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INTERVENÇÃO URBANA - DOCAS DE BELÉM

Por:   •  27/5/2018  •  1.409 Palavras (6 Páginas)  •  275 Visualizações

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Observa-se a efetiva Conexão com outros Espaços Públicos próximos à intervenção, sejam eles ruas, espaços verdes ou espaços abertos, tornando a área permeável e de fácil acesso. A Diversidade de Funções também foi buscada e alcançada, e vai além do olhar turístico sobre a área – nela existem escritórios, universidade, lojas, restaurantes, museus etc., que conferem ao local um amplo leque de opções. Há Presença de Habitação, particular e permanente – apartamentos –, e provisórias – hotéis –, ampliando assim o horário de uso dos espaços do bairro.

A intenção e a efetiva Preservação do Patrimônio também foram alcançadas, uma vez que, na medida do possível, os armazéns em melhor situação puderam ser restaurados, com as modificações necessárias aos novos usos. Novamente deve-se ressaltar que é a imagem mental histórica da área portuária, reforçada por alguns elementos que “lembram” o porto, e não o estilo portuário que foi mantida.

Por fim, acredita-se que houve uma apropriação do espaço (mesmo que não por todas as camadas da sociedade portenha), e este se tornou referencial imagético e simbólico para a população. A imagem da própria cidade de Buenos Aires foi realçada com a intervenção. O espaço foi fortalecido não só por sua

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história/memória (ligação com a área central e a formação da cidade), mas também por suas características morfológicas (proximidade com a água e recursos naturais) e o que ele representa, podendo-se assim, dizê-lo um Lugar da cidade.

pode-se dizer que o projeto foi bastante fiel às intenções, observando todos os critérios aqui estabelecidos como sendo características básicas da reabilitação e do Período em que foi realizado.

Já em relação à área da Estação das Docas, tanto as intenções como as realizações deixam claro que a Requalificação Física da área foi contemplada, sendo os espaços recuperados e requalificados, depois de anos de abandono. Também a Requalificação da Infraestrutura existente foi atendida e ampliada, servindo às atividades projetadas/ implantadas do complexo.

O Complexo faz parte de uma série de intervenções na área central de Belém, no entanto, não há ligação física efetiva entre todas as intervenções. A que mais se aproxima é a intervenção chamada Feliz Lusitânia que abrange algumas praças do entorno da Estação. Pode-se dizer que a Conexão com outros Espaços Públicos não é intencional nem direta – ruas de pedestres, vias, passarelas etc. – mas, devido à proximidade das duas áreas o acesso se dá facilmente. Há efetiva conexão – através de praça – com a avenida que margeia o complexo.

Intenções e realizações contemplam a Diversidade de Funções, todas voltadas ao lazer, à cultura e ao entretenimento como restaurantes e bares, museus, espaços de exposições. Não foi proposta nem efetivada a Presença da Habitação no Complexo – nem permanente (casas, apartamentos), nem transitória (hotéis, pousadas etc.). Para a área central, como visto nas Intenções, estava prevista a contemplação da habitação, inclusive de caráter social, o que não se efetivou. Há Preservação do Patrimônio, seja dos armazéns (com adaptações), seja de equipamentos portuários e do galpão do terminal hidroviário.

As intenções e as realizações contemplam um reforço do valor simbólico das áreas central e portuária, e da imagem destas áreas para a população local e exterior. Graças a um forte marketing urbano, pode-se dizer que a Estação das Docas foi apropriada pela população, até mesmo aquela que não pode “consumir” o espaço em sua totalidade. O sentimento de pertencimento, o valor simbólico e histórico fazem da área um Lugar da capital paraense.

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Pode-se observar no Complexo Estação das Docas, a similaridade com o dito do Puerto Madero: este não é um espaço plural, onde todos os segmentos sociais tem participação e usufruem o espaço de forma igual, apesar das intenções serem claras em relação ao usufruto da área por toda a população. No entanto, todos os segmentos são contemplados com atividades e o acesso a borda é garantido, como também acontece com o exemplo portenho analisado.

Reitera-se a posição de que as críticas são centradas na condição econômica da intervenção e da segregação social, o que limita a análise da área de forma mais complexa e que os aspectos positivos da intervenção, como a devolução de uma área subutilizada à cidade, a retomada da fruição do espaço através de usos mais apropriados à vida urbana contemporânea e à retomada do contato dos habitantes com as margens das cidades, ainda são aspectos pouco

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