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RECALQUE DIFERENCIAL DE FUNDAÇÕES

Por:   •  27/9/2018  •  5.064 Palavras (21 Páginas)  •  275 Visualizações

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Existem também outras formas de prevenção ao recalque, de acordo com cada tipo de solo, além disso, existem formas de estabilização dos recalques, que consistem na paralização do fenômeno.

A Torre de Pisa é um exemplo clássico de obra que promoveu um grande adensamento do solo sob suas fundações gerando um elevado nível de recalque diferencial, que hoje se transformou em um centro de turismo.

Dentro deste raciocínio faz-se interessante saber que o estudo tem como problemática: as causas do recalque diferencial, a estabilização dos recalques nas estruturas danificadas e a prevenção.

Têm se como hipótese que as causas do recalque diferencial provêm de um rebaixamento do nível do solo em uma determinada região, comumente na base de uma estrutura de fundação, sendo os motivos deste rebaixamento a construção da fundação sobre um solo mole e o escoamento da água do solo para outras regiões devido a pressão exercida pela força que a estrutura está aplicando. Quanto a estabilização, hipoteticamente seja feita algumas fundações rasas complementares debaixo da estrutura, e a prevenção seja através da boa compactação do solo, e da escolha correta do tipo de fundação a ser utilizada.

Têm-se como objetivo geral desta pesquisa o aprofundamento no estudo sobre o recalque diferencial.

Têm-se como objetivos específicos desta pesquisa compreender as possíveis causas do recalque diferencial, as medidas estabilização do recalque nas estruturas danificadas pela patologia e as técnicas de prevenção segundo a bibliografia usada no presente projeto.

A pesquisa desenvolvida neste artigo auxilia na prevenção e combate ao recalque diferencial que tem importante fim social com o aumento da segurança e durabilidade das estruturas que devem atender as necessidades para qual foram projetadas. A proposta deste conhecimento tende a obtenção do melhor custo benefício no momento da escolha tipo de fundações, com o melhor desempenho da estrutura, evitando assim patologias.

A pesquisa foi iniciada no semestre presente (2016), com a realização de pesquisas sobre os dados teóricos recalque diferencial de fundações: causas, estabilização e prevenção. Para um melhor conhecimento sobre o assunto pesquisou-se em livros disponíveis na biblioteca do ILES/ULBRA Itumbiara-GO e artigos científicos.

- REVISÃO DA BIBLIOGRAFIA

1.1 DEFINIÇÃO DE PATOLOGIA

A patologia das edificações é a ciência que visa estudar as origens, causas, mecanismos de ocorrência, manifestações e consequências da fase em que o edifício e suas partes têm seus comportamentos ou desempenhos atuando abaixo do limite mínimo pré-estabelecido. Essas patologias são originadas por fatores inerentes à própria edificação: falhas decorrentes de projetos, falhas de execução, de componentes e de utilização.

A palavra vem de origem grega e significa (páthos, doença, e logos, estudo).

Na engenharia, a patologia nas edificações dedica-se ao estudo de problemas dos edifícios e as alterações funcionais causadas no mesmo. Essas patologias podem ter sido adquiridas durante a execução da obra, ou seja, fazendo comparação com a medicina, podem ter sido adquiridas congenitamente (OLIVEIRA, A., 2012, p.9).

Na definição de Oliveira, D. (2013), patologia é a área da engenharia onde se estuda os sintomas, os mecanismos, as causas e origens dos defeitos das construções civis, ou seja, é o estudo das partes que compõem o diagnostico do problema.

1.2 ESTUDO DOS SOLOS

O solo pode ser definido como um material formado por um conjunto de partículas sólidas, contendo vazios entre estas partículas, que são preenchidas por água (ou outro liquido) ou ar. Estes provêm do intemperismo, que é a decomposição das rochas.

“O solo é um material constituído por um conjunto de partículas sólidas, deixando entre si vazios que poderão estar parcial ou totalmente preenchidos pela água” (CAPUTO, 1988, p. 27).

Todos os tipos de solos estão propostos a sofrer recalque, podendo ser em maior ou menor grau, sendo proporcional a intensidade do carregamento a qual está submetido. Depende também das propriedades de cada solo.

Sob o efeito de cargas externas todos os solos, em maior ou menor proporção, se deformam. No caso em que estas deformações sejam diferenciadas ao longo do plano das fundações de uma obra, tensões de grande intensidade serão introduzidas na estrutura da mesma, podendo gerar o aparecimento de trincas (THOMAS, 1989, apud CALISTO e KOSWOSKI, 2015, p. 11).

“Todos os tipos de solos, quando submetido a uma carga, sofrem recalques, inevitavelmente, em maior ou menor grau, dependendo das propriedades de cada solo e da intensidade do carregamento” (VICENTINI, et al., 2012, p. 4).

“O comportamento de um solo depende da quantidade relativa de cada uma das três fases: sólidos, água e ar” (PINTO, 2006, apud SANTOS, 2014, p.15). Segundo Santos (2014) o comportamento do solo pode alterar a resistência do solo, contribuindo para a ocorrência de recalque de fundação, por exemplo, a evaporação diminuindo a quantidade de água, e a compressão do solo, provocando a saída de água e ar, reduzindo o volume de vazios.

São chamados colapsÍveis os solos que, quando submetidos a um determinado tipo de carregamento(por exemplo, peso de uma construção) e umedecidos por infiltração de água de chuva, vazamentos em rede de água e de esgoto ou ascensão do lençol freático sofrem uma espécie de colapso da sua estrutura. Este tipo de recalque é chamado de “colapso“ e o solo é classificado como “colapsÍvel“. Os colapsos de solo podem ocasionar notáveis trincas e fissuras nas alvenarias das construções, podendo causar inclusive sérios danos e comprometimento estrutural nas edificações e sua posterior interdição (VICENTINI, et al., 2012, p. 5).

Segundo Thomas (1989) apud Calisto e Koswoski (2015) quando se trata de uma argila dura ou uma areia compacta, os recalques decorrem principalmente de deformações por mudança de forma, função da carga atuante e do módulo e deformação do solo. No caso de solos fofos e moles os recalques são basicamente provenientes da sua redução de volume, já que a água presente no bulbo de tensões das fundações tenderá a percolar para regiões sujeitas a pressões menores.

Na definição de Calisto e Koswoski (2015) quando se ocorre mudança no volume do solo por

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