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ANÁLISE DA CORROSÃO NAS TUBULAÇÕES DO GASODUTO COARI-MANAUS

Por:   •  28/3/2018  •  4.591 Palavras (19 Páginas)  •  260 Visualizações

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1999; RIMA, 2008).

O gasoduto inicia-se no scrapper (conjunto de válvulas, manômetros e canhão de lançamento de PIG) instalado no Terminal Solimões (TESOL), localizado no Urucu, e finaliza-se no scrapper instalado na Refinaria de Manaus – REMAN. O trecho Urucu –Coari recebe a denominação de Gasoduto GARSOL, enquanto que o trecho Coari – Manaus recebe a denominação Gasoduto GASCOM. Este último atravessa os territórios dos municípios de Coari, Codajás, Anori, Anamã, Caapiranga, Manacapuru, Iranduba e por último Manaus. A área considerada de influência direta abrange uma faixa de 10 km,sendo 5 km de cada lado do gasoduto(Manual de operação gasoduto Urucu-Manaus, 2011; MENEZES, 2011; SOUZA, 2007).

Produto Transportado

Gás Natural

Extensão Total

803,152 km

Extensão do GARSOL

279,900 km

Extensão do GASCOM

382,870 km

Extensão Total dos Ramais

140,382 km

Pressão de Projeto

120 kgf/cm

Vazão Máxima de Projeto

8925 mm3/dia

Diâmetro do Duto GARSOL

18’’

Diâmetro do Duto GASCOM

20’’

Temperatura de Transporte

55 ºC

Quadro 1 - Principais características dos gasodutos GARSOL e GASCOM

Fonte: Manual de operação gasoduto Urucu-Manaus, 2011.

Figura 1: Trajeto e área de influência do gasoduto Coari-Manaus

Fonte: (NOVO, 2008)

O que diferencia a construção deste dos demais gasodutos é o fato de ele estar no coração da selva amazônica. O trajeto do Gasoduto Coari-Manaus foi desenvolvido a partir de fotografias aéreas e imagens de satélite de modo a evitar a passagem por áreas de ocorrência dos ecossistemas com vegetação de difícil recomposição. A logística teve que se adaptar às leis da natureza; informações sobre fauna, flora, clima e dados sociais e culturais são alguns dos fatores que foram considerados. O projeto do gasoduto contemplou a preservação de sítios arqueológicos, tendo inclusive mudado o caminho em alguns trechos para não deteriorar acervos históricos (SDS, 2003; NOVO, 2008).

2. TUBULAÇÕES USADAS EM GASODUTO

As tubulações já eram conhecidas como meio de transporte para produtos líquidos desde a antiguidade: podem ser citados os casos de tubulações construídas com bambus na China, com materiais cerâmicos por egípcios e astecas e com chumbo por gregos e romanos; a utilização de dutos como meio de transporte de fluidos foi empregada na forma de aquedutos (sistema de canalização de água) desde as mais antigas civilizações. As primeiras utilizações de condutos voltadas para a indústria foram referentes à coleta de petróleo dos poços produtivos até as estações centrais de produção. Em 1865 foi construído na Pensilvânia (EUA) o primeiro oleoduto com 2’’ de diâmetro feito de ferro fundido com extensão de 8 km e ligava um campo de produção a uma estação de carregamento de vagões. No Brasil, a primeira linha entrou em operação em 1942 na Bahia, tendo diâmetro de 2’’ e 1 km de extensão ligando a Refinaria Experimental de Aratu e o porto de Santa Luzia.Atualmente este sistema é amplamente utilizado no setor de petróleo e gás, seja como oleodutos ou gasodutos; este modelo de transporte é experimentado em vários países há muitos anos, e no que diz respeito a cargas líquidas ou pastosas, este meio sempre apresentou maior rendimento e segurança do que os demais concorrentes: caminhões, navios e trens (FREIRE, 2009; NEIVA, 1986).

A norma API (American Petroleum Institute) classifica os aços para tubulações em função de sua aplicação, composição química e resistência mecânica. Aços utilizados na fabricação de dutos para linhas de transmissão seguem a classificação API-5L. Os dutos são construídos, geralmente, com aço carbono devido ao seu baixo custo, boas qualidades mecânicas e facilidade de soldagem, possuindo diâmetros que variam de acordo com a função das necessidades do transporte. O teor indicado de aço carbono é de 0,35%, sendo que até 0,30% a solda pode ser efetuada sem problemas e até 0,25% os dutos podem ser dobrados a frio. O maior duto no Brasil é o gasoduto Bolívia-Brasil, que possui aproximadamente 3200 km (TELLES, 2003; SCHUTZ, 2009;TORRES, 2001).

O transporte dutoviário pode ser classificado em submarino e terrestre. No primeiro, a maior parte da tubulação está submersa, e geralmente é utilizado para o transporte da produção de petróleo das plataformas marítimas para as refinarias ou tanques de armazenagem situados em terra. Os terrestres operam em terra e se subdividem em subterrâneos, aparentes e aéreos: os subterrâneos são os dutos enterrados de forma a serem mais protegidos contra intempéries e acidentes e são mais seguros em caso de rupturas ou vazamentos do material transportado devido a grande camada de terra que os envolve; os dutos aparentes são visíveis no solo, o que normalmente acontece nas estações de lançamento/recebimento de “PIGs”(aparelhos/sensores utilizados na limpeza e detecção de imperfeições ou amassamentos na tubulação); os aéreos são aqueles dutos visíveis no solo necessários para vencer grandes vales, cursos d’água, pântanos ou terrenos muito acidentados(FREIRE, 2009).

A Norma Brasileira aplicável ao projeto de dutos é a NBR 12.712 – PROJETO DE SISTEMAS DE TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO DE GÁS COMBUSTÍVEL, que fixa as condições mínimas exigíveis para o projeto, para a especificação de equipamentos e materiais, para a fabricação de componentes e para o ensaio dos sistemas de transmissão e distribuição de gás combustível por dutos (PESTANA, SANTO, 2011).

Outra norma aplicável ao projeto de dutos é a N-464 H – CONSTRUÇÃO, MONTAGEM E CONDICIONAMENTO DE DUTOS TERRESTRES,

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