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ANÁLISE DAS INSTALAÇÕES ATIVAS DE PROTEÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO E PÂNICO

Por:   •  29/10/2018  •  3.275 Palavras (14 Páginas)  •  267 Visualizações

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a conscientização da população em relação aos riscos que uma edificação que não atende as concepções mínimas de segurança pode apresentar.

Muito além de ser uma exigência de quem projeta e constrói, a segurança nas edificações é mais visível geralmente nas capitais dos estados, onde as fiscalizações são mais rígidas.No entanto, quando a legislação é mais exigente para garantir asegurança contra incêndios, surgem questionamentos na procura de artifícios alternativos na tentativa de reduzir custos adicionais, estes muitas vezesconsideráveis perante a lei.

Hoje no Estado do Espírito Santo existem muitas edificações que abrigam os mais variados ramos de atividades e que funcionam sem atender aos requisitos normativos mínimos em relação à prevenção e combate ao incêndio. Neste contexto, surge a necessidade de se estabelecerem medidasviáveis e que sejam compatíveis com a atualidade, na tentativa de adequaras edificações existentes para que estas contemplem o mínimo de medidas de segurança estabelecidas por lei.

De acordo com Brentano (2016), para se ter uma edificação segura, além de um sistema de proteção bem projetado e executado, é necessário que o mesmo passe por inspeções, testes e manutenção constante. É preciso, também, que os usuários saibam como se comportar por ocasião de um incêndio e a edificação deve ter pessoas treinadas para operar o sistema de forma eficiente no combate ao fogo e comandar a saída com segurança da edificação, isto é, ter uma brigada de incêndio.

- REFERENCIAL TEORICO

Para Marcelli (2007), um edifício pode ser considerado seguro contra incêndio quando há baixa probabilidade deque um princípio de incêndio venha a ocorrer e, caso ocorra, que haja uma alta probabilidade de todos osseus ocupantes evacuarem o prédio e tenham suas vidas e integridade física preservada, como também que os danos se limitem às vizinhanças imediatas do local em que o fogo se originou, minimizando, assim, as perdas provocadas pelo incêndio. Na tentativa de que essas perdas sejam reduzidas, foram desenvolvidos dispositivos de combate a incêndio que auxiliam nos momentos iniciais de propagação do fogo, são eles: extintores de incêndio, hidrantes, chuveiros automáticos, entre outros. A fim de que esses equipamentos sejam utilizados de forma eficiente, faz-se necessário conhecer suas particularidades: efeitos, composição, indicação e modo de uso.

- O FOGO

Para Telmo Brentano (2016), o fogo pode ser considerado uma reação química exotérmica que consiste na combinação de materiais combustíveis com o comburente (oxigênio do ar), que, ativado por uma fonte de calor, seja ela uma chama, fagulha ou uma superfície aquecida, inicia uma transformação química, denominada combustão, resultando na produção de chamas, fumaça e mais calor (Figura 1). No entanto, para que haja a propagação do fogo, após sua ocorrência, deve haver transferência de calor de molécula para molécula do material combustível, que entrando em combustão sucessivamente, irá gerar uma reação química em cadeia, iniciando assim um incêndio.

Figura 1 – Triângulo e Tetraedro do Fogo.

[pic 8]

Fonte: BRENTANO, 2016, p.38.

- A PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS E O PROJETO DE EDIFICAÇÕES

O projeto de prevenção e combate a incêndio devem ser notoriamente definidos nos primeiros estágios do projeto. A proteção à vida a todo o momento será o primeiro objetivo a ser atingido, contudo o impacto financeiro de um incêndio sobre um negócio, como resultado direto das perdas da propriedade e da produção, também são importantes considerações. Alguns tipos de negócios, como, por exemplo, uma cadeia internacional de hotéis, podem sofrer perdas indiretas, como a de sua imagem perante a sociedade (SEITO, 2008).

O projeto de prevenção e combate a incêndio se dá através do nível de risco que a edificação apresenta, isto é, pela classificação dada por norma ou por lei, considerando sempre as características particulares que cada edificação, como ocupação, área, altura e carga térmica; entretanto, às vezes, essas edificações apresentam funções e atividades diferenciadas, o que leva à exigir soluções de proteção contra incêndios também pouco comum a legislação (BRENTANO, 2016).

Para Brentano (2016), existem dois tipo de proteção, a ativa e a passiva, sendo que a ativaé aquela que envolve todas as formas de detecção, de alarme e de controle do crescimento do fogo até a chegada do corpo de bombeiros ou, então, a extinção de um princípio de incêndio já instalado. Estas ações são executadas por equipamentos de detecção, de alarme e de combate ao fogo, como sensores, detectores de fumaça e calor, sistemas de hidrantes, mangotinhos e sprinklers, extintores de incêndio, entre outros.

- CLASSES DE INCÊNDIO

De acordo com Telmo Brentano (2016), os incêndios são classificados, de acordo com o material combustível, em cinco classes: A, B, C, D e K (Figura 2).

- Classe A: são os que ocorrem em materiais combustíveis sólidos comuns, tais como madeiras, papéis, tecidos, borrachas, plásticos termoestáveis, etc. Esses materiais queimam em superfície e em profundidade, deixando resíduos após a combustão, como brasas e cinzas. A extinção se dá por resfriamento, principalmente pela ação da água, que é o mais efetivo agente extintor, e por abafamento, como ação secundária.

- Classe B: são os que ocorrem em líquidos combustíveis e em gases inflamáveis, tais como gasolina, álcool, óleo diesel, gás liquefeito de petróleo (GLP), gás natural, acetileno. A combustão desses materiais se caracteriza por não deixarem resíduos. A extinção se dá por abafamento, pela quebra da cadeia de reação química e/ou pela retirada do material combustível. Os agentes extintores podem ser produtos químicos secos, líquidos vaporizantes, gases, água nebulizada e a espuma mecânica, que é o melhor agente extintor.

- Classe C: são os que ocorrem em equipamentos e instalações elétricas energizadas. Deve ser usado um agente extintor não condutor de eletricidade. São usados o pó químico seco, líquidos vaporizantes e gases, principalmente estes.

- Classe D: constituem esta classe de incêndio os metais que queimam facilmente quando fundidos, finamente divididos ou em forma de lâminas, como exemplo o magnésio, o titânio, o sódio, o potássio,

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