A COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL
Por: SonSolimar • 12/3/2018 • 1.712 Palavras (7 Páginas) • 316 Visualizações
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Pelo fato de ser uma igreja, a ideia utilizada de colocar os pilares curvos formando um arco superior, transmite uma referência de direcionar as vozes para o céu, como se a forma tenha sido proposital para repassar tal mensagem.
Niemeyer obteve todo o resultado que esperava por essa obra, a transmissão das formas curvas, a sensação das estruturas como uma parte total da obra os vitrais que serviam de pintura, de cobertura e ao mesmo tempo de luminosidade e toda a concepção arquitetônica e estrutural.
- Igrejinha da Pampulha (Belo Horizonte)
Figura 2: Igreja de São Francisco de Assis
[pic 2]
Fonte: Ricardo Amado, ricardoamado.fot.br. (Acesso em 18/06/2016)
A Famosa Igrejinha da Pampulha foi inaugurada em 1943, projetada também pelo arquiteto e urbanista Oscar Niemeyer, sendo solicitada pelo atual Prefeito da época, o Juscelino Kubitschek. Construído em um grande momento histórico do Brasil, se uniu a arquitetura moderna.
A igrejinha foi para Niemeyer uma forma de reconhecimento em todo Brasil e Niemeyer aproveitou para apresentar sua inovação das formas curvas e transformar o espaço ao redor das construções monótonas. Inovando as formas da igreja, foi alvo de muitas críticas ao fugir do tradicionalismo arquitetônico.
Os materiais empregados que deram origem a finalização da igrejinha foram o uso do concreto, transmitindo toda parte volumétrica, cheias de curvas e linhas assimétricas. Tudo foi possível pela utilização do concreto armado.
A obra transmite a sensualidade da forma curva ao seu redor de forma harmoniosa e assim complementa a paisagem. Os arcos abobadados compõe a estrutura e o interior é complementado pelos dois maiores arcos. Outro complemento da obra é a marquise da entrada, que são estruturas independentes.
A composição total da igreja teve a ajuda do engenheiro Joaquim Cardoso, do artista Candido Portinari e o paisagista Burle Marx que fechou a forma paisagista externa da igrejinha com harmoniosos jardins. O interior da igreja possui grande destaque de Portinari, ao trabalhar a decoração nas laterais da nave. Ao fundo, um mural de São Francisco, também pintura de Portinari.
Niemeyer colaborou para que toda atenção fosse dada a esse mural, com isso ele diminuiu a abobada até o altar. As sensações das cores trazem a continuidade do céu, ao mesmo tempo se destaca pelas formas curvas e a marquise que utiliza uma forma geométrica que foge a todo contexto da obra, porém, consegue se destacar positivamente por ser uma estrutura independente da obra.
A utilização das cores brancas deixando em destaque os vitrais, trazem a obra uma personalidade leve e delicada, destacando ainda mais as estruturas e os materiais empregados. Também é uma obra muito reconhecida pelo pais, sua forma é de fácil compreensão e para quem visualizou apenas uma vez, é possível mantê-la na memória pela simplicidade dos detalhes e formas curvas.
A intenção de manter as ondas da lagoa na própria estrutura é uma personalidade de Niemeyer. Ele se aproveita das formas, sejam elas para destacar na paisagem quando não há mais nada que possa interferir ou sejam elas para ficarem ali apenas dando uma continuidade a paisagem ao redor.
A igrejinha é o resultado disso, a continuidade das formas curvas. Ao lado da lagoa, os vitrais recebem a sensação do mesmo elemento em concordância com as cores e as texturas.
- Edifício Copan (São Paulo)
Figura 2: Igreja de São Francisco de Assis
[pic 3]
Fonte: Grupo AZ ,azdecor.com.br (acesso em 18/06/2016)
Mais uma obra do arquiteto Oscar Niemeyer e de grande relevância para o arquiteto por ser também uma de suas primeiras obras. Construído na Avenida Ipiranga. Um projeto de 1951. Niemeyer sempre quebrando as formas tradicionais, mais uma vez utilizando seu grande marco, as formas curvas.
Segundo Nimeyer (1988) “Não é o ângulo reto que atrai, nem a linha reta, dura, inflexível...O que me atrai é uma curva livre e sensual”. O objetivo do edifício era ser um grande centro urbanístico, porém, sofreu diversas alterações em seu projeto inicial.
Utilizou o concreto armado na maior parte da estrutura, em seus 32 andares e 120 mil m². A sua forma curva com significado em “s” se destaca por outras volumetrias de ângulos retos da avenida de São Paulo.
A sensação de leveza em meio ao concreto, é toda possiblidade da forma que Niemeyer utiliza em seus projetos. Nada precisa necessariamente ser monótono e reto para que exista uma construção ali, as funções podem ser as mesmas independente da forma dada.
Compreender que essas formas alteram e muito o cotidiano das pessoas, é uma forma de compreender que a arquitetura também está relacionada a linguagem comunicativa visual. A identidade da forma como transmissão de contato, é algo abstrato, mas ao mesmo tempo é entendido por qualquer pessoa ao resultado final das sensações transmitidas.
A linguagem visual diz muito sobre quem projetou e quem está vivenciando, então, todo cuidado para repassar exatamente a ideia que se teve a próxima pessoa é um trabalho difícil, pois requer personalidade e experiência.
O edifício Copan é composto por pequenas lâminas, leves e transparentes, possuindo seus primeiros pavimentos atrás de um aglomerado maciço. O térreo possui uma inclinação no piso e uma galeria da continuidade a topografia do terreno.
É perceptível o desnivelamento ao notar que a laje no teto é paralela ao piso. Somente os próximos andares é que irão acabar com o desnivelamento, o tipo por exemplo que se repete por trinta e duas vezes. As brises da fachada maior são independente e juntam-se à estrutura principal em pequenos pontos.
Os apartamentos, possuem pilares que interferem na dimensão dos cômodos, de forma que a ideia de Niemeyer se tornou uma certa independência entre os vedos e estrutura. No entanto,
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