Uso de }Hidrogel para plantio

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Keywords: Polymer, Lantana, hydrogel.

INTRODUÇÃO

Em meio a busca de alternativas para obter-se sustentabilidade, otimização de recursos naturais, produção ecologicamente corretas, nos deparamos com os altos índices de consumo d’água, seja utilizando-a de maneira desenfreada ou despejando poluentes em cursos hídricos. Pesquisas indicam que vem sendo empregado para plantio de eucalípto e café a utilização de bio-polímero hidroretendor, que após hidratação é capaz de absorver umidade até 400 vezes seu peso e aumentar até 100 vezes de tamanho, aumento do enraizamento e melhoria do processo de pega das mudas segundo informações do próprio fabricante.

Nesse sentido, os polímeros sintéticos foram desenvolvidos na década de 1960, sendo muitos deles recomendados para uso agrícola como condicionadores de solo por melhorarem as propriedades físico-químicas dos solos, reduzirem o número de irrigações e as perdas de nutrientes e diminuírem os custos no desenvolvimento das culturas (SAAD, LOPES & SANTOS, 2009). Em países da Europa e nos Estados Unidos, tais produtos vêm sendo amplamente utilizados como estruturadores de solos, no controle de erosões, na melhora da infiltração de água e na recuperação de solos com problemas de salinidade (SHAINBERG & LEVY, 1994).

Segundo matéria publicada pelo site www.painelflorestal.com o hidrogel promove melhora na agregação das partículas do solo, melhora da aeração, diminuição do lixiviamento e dependendo das condições do solo, a planta pode ficar de 8 a 15 dias sem irrigação. Na média, reduz o consumo de água de 6 litros e meio por muda para cerca de 2 litros e meio e principalmente reduz o índice de mortalidade das mudas e o replantio. Outro grande atributo do gel é que ele é biodegradável e não compromete o meio ambiente por ter pH neutro, evitando a contaminação do solo e principalmente dos lençóis freáticos.

Encontra-se estudos com emprego do hidrogel em plantas usadas em reflorestamento e na agricultura do café, dessa forma realizar-se-a experimentação do emprego desse produto em plantas de interesse ornamental.

Algumas espécies de Lantana possuem propriedades tóxicas capazes de provocar fotossensibilização e distúrbios gastrointestinais em bovinos ou ovinos (BRITO et al. 2004; TOKARNIA et al. 1999). Apesar disso, em algumas regiões do mundo seus frutos servem de alimento sem causar efeitos tóxicos a humanos; é freqüentemente utilizada na medicina popular como anti-séptico, contra gripes e resfriados e para estagnar hemorragias; são conhecidas propriedades alelopáticas e efeitos repelentes contra larva de mosquitos Aedes (SAGAR et al. 2005); vem sendo agente de controle biológico de lepitópteros desfolhadores, dípteros e fungos causadores de doenças fitopatogênicas (WATANABE, 2005).

MATERIAL E METÓDOS

Para realização do experimento foi escolhido mudas de uma planta muito empregada como ornamental no Brasil Lantana camara, popularmente conhecida como lantana amarela, cambarazinho e lantana-cambará é uma planta herbácea ou arbustiva perene, ramificada, com sistema radicular forte, com flores que se reúnem em inflorescências e folhas ovaladas (WATANABE, 2005). Essa planta foi escolhida por ser muito utilizada em canteiros de avenidas e praças públicas, devido a facilidade de seu manejo necessitando de sol e rega diária e valor relativamente baixo Vasos com perfurações e reservatório para captação de água infiltrada, terra vegetal para plantio, mudas produzidas em torrão paulista (Fig. 1), bio-polímero hidroretendor poliacrilato de potássio.

Figura 1. Mudas em torrão paulista[pic 1]

As amostras constituiram em montar três amostras para observação do desenvolvimento das mudas e captação do volume de água infiltrada durantre o período de dez dias, cada amostra recebeu o transplante de cinco mudas, utilizando-se um total de quinze, a amostra I ou testemunha (Fig.2-a) não recebeu o polímero sendo as mudas plantadas somente no substrato vegetal e recebeu irrigação de 300 mililitros de água todos os dias do experimento. Na amostra II (Fig. 2-b) foi utilizado o bio-polímero hidratado seguindo orientações do fabricante, empregando-se quatro gramas do produto em um litro de água, as mudas foram colocadas em contato com o hidrogel formado e cobertas com terra vegetal não recebendo irrigação em nenhum dia durante o experimento e a amostra III (Fig. 2-c) recebeu o bio-polímero granulado, que recebeu irrigação após o quinto dia devido observação de murcha de algumas folhas a rega foi realizada até que as mudas recuperassem a vitalidade. [pic 2]

Figura 2. Produção das amostras

As amostras (Fig. 3) não receberam irrigação no primeiro dia pois chegaram do viveiro bastante hidratadas, foram observadas e o total de água infiltrada por amostra coletado e medido em proveta de mil mililitros.[pic 3]

Figura 3. Amostras

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Os resultados de observação do desenvolvimento das mudas retrata um desenvolvimento semelhante em ambas com crescimento das mudas e presença de inflorescências (Fig. 4), o que indica a necessidade hídrica da planta. Uma vez que a amostra III suportou cinco dias sem água indica que o bio-polímero absorveu a umidade presente nas mudas e a manteve por um curto período, e após a irrigação dessa amostra o volume infiltrado foi 10% abaixo do volume de irrigação utilizado na amostra conforme explicitado na tabela 1, dando a entender que o produto mesmo sendo utilizado puro consegue absorver água e disponibilizá-la para as mudas.

Figura 4. Amostras após 10 dias de observação[pic 4]

A amostra I recebeu irrigação de 2700mL durante o experimento e o volume infiltrado foi de 980ml aproximadamente, o que equivale a 36% do volume irrigado, desprezando-se sempre o fator evaporação.

Comparando o volume captado na amostra I e o utilizado para produzir o hidrogel empregado na amostra II, observa-se que são muito próximos, indicando que o produto utilizado é um eficiente paleativo para plantio de mudas ornamentais em períodos de estiagem ou seca, economizando 1700 mililitros durante o período de dez dias dando suporte hidríco a cinco mudas, uma análise maior como de um canteiro central de avenidas que usam centenas de mudas pode-se observar uma economia de água mais acentuada.

Tabela 1. Demonstração