O Urbanismo
Por: eduardamaia17 • 10/10/2018 • 2.378 Palavras (10 Páginas) • 272 Visualizações
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Durante a segunda metade da década de 70, a política urbana holandesa acentuava as vantagens a um modelo de cidades compactas. A política urbana indicava uma solução em direção a densificação, denominada a cidade compacta, recomendando a ocupação dos espaços livres e terrenos disponíveis na estrutura urbana existente do centro urbano através de projetos de densificação.
A ideia era maximizar os recursos e investimentos públicos já realizados. A população-alvo desses projetos era aquelas motivadas em viver no centro da cidade, um grupo de população jovem e com alto nível de educação e formação e um outro com idade bem mais avançada e dispondo alta renda. A maior parte desses projetos foi construída na base de edificações de 5 a 6 pavimentos.
Pode a densidade urbana tornar-se um indicador e um parâmetro a ser considerado nas decisões de desenho urbano? Na rotina de trabalho, os profissionais dessa área utilizam a densidade demográfica referindo-se normalmente a densidade bruta, mas infelizmente não dispõem de um instrumento de avaliação rápida. O aumento da densidade leva a um consumo mais eficiente essenciais para o desenvolvimento urbano: Terra e infraestrutura.
Um inventario realizado na cidade do México, abrange sobre a performance das morfologias urbanas. O estudo em questão elabora critérios para avaliar a performance dos assentamentos estudados. Apenas alguns assentamentos situaram-se dentro da margem de densidade urbana recomendada.
A relação entre densidade e custos de infraestrutura parece ser ainda mais complexa. Assentamentos com altas densidades tendem a verticalização e grande concentração de atividades e população que acabam por elevar a pressão por mais áreas de estacionamento e circulação, consequentemente há uma necessidade de solucionar o problema gerado pelo aumento da superfície impermeabilizada. O estudo realizado para o plano diretor de São Paulo (1989-92) evidencias essas questões.
A morfologia é relacionada, a qualidade do desenho urbano, forma e espaço de edificações e sua relação com o entorno influenciam diretamente a densidade urbana, assim como a maneira como os moradores ou usuários se relacionam e como os mesmos se relacionam com o ambiente urbano.
Existem muitos fatores influenciando a densidade. Com alguns podemos lidar diretamente, com outros, indiretamente e com outros ainda, muito pouco ou quase nada.
A situação mais comum em que a densidade deve ser considerada é quando um novo empreendimento (assentamento ou loteamento, uma expansão ou renovação urbano), está sendo planejado. A decisão poderá ser direta quando a responsabilidade pela implementação é do governo e indireta quando promovido pelo setor privado. Isso se concretizará através de regulamentação e negociação. Estudos dividem em três classes, área pública, semipublica e privada.
As larguras dos lotes são regulamentadas de acordo com cada pais, para o mercado imobiliário lotes estreitos são pouco atrativos, já o empreendedor consegue um melhor aproveitamento da terra, com maior lucro por metro quadrado, como em Hong Kong. Outro fator determinante e o sistema viário, determinando a circulação de pedestres e mercadorias, ruas mais largas tem um custo maior, porem por outro lado traz flexibilidade e alternativas de uso, se mostrando eficaz em uma densidade demográfica alta.
A dimensão do lote tem aceitações diferentes dependendo do contexto cultural, porem e um fator determinante na densidade e na morfologia urbana, por isso para definir a tipologia do lote e necessário além da viabilidade econômica levar em conta as práticas culturais locais.
Estudos realizados na Índia demostram que com a alta densidade se tem um uso otimizado da terra, redução de custos por habitante, e estabilização do custo da terra, tento uma melhor eficiência econômica e ambiental, deve se procurar um equilíbrio, entre os espaços livres e construídos, tornando o ambiente urbano agradável e acolhedor.
Restrições nas ofertas, ausência de planejamento e política urbana, afetam o custo de terra e do terreno, consequentemente o custo da habitação, quando há um aumento no mercado a tendência e translada-se para áreas periféricas, onde devido a falta de estrutura, os terrenos são mais baratos, isso demostra que há uma relação direta entre o comportamento do mercado e as densidades residenciais. Deve-se buscar soluções apropriadas para situações locais para aliviar o impacto trazido por esse aumento populacional.
Cidades para um pequeno planeta.
As cidades nunca abrigaram tantas pessoas nem tão grade proporção da raça humana. Entre 1950 e 1990 a população das cidades do mundo decuplicou.
A população das cidades está cada vez maior em números de produção, consumo e poluição. Os países desenvolvidos sofrem e os em desenvolvimento mais ainda, pela crescente multiplicação de pessoas nas cidades e a grande desigualdade social, problemas ambientais e territoriais que acaba se instalando.
A cidade do México é o maior exemplo de poluição ambiental, por ter um índice tão tóxico no ar que chega a paralisar as atividades da cidade.
As cidades deveriam ter a capacidade de crescer em números de habitantes e se manter sustentáveis, além de abrir o pensamento dos indivíduos sobre a limitação dos recursos naturais. É possível ver o tamanho da devastação observando o planeta terra decima, essas imagens mostram a erosão de terras férteis, mares e áreas florestais; como o principal foco de poluição vem das cidades, então é necessário reutilizar principalmente o lixo e implementar soluções urbanas abrangentes.
A cidade é um complexo de relações em vários níveis, sejam eles sociais, políticos, ambientais entre outros, e quando a mesma se mantém autossustentável é sinônimo de qualidade de vida para as atuais e futuras gerações.
As cidades densas foram um dos grandes problemas durante o século XX decorrente dos muito impactos negativos causados pela fermentação das cidades que não tinham preparação para tal acontecimento, hoje em dia esse termo pode ser aplicado juntamente com a utilização das tantas tecnologias de preservação que surgiram, assim as mesmas podem ser de grande utilidade com grande aumento na sua eficiência energética, com um baixo consumo dos recursos, menor nível de poluição e dessa forma as cidades não iriam invadir a zona rural.
As cidades industriais do século dezenove eram verdadeiros infernos,
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