ANÁLISE DA RELAÇÃO ENTRE O FILME: “TEMPOS MODERNOS” E O LIVRO: “ADEUS AO TRABALHO”

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sendo estimulo ao processo produtivo. A forma de trabalho mudou, os tempos mudaram, mas as relações do passado como apresentadas no filme não ficaram esquecidas no tempo, e assim, é possível observar distorções e uma cruel exploração trabalhista.

É interessante frisar, que o ápice do Capitalismo, consolidado pela Revolução Industrial, fortaleceram as relações trabalhistas, de modo que tornam-se conflituosas, sendo necessária a criação de estratégias para extinguir conflitos existentes entre a classe trabalhadora e os empregadores, assim o Direito do Trabalho fortalece para assegurar os direitos do trabalhador.

Atualmente, esses direitos são estabelecidos por meio de um conjunto de normas presentes na Constituição Federal, CF, na Consolidação das Leis do Trabalho, CLT, Lei 8.112 (Servidor Público) entre outras leis esparsas. Direitos como: remuneração, jornada de trabalho, férias, descansos semanais, licenças remuneradas, horas extras previstas em lei. Além disso, temos outras propostas pela Declaração dos Direitos Humanos, que na letra da Lei diz: “Toda a pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha do trabalho, a condições equitativas e satisfatórias de trabalho e à proteção contra o desemprego”.

Diante de tantas Leis e regras existentes hoje no Brasil, pouco tem sido feito para garantir os direitos estabelecidos em Legislação, como estão sendo apontado pelas atuais pesquisas. Sabemos que atualmente um termo novo é usado para relatar os casos desumanos de condições de trabalho, “A escravidão moderna”. Mesmo após a assinatura da lei Áurea, em 13 de maio de 1888, que decretou o fim do direito de propriedade de uma pessoa sob outra, porém o trabalho semelhante ao escravo se manteve de outra maneira. A forma mais encontrada no país é a da servidão, por dívida.

Torna-se necessário enfatizar que o trabalho escravo não existe somente no meio rural, ocorre também nas áreas urbanas, nas cidades, porém em menor intensidade. O trabalho escravo urbano é de outra natureza. No Brasil, os principais casos de escravidão urbana ocorrem nas regiões metropolitanas, onde os imigrantes ilegais e pessoas de baixa escolaridade trabalham dezenas de horas diárias, sem folga e com baixíssimos salários, geralmente em oficinas de costura. De modo geral, o trabalho escravo só tem a prejudicar a imagem do Brasil no exterior, sendo que as restrições comerciais são severas caso o país continue a utilizar de mão de obra comparável à escravidão.