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Ciclo de Conferencias

Por:   •  29/9/2018  •  1.742 Palavras (7 Páginas)  •  242 Visualizações

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“Eu estou interessado no edifício, como o vêem, como o sentem, como é feito, o edifício como um corpo.” ZUMTHOR, Peter - entrevista in “Berlage Papers 22”. p. 2.

Na área externa foi projectado uma estrutura metálica em forma de nuvem em duas dimensões que mais é uma instalação ao ar livre fazendo deste um detalhe pontual e talvez pessoal de toda a pesquisa feita por Juan.

Francisco Alonso de Santos

“O processo criativo deve produzir uma obra que detenha desenho, harmonia e beleza. Estas qualidades também estão presentes na criação matemática.” Kline, M. (1953). Mathematics in Western Cultura. Oxford: Oxford University Press. New York, 1977, pag. 523-525.

Francisco Alonso de Santos também conhecido por Paco alonso é arquitecto e professor da Escola de Arquitectura de Madrid e da Universidade Pontifícia de Salamanca, com apenas dois projectos construídos Paco é um arquitecto que relaciona a matemática e a geometria com a arquitectura criando projectos demasiados complexos e por vezes sem aplicar o programa exigido pelos possíveis clientes. Projectista que leva as suas ideias aos extremos sem olhar para as consequências.

Apaixonado pela forma geométrica da coluna,Paco vai desenvolver e trabalhar esta ate á exaustão ao concorrer para o concurso do museu “San Isidro” onde propõe uma coluna torcida de uma escala monumental numa paisagem que nada se assemelha á sua proposta. Sem introduzir o programa exigido,pois para ele nada poderia estragar a beleza da forma pura.

Ramón Vázquez de Molezún

Ramón Vázquez nasceu na Espanha em “La Coruna” em 1922 fez faculdade na escola técnica superior de Arquitectura de Madrid obtendo o diploma em 1948. Em 1952 inicia a sua carreira profissional com o arquitecto Jose Antonio Corrales.

Ramón passou grande parte da sua vida a viajar, essas viagens eram feitas com o auxílio da sua inseparável mota que lhe proporcionou grandes aventuras e mais tarde pelo barco. O seu amor pela máquina é demonstrado não só na arquitectura mas também nos registos fotográficos feitos nessas viagens onde é possível ver que em quase todas as fotografias aparece em primeiro plano a sua mota. A sua fascinação pela máquina levou-lhe a estudar os desenhos técnicos das partes mecânicas não só da sua mota mas de tudo o que estava ao seu alcance, assim como Juan Navarro, Ramón também tinha interesse pela pintura e o desenho mas apenas se limitava a desenhar o que lhe interessava – a maquina, o engenho, desta forma é possível ver em seus quadros telas em branco com apenas um barco ou uma maquina representados . Uma das sua obras mais importantes é o Pavilhao em hexágonos em Bruxelas de 1958, que mostra a sua tendência pela forma de criar um organismo feito por si mesmo.

Ao trocar a sua mota pelo barco a única coisa que mudou foi o meio pelo qual viajava, as suas tendências e teorias continuavam bem presentes nas suas obras, tanto artísticas como de arquitectura. A obra que talvez melhor traduza a sua visão arquitectónica é a sua casa “La Roiba La Casa que Viaja” na Espanha, na cidade de Bueu Pontevedra na praia Beluso. Ramón construiu a sua casa como se de uma máquina se tratasse, uma “máquina de morar” ( Le Corbusier ) para além da metragem quadrada ser pequena, tudo na casa teria que ser bem pensando para aproveitar o espaço sem esquecer a paisagem privilegiada. Assim como um motor a sua casa também apresentava mecanismos de auxiliavam a vida cotidiana,desde contra-pessos que abriam e fechavam a porta que dava acesso ao porão onde guardava os seus estimados barcos e ferramentas até ao sistema de janelas longitudinais que aumentavam gradualmente pela fachada para dar uma maior visão á sua paisagem. O espaço onde Ramón passava a maior parte do tempo era no porão/garagem, esse foi o espaço que o levou a comprar aquela pequena propriedade. Com a maré cheia a água chegava a entrar dentro do porão ao ponto de inundar e erguer os barcos do solo, por vezes com maiores ondulações o acesso ao piso térreo era encharcado fazendo desta casa um barco móvel que se comporta como um transporte fixo das suas viagens. Ramón morreu em Madrid no ano de 1993.

Conclusão

Os três arquitectos diferentes no tempo e nas teorias apresentadas procuram inspiração em campos diferentes. Juan busca orientação nas artes plásticas o que acaba por o levar a estudar os cinco sentidos do ser humano, Pablo com o seu ser radical de ver a arquitectura vai trazer a matemática como musa da inspiração para realizar os seus projectos inviáveis cheios de filosofia e conceito. Ramón analisa a máquina e tudo o que ela lhe proporciona para lhe guiar nas suas obras. Os três mostram como é possível na arquitectura ir buscar orientação às mais diversas áreas do conhecimento e como esse processo pode levar a projectos de grande interesse tanto artístico como arquitectónico.

Comentário

O ciclo de conferências conseguiu abordar diversos temas importantes em varias escalas e áreas de conhecimento, desde o urbano, arquitectura e arte. Esses temas mostram-se importantes para o aluno pois abre um campo de possibilidades não só para a escolha do trabalho final de mestrado como também para inspiração nos projectos em execução.

Referências Bibliográficas

- ZUMTHOR, Peter - entrevista in “Berlage Papers 22”. p. 2

- Kline, M. (1953). Mathematics in Western Cultura. Oxford: Oxford University Press. New York, 1977, pag. 523-525.

Vídeos

- http://www.rtve.es/alacarta/videos/elogio-de-la-luz/elogio-luz-juan-navarro-baldeweg/1826762/ ( Elogio á luz – Juan Navarro )

- https://vimeo.com/ (Conferência do arquitecto Francisco Alonso

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