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O Modernismo em Mocambique

Por:   •  8/12/2018  •  2.420 Palavras (10 Páginas)  •  519 Visualizações

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Capitulo: Arquitectura Moderna

Segundo Benevolo (1971), a fim de avaliar correctamente a situação dos primeiros dois decénios do século XX sobre os quais se situa, a cavaleiro sobre a guerra, o movimento da arquitectura moderna precisou levar em conta que a cultura de vanguarda recolocou em movimento, desde 1890, a teoria e a pratica da arquitectura, porém, no ínterim, as condições técnicas, económicas e sociais das quais depende o trabalho dos arquitectos modificaram-se com ainda maior rapidez, abrindo um Novo e mais grave contraste entre as transformações em ato e os modelos culturais utilizados para contro - las. Se a arquitectura é o sistema de intervenções de que depende a preparação do cenário urbano, pode-se dizer que as modificações da Oferta, devidas aos artistas e aos grupos de destaque, permanecem muito inferiores as modificações da demanda.

É necessário insistir nesse contraste e repetir um discurso em relação Revolução Industrial entre 1760 1830. Também agora os novos processos técnicos e económicas alteram o equilíbrio das situações, introduzindo novos factores e deslocando as quantidades dos factores precedentes de modo a produzir situações qualitativamente novas; enquanto isso, em um campo mais vasto, reproduz-se o conflito entre teoria política e desenvolvimento económico, o qual repercute, tal como em fins do século XVIII, sobre a cultura artística e impede uma interpretação correta das exigências das modificações em curso.

Os modernos viam no ornamento, um elemento típico dos estilos históricos, um inimigo a ser combatido: produzir uma arquitetura sem ornamentos tornou-se um desafio constante. Outras características importantes eram as ideias de industrialização, economia e a recém-descoberta noção do design. Acreditava-se que o arquitecto era um profissional responsável pela correta e socialmente justa construção do ambiente habitado pelo homem, carregando um fardo pesado. Os edifícios deveriam ser econômicos, limpos, úteis. Neste sentido, duas máximas permearam o período do moderno: “Menos é Mais” frase cunhada pelo arquiteto Mies Van der Rohe e “A Forma Segue a Função”, do arquiteto proto moderno Louis Sullivan. Estas sentenças sintetizam bem o ideário moderno, ainda que em vários momentos tenham sido confrontadas. (BENEVOLO, 1976).

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Características da Arquitectura

- Ausência de ornamentos;

- Planos de cor uniforme;

- Predomínio de formas puras e volumes geométricos, que se organizam de forma ortogonal;

- Integração do edifício com a sua envolvente;

- Implementos de matérias modernos como betão, ferro, vidro e aço;

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Cinco pontos da Arquitectura

Dos cinco pontos fundamentais da arquitectura moderna difundidos por Le Corbusier como condição para a existência da experiência moderna do edifício, pelo menos três deles possuem relação direta com a questão da paisagem.

Os cincos da arquitectura pontos são:

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Planta Livre

A planta livre é um dos pontos defendidos pelo arquitecto franco-suíço cuja aplicação contemporânea é mais fácil de Identificar no nosso dia-a-dia. A planta livre nada mais que a separação que a desvinculação entre estrutura e paredes divisórias. Isso faz com que possamos arranjar da maneira como quisermos os espaços internos de um edifício sem que haja dano a sua estabilidade — em outras palavras, sem que ele desabe.

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Fachada Livre

A fachada livre é uma consequência direta da planta livre: uma vez que as paredes estão desvinculadas da estrutura, é possível fazer arranjos como se bem entender nelas sem que haja prejuízo estrutural para o edifício. Isso inclui também as paredes da fachada, que podem ser trabalhadas da maneira que o arquiteto julgar necessário e sem que haja dependência de sua "compatibilização" com a estrutura.

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Janela em Fita / Banda

Uma vez que a fachada dos edifícios deve ser livre e independente da estrutura, é possível que sejam feitas janelas e portas em formatos que até a época da Villa Savoye eram pouco usuais. E nesse contexto que entra as janelas em fita defendidas como um dos pontos da nova arquitetura de Le Corbusier.

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Terraço Jardim

O terraço jardim nasce de um questionamento do arquiteto com relação a forma com que as coberturas dos edifícios são utilizadas: ao invés de se perder uma área que poderia servir a alguma função instalando-se um telhado inclinado e que as pessoas não podem permanecer em cima, Le Corbusier propôs que as coberturas deveriam ser na realidade terraços com jardins, áreas de lazer, de permanência e de convívio social ou o que mais o arquiteto pudesse imaginar. Assim, elas teriam uma função a mais do que a simples proteção do edifício em relação á condições climáticas meteorológicas.

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Pilotis

A principal função dos pilotis imaginada por Le Corbusier era de deixar áreas juntas ao nível térreo de um projeto permeáveis visualmente e fisicamente. Isso significa que as pessoas poderiam passar por baixo de um edifício livremente, sem que este representasse uma barreira física para o ir e vir delas. Além disso, as pessoas seriam capazes de ver através dos edifícios, tendo uma sensação maior de segurança.

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Tipos de Arquitectos Modernos

Segundo Habermas (1987), as diferenciações apresentadas nessa arquitectura variam quase de arquiteto para arquitecto, podendo-se notar semelhanças regionais, como é o caso de Frank Lloyd Wright (1867-1959); Walter Gropius, Le Corbusier (1887-1965); Oscar Niemeyer (1907-); Ludwig Mies van der Rohe (1886-1969); Alvar Aalto (1898-1976), que apresentam características claramente distintas e próprias.

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