão subdivididos em grupos de acordo com suas características, uso e função. São eles: Unidades de conservação (As unidades de conservação são divididas dois grupos: UC de Proteção Integral e UC de Uso Sustentável.), áreas de proteção fechadas (Reservas ambientais fechadas onde não existe a inter-relação com a população urbana.), áreas de proteção com visitação (É o tipo de parque urbano que mais contempla o conceito de áreas verdes, pois tem uma relação muito próxima com a comunidade do entorno e visitantes) (BORGES MOREIRA et al., 2011).

Os parques apresentam condições ambientais adequadas para o desenvolvimento de atividades físicas e o lazer. Ou seja, podem contribuir na redução da prevalência de sedentarismo e auxiliar na promoção da saúde e bem estar, além de possibilitar o aumento do nível de atividade física dos ativos, afirma Szeremeta et al. (2013).

- ESTUDO DE CASO – Parque Ambiental Jorge Lacerda (TRACTEBEL) Capivari de Baixo

A área de estudo deste trabalho é o Parque Ambiental Jorge Lacerda (TRACTEBEL), que se localiza na cidade de Capivari de Baixo, no Sul de Santa Catarina. A cidade possui uma população estimada de 21.674 (IBGE, 2010). O município ocupa uma área territorial de 53,337 km².

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