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Escola de Chicago no âmbito da estrutura metálica

Por:   •  11/5/2018  •  2.043 Palavras (9 Páginas)  •  623 Visualizações

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1: Representação do incêndio de Chicago

Fonte: http://artecreha.com/gran-incendio-de-chicago/

As construções foram completamente destruídas, pois eram construídas em madeira, material vulnerável ao fogo. Esse evento foi marcante para os Estados Unidos, pois a partir dele, foi pensado um futuro para cidade, trouxe planejamento, desenvolvimento e inovação, que se espalhou para outras cidades do país.

Imagem 2: Cidade devastada pelo fogo

Fonte: História e Teoria da Arquitetura, 2014

3.2) Escola de Chicago

Depois do ocorrido, Chicago precisou passar por uma transformação, com receio de um novo desastre natural os arquitetos e engenheiros da época começaram a testar novos métodos construtivos.

Com isso, a partir de 1879, surge a Escola de Chicago, movimento que busca estudos evolutivos para aplicar nas construções. Dentro do movimento tinha arquitetos com conhecimento em diversas áreas e juntos discutiram e desenvolveram a nova cidade de Chicago.

Os arquitetos do movimento criaram um planejamento para a cidade, com novas regras de construções e utilização de novos materiais mais resistentes ao fogo, como tijolos e metais. Inicialmente as mudanças não foram aceitas pela população, que se queixavam do preço, por ser muito mais alto que as construções convencionais em que estavam acostumados, mas depois de uma pressão, decidiram aceitar.

"Foi só com a pressão das empresas seguradoras, que ameaçaram não pagar indenização pelos danos do incêndio, que os cidadãos passaram a adotas as novas medidas" SMITH, 2010

Com a aprovação dos cidadãos, a cidade foi totalmente reconstruída e estruturada de forma que atendesse toda a demanda. E em 1879, LeBaron Jenney constrói o primeiro arranha-céus dos EUA, com estrutura metálica resistente ao fogo, o que acabou definindo a Escola de Chicago. Os principais integrantes desse movimento foram LeBaron Jenney, Daniel Burnham, William Holabird, Martin Roche e Louis Sullivan, sendo o último o destaque.

Imagem 3: Edifício Leiter I. William Lebaron Jenney. Construído em 1879 e demolido em 1982

Fonte: Coisas da arquitetura, 2010

A estrutura em esqueleto de aço permitia levantar prédios de grandes dimensões, sem receios de sobrecarregar os pilares dos andares de baixo, assim foi possível cobrir a fachada de vidro, o que trouxe mais iluminação natural para dentro dos prédios. Como os prédios eram altos, precisava de comunicação entre os andares, e graças ao elevador e o telefone, essa comunicação foi possível, permitindo que os hotéis, magazines e escritórios se encaixasse nesse tipo de edifício.

LeBaron Janney foi quem descobriu essa solução estrutural, resultado da união de perfis laminados de aço com elementos metálicos, na qual trocou o ferro fundido que já era uma solução existente, pelo ferro laminado, essa estrutura recebia o nome de "gaiola estrutural". (COLIN, 2010)

Imagem 4: Detalhe da grade estrutural, concebida por LeBaron Jenney para compor a gaiola estrutural

Fonte: BENEVOLO, 2001

Ele aplicou esse princípio pela primeira vez no Leiter Building em 1879, foi considerado o primeiro prédio em estrutura metálica, apesar de conter alvenaria que ainda servia para sustentação. Já na construção do Manhattan Building (imagem 5), ele usa como estrutura somente o esqueleto em aço, aplicando completamente o seu princípio.

Imagem 5: Edifício Manhattan Building

Fonte: ANDRADE, 2016

O uso da estrutura metálica como método construtivo era leve e suportava uma grande carga, logo as paredes poderiam ser mais finas resultando em edifícios mais altos com fachadas envidraçadas. A estrutura funcionava da seguinte forma: eram feitos pilares de aço com seção quadrada, que era preenchido com concreto e posteriormente cobertos com terracota para proteção ao fogo.

A partir da aplicação desse princípio, muitos arquitetos da época começaram a usar a técnica de Baron Jenney em seus projetos, criando grandes prédios e remodelando a cidade de Chicago com conjuntos de arranha céus.

Imagem 6: Nova Chicago

Imagem: ANDRADE, 2016

3.4) Louis Sullivan 1856-1929

Louis Sullivan, natural dos Estados Unidos, foi um grande arquiteto e teve uma importância significativa no movimento Escola de Chicago, considerado o pai dos arranha-céus. Aos 16 anos ele ingressa no MIT (Instituto de tecnologia de Massachusetts) para estudar arquitetura, mas abandona 2 semestres seguintes. Antes de se mudar para Chicago, em 1873, ele se torna aprendiz no escritório do arquiteto Frank Furness na Filadélfia.

Ao se mudar para Chicago Sullivan logo consegue emprego no escritório de Willian LeBaron Jenney, arquiteto que cuidava do planejamento da nova Chicago, destruída após o Grande incêndio. No verão de 1874, Sullivan decide se mudar para Europa para estudar arte e retornar os estudos de arquitetura e matriculou-se na École des Beaux-Arts, uma escola renomada localizada em Paris. Após concluir seus estudos ele volta aos Estados Unidos e vai trabalhar no escritório do arquiteto e engenheiro Dankmar Adler, onde aperfeiçoa seus conhecimentos e mais tarde torna-se sócio, juntos projetaram aproximadamente 200 edifícios de uso misto residencial, comercial e religioso. (HAICK, 2015)

Após se juntar a Adler, conclui que deve fazer uma arquitetura diferente, queria algo individual e criticava o modo em que seus contemporâneos projetavam. Ele abusa da tecnologia e da chamada construção racional, foi um destaque da Escola de Chicago, considerado arquiteto de vanguarda.

Sua preocupação com a função é visível, atento com cada detalhe de setorização, Sullivan criou uma nova divisão para os edifícios, tornando-os mais funcionais. Sua divisão era da seguinte forma: Base, corpo e coroamento, que remete a ideia das ordens clássicas que possui base, corpo e capitel. Em sua base, deveria conter as lojas viradas para as ruas, de forma que pudessem ser vistas. Em seguida, no chamado corpo, ficavam os escritórios e por último o ático, uma espécie de sótão. Ficou conhecido

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