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Linux e o mercado corporativo

Por:   •  1/5/2018  •  5.527 Palavras (23 Páginas)  •  322 Visualizações

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RedHat

RedHat talvez tenha sido a distribuição que melhor incorporou a visão e necessidades de mercado aliado ao Linux.

Em 1993 Bob Young incorporou a ACC um catálogo na empresa que vendia Linux e Unix e alguns acessórios de softwares. Um ano depois, Marc Ewing criou sua própria distribuição Linux, com o nome de Red Hat Linux, e lançou seu software em Outubro do mesmo ano.

Unidos, Young e Ewing, disponibilizaram a Red Hat em 1999, no dia 11 de agosto. O caminho seguido pela distribuição Red Hat era diferente das demais, tanto que neste dia, a empresa se tornou o oitavo maior ganho do primeiro dia na história de Wall Street.

Red Hat segue adquirindo novos capitais, como a empresa Cygnus Solutions, que fornecia suporte comercial para softwares livres e GNU.

Em 2002 a empresa muda sua sede, e no mês seguinte apresenta a solução para servidores, Red Hat Linux Server, que teria seu nome alterado para Red Hat Enterprise Linux. Empresas como Del, IBM, HP e Oracle anunciam apoio a plataforma.

Entre lançamentos e melhorias nas distribuições, a empresa continua adquirindo outro negócios, como em 2008, com a compra da empresa Amentra, que na época provinha do ramo de serviços de integração de arquitetura e desenvolvimento de sistemas.

Além das versões que visam claramente o mercado corporativo, a Red Hat patrocina o projeto Fedora, que visa a distribuição de software e conteúdo livre.

Hoje a empresa se define como a líder mundial de fornecimento de soluções open source para TI Corporativa, e deixa bem claro em seu site com a seguinte descrição: “Lideramos o universo open source há mais de 20 anos. Mas não se trata apenas da tecnologia. Os valores que envolvem a filosofia open source, como meritocracias, formação de comunidades e transparência, estão mudando a maneira como abordamos os negócios e a vida. Saiba por que ser open é o modelo de inovação padrão do século XXI.”

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Debian

Assim como as duas distribuições já citadas acima, o Debian também foi iniciado em 1993. Seu criador inicial foi Ian Murdock, estudante Universitário em Pardue.

O projeto ganhou este nome por ser uma junção do idealizador e sua esposa Debra.

O Debian foi patrocinado pelo projeto GNU, Free Software Foundation, uma organização de Richard Satallman.

Ao contrário da Red Hat, por exemplo, a distribuição Debian não tinha caráter corporativos. De acordo com Junior (2005), era a única “distro” aberta a todo desenvolvedor/usuário que desejasse contribuir com seu trabalho, era o único projeto com um contrato social e político de organização do projeto. Também era a única que usava informações minuciosas de dependências de pacotes necessárias para assegurar a integridade do sistema de atualizações.

Em relação as versões, no ano de 1993, que também foi o ano de seu lançamento, foram disponibilizadas as “distros” de 0.01 até 0.90.

Já a versão 0.91 criada em 2014, possuía um sistema que permitiria ao usuário desinstalar pacotes e já contava com 12 desenvolvedores.

Um ano depois é lançada a versão 0.93R5, onde cada pacote ficou na responsabilidade de um desenvolvedor. A novidade era o gerenciador de pacotes chamado de DPKG (Debian Package).

Em meados 1996, surge a versão Buzz, em homenagem ao personagem de Toy Story, visto que Bruce Perens, deixou a Pixar e assumiu a liderança do projeto.

No mesmo ano, a versão REX já constava com 120 desenvolvedores e mais de 800 pacotes para instalação.

Em 1998 surge o primeiro Debian com versão a várias arquiteturas, conhecido por Hamm (2.0). O número de pacotes dispara para 1500, assim como o de desenvolvedor, que atinge 400.

Hoje o SO vem com mais de 43000 pacotes, e trabalham com 3 distribuições em manutenção constante. A Stabel, Testing e Unstable.

A distribuição Stabel é a última versão oficialmente lançada pelo Debian. É a versão mais recomendada pelo Debian, que atualmente é a versão 8, com codinome Jessie, com sua última atualização realizada em Junho de 2016.

Já as distribuições com status Testing são pacotes que ainda não foram aceitos e completamente homologados para estarem no status de stabel. A vantagem em se usar esta versão é que ela possui versões mais recentes de softwares. A atual é conhecida como stretch.

E por último, as distribuições chamadas de Unstable, é nesse estágio que o desenvolvimento da Debian ocorre, portanto a maioria dos usuários dessa versão são justamente desenvolvedores.

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LINUX E O MERCADO CORPORATIVO

A popularidade e crescimento do Linux deve-se a alguns fatos ocorridos nos últimos 10 anos. Por ser um sistema operacional de código aberto, ele pode ser modificado, adaptado e melhorado constantemente e molda-se as necessidades de sua utilização, algo que não é totalmente possível de ser feito com sistemas de código fechado como os produzidos pela Microsoft e Apple.

Atualmente grandes empresas desenvolvedoras de distribuições Linux para uso pessoal e comercial, tais como Canonical, Novell e Canonical, além de oferecer distribuições LTS, isto é, possuem um período maior entre atualizações nas versões, desse modo reduz riscos de bugs e custos, assim aumenta a confiança e segurança, oferecendo suporte para aplicações mais críticas de negócios e usuários comuns.

Por tratar-se de um sistema flexível as necessidades e leve, o Linux pode adaptar-se até em hardware mais ultrapassados com poucos recursos. Portanto diminui o custo, já que não é necessário realizar uma troca de hardware a cada atualização do sistema operacional.

No capítulo um notamos que as principais distribuições Linux surgiram na década de 90. De acordo com Guimarães (2005) em paralelo à trajetória da Microsoft, desde o seu lançamento, de modo lento, mas progressivo, o Linux vem entrando no mundo corporativo, a partir da participação de empresas de software, o que não aconteceu por acaso.

Portando a década de 90 foi decisiva para que o Linux conseguisse acesso ao mercado corporativo. O Sistema

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