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A ÉTICA NA COBERTURA ELEITORAL DO JORNAIS A CRITICA NA RETA FINAL DAS ELEIÇÕES DE 2014 EM MANAUS

Por:   •  2/5/2018  •  16.427 Palavras (66 Páginas)  •  361 Visualizações

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JORNALISMO E POLÍTICA 5

1.1 Jornalismo: Conceito e Historia 5

1.2 Objetividade e critérios de seleção de notícias no Jornalismo 10

RESUMO

INTRODUÇÃO

1. JORNALISMO E POLÍTICA

FAZER CHAMADA (INTRODUCAO) DO CAPITULO, 1 OU 2 PARAGRAFOS

1.1 Jornalismo: histórico e conceitos

A imprensa tem uma grande atuação como agente histórico da sociedade, uma vez que os produtos da mídia são sempre caracterizados por elementos políticos, econômicos, culturais, sociais e mercadológicos. O jornalismo pode ser definido como um conjunto de técnicas, saber e ética sempre baseada no imediatismo e dependente dos acontecimentos sociais. Por seu turno, a imprensa engloba toda a produção do saber e conhecimento social. Porém, ambos – imprensa e jornalismo – são constituídos historicamente (BELTRÃO, 2006).

Surgiram as primeiras impressões sobre a humanidade: as gazetas, com informações úteis sobre atualidade; os pasquins, folhetos com notícias sobre desgraças alheias; e os libelos, folhas de caráter opinativo. Essa combinação de impressos resultou, no século XVII, no jornalismo. O papel da imprensa periódica, na emergência da esfera pública, revestiu-se de importância especial. O aparecimento dos jornais no final do século XVII e princípios do século XVIII fomentou um novo espaço público para o debate.

Com a imprensa, a história passou a ser contada de forma mediada. Segundo Thompson (1998, p.38), “nosso sentido de passado e de como ele nos alcança se torna cada vez mais dependente da expansão crescente de um reservatório de formas simbólicas mediadas”. As mudanças político-sociais são creditadas à circulação de impressos, o que favoreceu a Revolução Francesa e ascensão da burguesia.

Segundo Sousa (2003), o sucesso da imprensa se deveu ao aperfeiçoamento contínuo das técnicas de tipografia. A arte de contar histórias, características do jornalismo, embora datada do século XVII, sempre existiu ao longo da evolução humana. O jornalismo impresso foi a primeira forma de expressão organizada da comunicação social. Em seguida, o processo de evolução industrial e eletrônica produziu o radio jornalismo, o telejornalismo e o ciberjornalismo.

A imprensa evoluiu de modo relativamente homogêneo no Ocidente. Sousa (2003) relata ainda que, nos séculos XVII e XVIII, o domínio foi europeu; já a partir do século XIX, passou para os EUA o papel de introduzir inovações no jornalismo. Muito tempo se passou até a chegada dos conceitos que hoje traduzem o jornalismo moderno.

No fim do século XIX, a segunda geração da imprensa popular se estruturou. Os jornais ficaram mais baratos e direcionados para a população. Os donos de jornal passaram a focar seus objetivos nos lucros, dando abertura ao surgimento do jornalismo não só noticioso e factual, mas sensacionalista.

O crescimento do impresso periódico ocorreu de forma distinta em cada país, mas o jornalismo em geral sofreu rígidos controles do governo. Para manter o controle sobre as publicações, os governos adotavam um sistema de concessão de licenças, destinados às pessoas de sua confiança.

O jornalismo brasileiro já nasceu atrelado à política. Desde o invento de Gutenberg, no século XV, ela foi usada como instrumento fundamental para a divulgação de ideias que fomentavam as transformações sociais. As tentativas de se abrir tipografias esbarravam na proibição das autoridades portuguesas que, temerosas pela influência dessas “novidades” na cabeça dos colonizados, proibiam a impressão de livros ou de papéis avulsos.

A máquina impressora foi um divisor de água, permitindo a reprodução de informações em escala e velocidade consideradas impossíveis para a época. Em 1452, Gutenberg imprimiu a Bíblia de 42 linhas. Graças a sua invenção, foi possível a impressão em escala dos jornais, viabilizando o início da profissão de jornalista, destaca Sousa (2003).

Foi o aprimoramento do comércio entre Europa e Ásia que favoreceu o desenvolvimento da tecnologia gráfica. Os tipos de metal surgiram na Coréia, em 1390, e os de cerâmica são datados de dois séculos antes, na China. Nesse mesmo sentido, Sousa (2003) sustenta que a explosão da comunicação foi detonada pelos grandes descobrimentos, pelo crescimento do comércio e pela invenção da tipografia.

Apesar da controvérsia existente entre os historiadores sobre a paternidade da imprensa, é inegável que Gutenberg foi o responsável pela criação dos tipos móveis, com capacidade de impressão em papel, com uma tinta fabricada por ele. Uma série de obras começou a ser impressa, lançando também as bases para a publicidade impressa. O livro passou a ser o novo fio condutor das ideias, conclui Souza (2003).

A passagem do século XIX para o XX é significativa no mercado jornalístico, por marcar a mudança dos jornais de estrutura simples, operando com oficinas tipográficas, para as empresas jornalísticas dotadas de equipamentos gráficos mais avançados e mais voltadas para o comércio. (MELO, 2005).

O conceito de que o jornalismo fornece informação e não propaganda transformou a notícia como um produto subjetivamente baseado em fatos e não opiniões. A partir desse momento, a informação passou a ser tratada como mercadoria e essa mudança se tornou evidente com o aparecimento de uma imprensa mais sensacionalista no final do século XIX. (MELO, 2005).

Em relação à comercialização do jornalismo, Traquina (2005) aponta que esse processo teve início ainda no século XIX, tratando a informação no formato de notícia e esta como um produto.

O jornalismo como conhecemos hoje na sociedade democrática tem suas raízes no século XIX. Foi durante o século XIX que se verificou o desenvolvimento do primeiro mass media, a imprensa. A vertiginosa expansão dos jornais no século XIX permitiu a criação de novos empregos neles; um número crescente de pessoas dedica-se integralmente a uma atividade que, durante as décadas do século XIX, ganhou um novo objetivo – fornecer informação e não propaganda (TRAQUINA, 2005, p. 34).

Dessa maneira, o século XIX pode ser apontado como o período da história de maior importância para a imprensa, pois foi quando o jornalismo se expandiu transformando-se em um negócio lucrativo e rentável, conseguindo assim sua independência econômica em relação aos subsídios políticos que dominava a imprensa em seus primórdios (TRAQUINA, 2001).

Esse aspecto mercadológico, criado no

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