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Henri Lefebvre: Urbanismo

Por:   •  25/1/2018  •  1.003 Palavras (5 Páginas)  •  285 Visualizações

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O modelo progressista coloca em foco o atendimento as funções humanas através da simplicidade e geometrização do traçado urbano. Ele é marcado por grandes edificações, que deveriam ter suas funções especializadas, ligadas por extensas e largas artérias de modo a agilizar o transporte na cidade. Além desses aspectos voltados para o progresso, as cidades modelo propostas pelos progressistas propunham também corrigir a falta de saneamento e disseminação de doenças que ocorria nas cidades industriais através dos preceitos higienistas. Esses preceitos incluíam a necessidade de higiene na cidade por meio grandes vãos e áreas verdes dentro da cidade. Esse modelo ainda exige uma organização visual através de uma padronização das construções garantindo uma estética agradável.

Já o modelo culturalista, baseado nas obras de Willian Morris, Ruskin e Augustus Welby, o individuo é considerado único e insubstituível colocando assim a cultura como prioridade ao invés do materialismo e progresso. Esses pensadores defendiam a volta das cidades europeias pré-industriais e propunham que as cidades tenham seu tamanho reduzido, espaços precisos, limites definidos e uma divisão clara com a natureza. Diferentemente do modelo dos progressistas, não há geometrização das ruas e nem uma divisão das funções das edificações, deixando assim a população descentralizada e dando uma essência mais orgânica ao traçado urbano.

É importante ressaltar que ambos os modelos tentavam resolver a desordem da cidade industrial, mas, segundo Choay, ambos fracassaram por captarem a cidade como um objeto imutável e não como um processo desconsiderando o crescimento e evolução da sociedade.

A autora relata ainda a posição de Marx, Engels, Kropotkin, Bukharin e Preobrajensky, com o pré-urbanismo sem modelo ao não proporem uma perspectiva sobre as futuras cidades. Eles acreditavam que não deveriam atribuir características fixas ao urbanismo das cidades pelo fato de este ser mutável e ir se transformando de acordo com o progresso da sociedade. Para eles a forma do traçado urbano deveria ser temporal e suplantada e estaria ligado a uma sociedade sem classes com o fim da burguesia. Além disso, cidade em campo deveriam se tornar um extinguindo suas diferenças, transformando a cidade em um espaço mais verde.

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