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As cidades especializadas do trabalho e do tempo livre

Por:   •  16/5/2018  •  1.452 Palavras (6 Páginas)  •  319 Visualizações

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Tipologia construtiva de casas que remetem ao campo, a um ambiente idílico e totalmente projetado, mostrando a questão de total fuga ao caos das grandes cidades.

Na França, primeiramente por iniciativa pública e posteriormente conjuntamente com a privada, há a construção de assentamentos projetados como exemplo a Mulhouse. Dotados de arquitetura com vínculos campestres de exemplos medievais de construção, compreendendo casas duplas e também apartamentos mistos com comércio e serviços.

Ville Menier, 1874, Emile Justin Menier, incorpora nas construções pensamentos higienistas, com diversos módulos de edificação.

As Cidades do Tempo Livre – cidade do Lazer

As estâncias de veraneio, ou villes d’eau, as estâncias hidrotermais e os ambientes campestres que antes eram desfrutados pela aristocracia, passam a difundir-se entre a classe emergente dos “novos ricos”. Surge como alternativa nostálgica de contato com a natureza, fugindo da contaminação do ambiente urbano das cidades e da paisagem poluída da industrialização. Forma de modelo seletivo e aristocrático, cidades totalmente planejadas para o que eram destinadas, assim como as company towns; além de serem pensadas como localidades que possuem serviços e comércios para essas pessoas, combinavam atrativos naturais com centros de comércio e serviço, locais onde contemporaneamente denominamos de cidades de turismo. Proporcionando a qualidade de vida da cidade, mas no campo. Arquitetonicamente, as edificações voltam-se ao romântico, retomando tudo anteriormente ao que é industrial, para criar um ambiente cenográfico.

Aproveitam-se das férias dessas classes de industriais e organizam viagens com fins turísticos, como forma destas pessoas gastarem o tempo livre nessas cidades e investindo nesse setor que nascia – viagens e programas de férias, formando acordos entre as indústrias e essas estâncias turísticas, inserindo essa alternativa também para a classe média, já que os operários também se questionavam a questão de também poderem usufruir de um período de descanso, que era tido pelas classes altas.

Brighton, antiga estância romana, é aproveitada pela aristocracia pelas suas qualidades paisagísticas, juntamente ao mar e ao balneário. Um ambiente idílico e tranquilo, trazendo diversas atrações como museus, aquários, restaurantes e a Kemp Town, loteamento planejado para a alta classe, materializando todos os conceitos dessas novas cidades que surgiam.

Mônaco e Montecarlo se aproveitam também das suas qualidades naturais e tornam-se as primeiras cidades a enriquecer com o turismo, especializando-se neste setor. Dotar a estrutura da cidade para o turismo, como o Cassino e Ópera de Monte Carlo de Charles Garnier, de estilo neobarroco e eclético.

A publicidade vem como instrumento de valorização dos produtos industriais assim como a arquitetura, aumentando inclusive os preços por tais atrativos e sedução das novas marcas. Surge o Grand Magazin: o local onde potencializam-se o poder das marcas e do fetiche ao consumo, eram as lojas de departamento da época, que reuniam infinidades de produtos dos mais variados. A arquitetura age nessas lojas com o efeito de atração do consumidor pelas vitrines, atuando nas grandes metrópoles, evoluindo do padrão de pequenos comércios das cidades lazer (que funcionavam de uma sazonalidade proporcionada pelo turismo), com o diferencial de abrangerem uma escala muito maior de produtos todos juntos num mesmo espaço, num local de grande mercado consumidor. 1824 – La Belle Jardinière, inicial deste modelo de grandes lojas, que ao longo dos anos foram se espalhando pelos Boulevards de Paris.

O arquiteto Henri-Blondel, a partir de 1850, cria a nova tipologia de edificações destinadas exclusivamente ao comércio, inspiradas nas grandes exposições, que se transformariam nos shopping centers. Aparecem os grandes letreiros, as grandes vitrines de vidro, um tipo de arquitetura aberta com halls onde se distribuem os espaços comerciais unidos por passarelas, escadarias que no percurso iam abrindo-se aos atrativos dos produtos das grandes grifes da metrópole, como na Gallerie Lafayette.

Surgem as grandes galerias com ruas cobertas que adentram o complexo de lojas; ruas protegidas pelas intempéries e funcionando por horários mais longos. Incentivam o comércio por cortarem as quadras das cidades e fazendo os pedestres adentrarem nesse espaço coberto e iluminado. Logo este modelo se espalhou por todas as grandes cidades europeias, como Paris, Berlim, Milão.

Cottages de Bournville Village, Birmingham.

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