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Descrição e Análise do Planejamento e Controle da Produção de uma Indústria de Cerâmica Vermelha de Pequeno Porte

Por:   •  5/5/2018  •  4.533 Palavras (19 Páginas)  •  453 Visualizações

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produtiva e coordená-lo com os demais setores administrativos da empresa.

Chiavenato (1991) define que o PCP atua antes, durante e depois do processo produtivo. E conclui essa ideia descrevendo que o PCP atuará nesta gerência antes planejando o processo produtivo, programando materiais, máquinas, pessoas e estoques; durante, e depois, controlando o funcionamento do processo para mantê-lo de acordo com o que foi planejado, objetivando aumentar a eficiência e a eficácia através da administração da produção (CHIAVENATO, 1991).

Tubino (1997) considera o PCP responsável pela coordenação e aplicação de recursos produtivos de forma a atender da melhor maneira possível aos planos estabelecidos em níveis estratégico, tático e operacional.

No nível estratégico são definidas as políticas estratégicas de longo prazo da empresa, na qual o PCP participa da formulação do Planejamento Estratégico da produção, gerando um Plano Mestre de Produção (PMP). O Tático é o nível onde são estabelecidos os planos de médio prazo para a produção cujo PCP desenvolve o PMP, obtendo o plano mestre. Já no nível operacional são preparados programas de curto prazo de produção e realizado o acompanhamento (TUBINO, 1997).

Deste modo, o PCP prepara a programação da produção administrando estoques, sequenciando, emitindo e liberando as ordens de compras, fabricação e montagem, assim sendo, executa o acompanhamento e controle da produção (TUBINO, 1997).

IV Workshop de Trabalhos de Conclusão de Curso do UNICEP

São Carlos, SP, 2012 3

Resumidamente, de maneira simples, o PCP determina o que vai ser produzido, quando e como vai ser produzido, ditando o ritmo da produção e da empresa.

2.2. Fases do Planejamento e Controle da Produção

Para trabalhar de maneira satisfatória o PCP exige um vasto volume de informações. Chiavenato (1991) considera que “o PCP é um centro de informações para a produção”, isto porque ele recolhe dados e produz informações incessantemente.

Neste sentido, o PCP apresenta várias fases ou atividades que, entre os diversos autores da área, suas classificações tornam-se bem divergentes.

Segundo Machline (1972) e Russomano (1979) o PCP pode se agrupar nas seguintes fases: programação, roteiro, aprazamento, liberação e controle; que são definidas no quadro 1.

Quadro 1 - Fases do PCP

Fases

Conceito

Características

Programação

Acertar o programa da produção através das perspectivas de venda, capacidade de produção e recursos financeiros disponíveis.

- Agenda a produção;

- Define tipo e quantidade de produto a ser fabricado.

Roteiro

Determinar o melhor método de produção das peças, subcomponentes e montagem do produto acabado e tempo padrão.

- Lista as operações;

- Quem fará a operação;

- Onde será feita a operação;

- Tempo de fabricação;

- Sequência de execução.

Aprazamento

Estabelecer datas de início e fim de cada atividade.

- Quando inicia a produção;

- Quando termina a produção;

- Quanto tempo levará para produzir.

Liberação

Mobilizar os recursos para a produção, emitir e liberar as ordens de produção.

- Verifica disponibilidade de material, ferramentas e instruções técnicas;

- Emite e libera ordens de fabricação, montagem e compra.

Controle

Acompanhar e controlar o programado com o produzido de modo a assegurar que atinja os objetivos pretendidos.

- Acompanha a produção;

- Avalia o processo;

- Regula o processo produtivo.

Fonte: elaborado pelo próprio autor

2.3. Sistemas atualmente utilizados no PCP

Atualmente, as atividades de PCP podem ser implementadas e operacionalizadas através do auxílio de, pelo menos, três sistemas conhecidos: Planejamento de Necessidades de

IV Workshop de Trabalhos de Conclusão de Curso do UNICEP

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Materiais - MRP, Planejamento dos Recursos de Manufatura – MRPII, Planejamento de Recursos Empresariais - ERP, Just in Time - JIT, Tecnologia de Produção Otimizada - OPT.

Os sistemas MRP II e ERP são os sucessores do MRP. Diante da necessidade de se verificar todos os elementos necessários para produzir um determinado produto, garantindo que sejam providenciados a tempo, surgiu o MRP; tais necessidades, com o tempo, foram se ampliando fazendo com que demais partes da organização se integrassem. Dessa forma, de modo a reunir todas as informações referentes às diversas áreas de produção em uma única base de dados, houve a evolução do sistema MRP para o MRP II e, posteriormente o ERP.

O conceito e as principais características dos sistemas ERP, JIT, OPT podem ser vistos no quadro 2.

Quadro 2 – Análise dos Sistemas de Produção

Sistema

Conceito

Vantagem

Desvantagem

ERP

- integra processos de gerenciamento e negócios;

- uso de pacotes estruturados de forma modular;

- interface unificada ao longo de toda a empresa.

- ampla base de dados;

- aplicável a sistemas produtivos com grandes variações de demandas e mix de produtos;

- feedback dos dados e controles online abrangendo todas

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