MÉTODOS DE COMBATE A CORROSÃO: ANODIZAÇÃO E GALVANIZAÇÃO
Por: Salezio.Francisco • 13/10/2017 • 1.371 Palavras (6 Páginas) • 445 Visualizações
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Com a aplicação da corrente elétrica, ocorrerá no anodo, (peças de alumínio), a eletrólise do ácido liberando o oxigênio que reagirá com o alumínio, transformando sua superfície em óxido de alumínio (alumina). Esta película de alumina, além de fornecer uma excelente proteção contra a corrosão, é extremamente dura, transparente, anidra, porosa, e sua espessura aumenta proporcionalmente ao tempo de exposição no eletrólito.
GALVANIZAÇÃO
Conceito de galvanização
A galvanização é um processo químico que consiste em revestir superfícies de peças metálicas com outros metais, mais nobres. Esse processo tem por objetivo proteger uma peça de metal da corrosão, aumentar a durabilidade desse metal, diminui os custos da manutenção, melhora sua condutividade, aumenta a dureza superficial (maior resistência contra danos mecânicos, durante seu manuseio, transporte e instalação) e melhorar acabamento estético ou decorativo à mesma. Trata-se de um processo de revestimento de superfícies por meio da eletrólise onde o metal a ser revestido funciona como cátodo (negativo) e o metal que irá revestir a peça funciona como o ânodo (positivo ).
A galvanoplastia é aplicada em vários ramos da atividade econômica: na indústria automobilística, na indústria de bijuterias, na construção civil, na indústria de utensílios domésticos, na informática, na indústria de telefonia e na recuperação de objetos decorativos.
Galvanização a fogo
Pesquisas demonstram que a corrosão é a principal responsável pela grande perda de ferro no mundo. Entre os processos de proteção já desenvolvidos, um dos mais antigos e bem sucedidos é a zincagem por imersão a quente, ou, como é mais conhecida, Galvanização a fogo.
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Em 1741, o químico francês Melouin descobriu que o recobrimento de zinco poderia proteger o aço da corrosão. Em 1837, o engenheiro Sorel patenteou a galvanização a fogo utilizando o termo galvanização (do nome de Luigi Galvani, 1737-1798, um dos primeiros cientistas interessados na eletricidade) porque é a corrente galvânica que protege o aço. Ela se denomina desta maneira porque quando o aço e o zinco entram em contato em um meio úmido é criada uma diferença de potencial elétrico entre os metais.
Assim, o principal objetivo da galvanização a Fogo é impedir o contato do material base, o aço (liga Ferro Carbono), com o meio corrosivo.
Como o zinco é mais anódico do que o elemento ferro na série galvânica, é ele que se corrói, originando a proteção catódica, ou seja, o zinco se sacrifica para proteger o ferro (vide tabela).
Mesmo que um pequena área fique exposta, o metal base não sofre os efeitos da corrosão, pois, sendo o zinco anódico ele aumentará sua taxa de corrosão protegendo catódicamente a área descoberta.
Zincagem
Por imersão a quente, processo de revestimento a base de zinco em peças de aço ou ferro fundido, o que protege o fundido contra corrosão.
As peças são submetidas ao processo de desengraxamento para remover óleos e graxas, em seguida são decapadas em ácido clorídrico ou sulfúrico. Podem ser utilizados inibidores ao mesmo (ácidos), de maneira que apenas removam a ferrugem e as escamas de óxidos, para que o metal base seja pouco afetado.
Após este processo as peças são submetidas a fluxagem para remover qualquer impureza remanescente na superfície do metal-base, para melhorar a molhabilidade pelo zinco fundido e evitar a oxidação das peças.
Quando imersos na cuba de zincagem, o ferro e o aço são imediatamente molhados pelo zinco, em seguida as peças são retiradas do banho, uma quantidade de zinco fundido é arrastada sobre as camadas de liga e, ao se solidificar, transforma-se na camada externa de zinco e várias camadas de liga Fe-Zn que estão unidas metalurgicamente ao metal-base.
Após o processo todas as peças já estão protegidas contra corrosão. A presença ou ausência de brilho não afetam a eficácia do revestimento, que protege as peças contra os efeitos da corrosão.
Niquelagem
É um processo que deposita uma fina camada de níquel sobre um metal de base.
Aplicado por eletrodeposição sobre superfícies metálicas de alumínio, latão, bronze, ferro, aço, cobre, protege estas à corrosão e aumenta a resistência ao desgaste.
Na niquelagem eletrolítica são colocados os objetos a ser niquelados como cátodo no banho eletrolítico e no mesmo banho é colocadas algumas barras do metal que deve ser depositado, o qual será ligado ao ânodo. Uma vez que a corrente é alimentada os íons positivos do níquel a ser depositado migram para o polo negativo, onde se depositam, sob a forma de camada metálica.
Alguns dos benefícios do revestimento de níquel incluem aumento da resistência à corrosão ou oxidação, resistência melhorada ao desgaste e ductilidade melhorada. O método de niquelagem é muitas vezes visto em acessórios para uso doméstico, tais como torneiras, dobradiças e em aparelhos eletrodomésticos, como torradeiras.
REFERENCIAS
Petrechen e Motta . Manual Técnico SurTec - Tratamentos de Superfícies - 4ª edição. São Paulo: Cãmara Brasileira do Livro,2012
Gentil, Vicente. Corrosão, editora
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