PROBLEMAS ESPECIAIS EM FUNDAÇÕES PROFUNDAS

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Em relação à flambagem de estacas pode-se perceber que sua deformação depende de diversos fatores. De acordo com Sodré (1995), sua geometria, a característica do material, do terreno e as cargas que este suporta são índices explícitos que cooperam ou vetam a ocorrência de uma flambagem. Desde então, sobre estudos feitos entre a década de 50 e 60, encontram-se diversas teorias sobre o assunto. A junção destas teorias e do conhecimento de pesquisadores eclodiu soluções, como a solução de Timoshenko e a de Van Langendonck.

Já os problemas causados pela cravação de estacas, pode-se concluir sobre fundações profundas, a importância dos cuidados no processo de execução da cravação, ao que elas remetem e quais processos devem ser levados em conta. Mesmo com agilidade no andamento da obra e entre outras vantagens, a cravação de estacas podem ocasionar deformações no terreno por vibrações além de promover o levantamento e perturbação do terreno envolvente tendo repercussões nas estruturas vizinhas. Um dos principais motivos que podem provocar danos a construções vizinhas por levantamento do solo é a cravação de estacas de grande deslocamento em solos argilosos, principalmente os mais rijos.

De acordo com Velloso e Lopes (2010), as estacas metálicas ou pré-moldadas de concreto já instaladas no terreno, não sofrem alterações estruturais pela cravação de estacas. Por outro lado, estacas moldadas in situ recém-concretadas podem ser danificadas, como é o caso das estacas tipo Franki. Segundo Saves (2011), além da possibilidade da cravação de uma estaca provocar o levantamento de estacas adjacentes, pode ocorrer seu estrangulamento, devido a este tipo de estaca não admitir grandes diâmetros e quando submetida ao lançamento do concreto, este enrosca no tubo onde há diminuição da seção transversal.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALONSO, U. R. - Dimensionamento de fundações profundas. São Paulo: Edgard Blucher LTDA, 1989.

SAVES, V. G. - Estudo das fundações em estacas: tipos, cálculo, cuidados, execução. São Carlos, 2011. Disponível em: . Acesso em: 31 mai. 2016.

SODRÉ, D.J.R. – Estacas raiz: Processo executivo. Monografia, Escola de Engenharia de São Carlos USP. São Carlos, SP. (1995). 98 pg.il.

VELLOSO, D. A. LOPES, F.R. Fundações: critérios de projeto, investigação do subsolo, fundações superficiais, fundações profundas. São Paulo: Oficina de Textos, 2010.