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Pós modernismo na arquitetura

Por:   •  26/10/2017  •  2.641 Palavras (11 Páginas)  •  518 Visualizações

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Jacobs afirmava que a ordem oculta da rua não reprojetada sustentava uma vida urbana rica e variada, além de aumentar a segurança. Ela concluía que as cidades contemporâneas não deveriam sofrer novas e devastadoras renovações urbanas segundos princípios equivocados do movimento moderno e sim ser alimentadas como os espaços vitais e atraentes que realmente são. Jacobs lutou contra a globalização empresarial e incitou urbanistas e empreendedores a lembrar da importância das comunidades e da escala humana. Embora não tenha formalmente estudado urbanismo, suas ideias mudaram radicalmente a política urbana, destacando o poder da observação e da experiência pessoal. Jacobs nos deixou em 2006, aos 89 anos.

Em Morte e Vida das Grandes Cidades, seu mais famoso livro, Jacobs critica a falta de visão dos urbanistas na década de 50 e argumenta que suas suposições sobre o que faz uma boa cidade estavam, na realidade, em detrimento da escala humana

A abordagem de Venturi diferencia-se da de Jacobs por voltar-se especificamente para o que ele via como construções sem sentido projetadas pelos seguidores do movimento modernista, independentemente de suas motivações sociais ou de seus imperativos econômicos. Sua agenda envolvia diretamente estratégias para prédios individuais e para projetos de urbanismo, em especial aqueles produzidos por uma pequena classe de arquitetos de elite. Opondo-se à “arquitetura moderna ortodoxa”, Venturi louvava o predomínio da “vitalidade confusa sobre a unidade óbvia”, da riqueza sobre a clareza de significado, do “não só, mas também” sobre o “ou isto ou aquilo”.

Insistia em que a complexidade da vida contemporânea não permitia programas arquitetônicos simplificados, razão pela qual, a não ser no caso de construções com um único objetivo, os arquitetos precisavam voltar-se para programas multifuncionais. Também insistiu para que os arquitetos levassem em consideração e inclusive homenageassem o que já existia, em vez de tentarem impor uma utopia visionaria nascida de sua própria fantasia.

Robert Venturi, ponta de lança do pós-modernismo, hoje com 89 anos. Venturi, cujo livro de 1966 'Complexidade e Contradição na Arquitetura' cunhou o termo "less is a bore" (em português algo como 'menos é uma chatice') - para contradizer a famosa frase de Mies van der Rohe "less is more (menos é mais) - é possivelmente o mais influente dos teóricos que trabalhou buscando afastar a arquitetura do ethos modernista, no qual ela já havia se enraizado profundamente.

Aldo Rossi não combateu as cidades americanas devastadas pela renovação urbana, mas sim as cidades europeias que sofriam os efeitos da destruição da guerra e da reurbanização do pós-guerra. Rejeitava o que chamava de funcionalismo ingênuo, ou seja, a ideia de alguns arquitetos modernistas de que “a forma segue a função”. Os principais alvos eram os arquitetos que louvavam o determinismo tecnológico e desdenhavam a rica complexidade das cidades.

O arquiteto acreditava na representação de tipologias, traduções do passado, que eram teorias básicas argumentadas em seu livro “A Arquitetura da Cidade”, de 1966.

Aldo Rossi nasceu em 1931 e morreu em 1997. Conhecido por seus desenhos, teorias urbanas e por ter recebido o Prêmio Pritzker em 1990, Rossi também dirigiu a Bienal de Veneza em 1985 e 1986, além dele somente mais um arquiteto dirigiu a Bienal duas vezes. Aldo Rossi afirmou que a arquitetura situa-se na interface da memória e da razão.

LER O ARQUIVO DO ALDO ROSSI – FALA DO PROJETO QUE TEM NO SLIDE EM SEQUÊNCIA.

O livro de Hassan Fathy, que detalha a construção da cidade de Nova Gourna, no Egito, na década de 30, constitui ao mesmo tempo uma crônica de sua tentativa de resistir à importação de tecnologias estrangeiras de construção, que, segundo ele, fracassaram por muitas razões nas várias tentativas de atender às necessidades do Egito rural. À parte da denúncia do alto custo desses sistemas e do conhecimento técnico, que os punha fora do alcance do egípcio médio, quanto mais do pobre, Fathy também lamentava a perda dos métodos tradicionais de construção e da competência cultural causada por esta imensa onda de tecnologia estrangeira.

Questionou a ideia do arquiteto como principalmente um projetista, defendendo que se visse esse profissional como detentor e guardião da tradição, e a construção mais como expressão de cultura do que da vontade ou do algo de um indivíduo. É uma triste ironia que, apesar de insistir com persistência na crença em que seus métodos e abordagens da construção poderiam beneficiar sobretudo os camponeses. Fathy terminou por dedicar-se, com poucas exceções, a projetos para os ricos em estilos tradicionais, em grande parte como expressões nacionalistas da resistência contra o poder ocidental.

O melhor exemplo dos ideais propostos por Fathy é o Complexo do Parlamento de Geoffrey Bawa (1982), em Sri Jayawardhanapura, Kotte, Colombo, Sri Lanka, confrontou e transcendeu tanto o modernismo quanto à tradição em um edifício projetado para abrigar o parlamento de um país profundamente dividido por diferenças étnicas e religiosas. O próprio projeto envolvia a transferência do Parlamento para um lugar distante e relativamente inacessível, a fim de limitar os confrontos entre facções rivais. Construído como uma linha cercada de lagos, alude às tradições locais de templos insulares, mas também às fortalezas das potências coloniais que sucessivamente dominaram o país.

Dentro do pós-modernismo o grupo que se sobressaiu foi o formado por Peter Eisenman, Richard Meier, Charles Gwathmey, John Hejduk e Michael Graves. Denominado New York Five, no final dos anos 1960, eram unidos pelo forte interesse pelos trabalhos seminais dos anos do entre guerras, como a Casa Schröder, a Vila Stein ou a Casa do Fascismo; também por uma obsessão com questões formais em detrimento do conteúdo e da função. Oficializado em 1972 com a publicação de um livro em que Arthur Drexler identifica como denominador comum de suas pesquisas a negação ao brutalismo e à superioridade do conteúdo sobre a forma, bem como o retorno à “especificidade semântica da arquitetura”.

O interesse autoconsciente dos New York Five sobre questões formais como uma reação contra a escola tecnológica e, por outro, a preocupação com metodologias cientificas sociais. Suas ênfases em pouca espessura, na planaridade e na transparência talvez possam ser vistas como uma reação formal as travessuras brutalistas com concreto pesado de seus predecessores.

A ampliação

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