O Centro de convivência para idosos

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4. HIPÓTESES

Para o desenvolvimento de um projeto voltado ao idoso e conectando a promoção de um espaço intergeracional, é preciso seguir algumas variáveis, que serão condutoras para alcance da solução do problema observado.

- Pesquisar uma área na cidade para desenvolvimento do projeto.

- Atender as normas de projeto tendo como referência o desenho universal.

- Buscar referências de equipamentos projetados para idosos

- Definir usos e serviços oferecidos no espaço projetado.

- Levantamento de dados sobre a população idosa na cidade.

- Buscar referências de projetos intergeracionais.

5. PROBLEMÁTICA

Com o crescimento da população de 60 ou mais anos no Brasil, diversas questões são apresentadas, sendo elas, positivas e negativas. Analisando a produção de espaços de qualidade e promoção das relações entre as idades, algumas situações devem ser visualizadas, afim de melhoria na condição de envelhecimento.

“Quando mais envelhecemos, mais precisamos de ter que fazer. Mais vale morrer do que arrastarmos na ociosidade uma velhice insípida: trabalhar é viver” (VOLTAIRE)

Inúmeras são as dificuldades geradas pelo processo de envelhecimento. Pesquisas anunciam a importância de se manter ativo, para assim alcançar uma velhice satisfatória. A qualidade de vida pode ser analisada de diversas maneiras, quando relacionamos essa questão ao envelhecimento, é preciso relevar fatores que trazem de fato esse ganho, como: bem-estar físico, psicológico, relações sociais, ambientes de trabalho, lazer, nível de independência, conforto, entre outros.

- Apesar das potencialidades e principalmente as limitações sentidas com a chegada da terceira idade. É preciso foco para uma questão mais específica, como a ausência de equipamentos para os idosos e sendo assim, a produção dos mesmos. Além dos equipamentos adequados e funcionalidade do espaço produzido, se faz necessário também analisar como a população estanciana atenderia a essa proposta. A satisfação dos possíveis usuários do espaço, devem ser relevadas. Outro ponto a ser analisado, seria a existência dentro do espaço projetado, uma oferta de ligação entre criança e o idoso, sendo esses os dois eixos da vida.

“Às vezes, o tempo afasta de uma pessoa idosa o seu bem mais precioso: a alegria. O preconceito da sociedade, a ausência familiar e as dificuldades com a saúde se tornam grandes obstáculos. Contudo, a ternura de uma criança, quando associada à experiência dos sábios, pode resgatar à autoestima, além de trazer benefícios para as duas gerações” (MARCEL VITAL)

Reconhecendo os resultados positivos de algumas experiências dessa interação de crianças com os idosos, surge um novo objeto de análise: será possível promover um espaço que integre esses dois eixos e que tenham ganhos positivos para o idosos e a criança?

“As relações intergeracionais devem levar em conta não só a cronologia, mas deve considerar os estilos de vida, o saber, os valores e a memória, com intuito de viabilizar uma relação entre as distintas gerações. É um estímulo cognitivo de o idoso saber que é útil, que pode ultrapassar o isolamento e valorizar sua autoestima, uma vez que muitos saíram do mercado de trabalho, estão aposentados”

Em Estância, existem situações que acabam excluindo os idosos e ofertando de maneira insuficiente programas e locais para atividades desses cidadãos. Um exemplo é o asilo existente na cidade, será que o espaço existente realmente proporciona conforto e qualidade para aqueles que ali residem? Quais serão as maiores deficiências do local? As atividades e dinâmica do espaço atende as reais necessidades do idosos?

Admitindo-se que o crescimento da população idosa e a ausência de equipamentos que facilitem e deem estimulo para a cidade também acontece no cenário estanciano, se faz assim importante, analisar as necessidades e prevê um anteprojeto arquitetônico de um centro de convivência para idosos no município.

6. JUSTIFICATIVA

A população idosa tem aumentado gradativamente no Brasil. Essa variável pode ser percebida através de dados no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas – IBGE. Com esses dados, um alerda é despertado, analisando que “A longevidade com qualidade de vida é um ideal convergente com premissas da promoção da saúde, uma idéia antiga na saúde pública que, nas últimas duas décadas, tem sido apontada como estratégia mais ampla e apropriada para enfrentar os problemas de saúde do mundo contemporâneo (TERRIS, 1996). Esse conceito nos emerge a necessidade de alcançar a longevidade através da promoção de saúde, e com isso, pensar no espaço para o idoso.

Na terceira idade atenção na manutenção da saúde é algo de extrema relevância, ou seja, envolve todos os aspectos da vida humana: social, físico, espiritual e psíquico. O idoso precisa desenvolver preferencialmente suas capacidades que mais associam os ganhos de saúde. Isso é, devem ser privilegiadas as atividades que estimulem a capacidade de executar gestos necessários ao auto cuidado. Na verdade, a conclusão de tais o conduz ao bem estar, seja no seu nível orgânico ou psicológico, uma vez que contribuem para melhor integração social.

Esse projeto pretende apresentar e contribuir com uma metodologia de estudo para entendimento das relações de envelhecimento na cidade, podendo assim analisar as dificuldades e necessidades que um idoso tem, dentro do cenário urbano, afim de produzir um espaço adequado para práticas de atividades, saúde e lazer.

Além desse aumento populacional, é percebido uma exclusão do idoso na cidade, situação possivelmente causada pela ausência de planejamento na produção de espaços que estimulem a participação ativa e integração do idoso a sociedade.

Tendo em vista o seu crescimento, há também um aumento da população idosa no município de Estância/Se. Assim como muitas cidades brasileiras, Estância necessita de uma atenção ao planejamento de locais de convivência para o idoso. Analisando sua dinâmica a terceira idade, é percebido um esquecimento sobre as questões voltadas a proposta de qualidade para o envelhecimento.

Diante breve estudo e coleta de dados sobre o envelhecimento, desafios enfrentados nessa fase da vida, necessidade de produção