RESPONSABILIDADE SOCIAL: O Diferencial Está Além do Básico.
Por: Lidieisa • 23/3/2018 • 3.324 Palavras (14 Páginas) • 303 Visualizações
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Eu me atreveria a dizer que é muito difícil padronizar a responsabilidade social. Sem dúvidas existe um denominador comum no tema da responsabilidade social para todas as empresas.
Mas lhes darei o exemplo de uma camisa. Todas as camisas têm uma abertura por onde passa o pescoço, e duas outras por onde saem um braço em cada uma.
Mas a camisa que você usa, que ele usa e que ela usa são diferentes, de cores diferentes, tamanhos diferentes e estilos diferentes. Por quê? Porque cada empresa tem uma realidade diferente da outra.
Cada empresa tem um tempo distinto, nem todas as empresa têm mais de 100 anos de existência, nem todas as empresas são inovadoras, nem todas as empresas vendem as mesmas coisas. Portanto, cada empresa tem uma realidade distinta. Creio que seja muito importante esse denominador comum que são como os padrões da responsabilidade social, mas que sejam adaptados à realidade e à época da empresa. E isso nos permite ter uma responsabilidade social que necessariamente nos leva a uma melhora contínua, e uma melhora contínua a respeito de nós mesmos. Não a respeito dos nossos vizinhos, ou a empresa da frente, mas sim como nós mesmos podemos evoluir esse conceito dentro de nós mesmos. E acredito que uma das coisas mais importantes é que isso surja de dentro para fora. Porque existem muitas empresas que ligam isso ao conceito de sua imagem. E sim, a responsabilidade social é um tema que está ligado à reputação, à imagem da empresa, mas o importante é viver isso de dentro para fora. Pregar o exemplo, ter funcionários que possuam qualidade de vida na empresa, que a empresa verdadeiramente possua políticas suficientemente sólidas, e robustas, para que isso depois venha a ser semeado em seu entorno, e até mesmo fora.
Então, basicamente, o que gostaria de ressaltar é que acredito que estamos todos vivendo... todos os cidadãos e as empresas, uma época muito interessante. Acredito que todos nós teremos uma responsabilidade importante a cumprir nesse âmbito.
Os diretores da empresa, os funcionários, contribuir com nosso trabalho diário, ser cidadãos melhores. E me parece que o tema do voluntariado é um tema muito importante dentro das empresas, pois dá aos funcionários a oportunidade de desenvolverem outras capacidades e habilidades que não possuem ao realizarem suas funções do dia-a-dia dentro da empresa.
Creio que isso torna muito rica a rotina em uma empresa, o ato de fomentar o voluntariado. Na G.E., por exemplo, a respeito de voluntariado, nós procuramos sempre fazê-lo no horário de trabalho. Afinal, é um voluntariado corporativo. É algo que é bom para mim, bom para a comunidade, e é algo bom para a empresa. Então, sem dúvidas é muito importante que o voluntariado corporativo seja feito no horário de trabalho.
Não é válido de nenhuma maneira pedir ao funcionário que sacrifique seu tempo pessoal ou os seus fins de semana para trabalhar em regime voluntário. Mas sem dúvidas é algo que deveria ser fomentado nas empresas, porque cada dia vemos mais e mais empregados e pessoas que estão realmente interessadas em trabalhar para empresas que estão preocupadas em fazer algo pela comunidade.
Que verdadeiramente estão preocupadas em atender as necessidades, e responder - como no termo "responsável" que deriva de "responder" - responder às necessidades do seu entorno, da comunidade onde estão inseridas.
Muitas vezes, os funcionários, nossos colaboradores na empresa, muitas vezes são pessoas que vivem nas comunidades onde estamos inseridos. Então essa mensagem de preocupação com a comunidade em que operamos, de lutar para que tenha uma maior qualidade de vida, de ver em que podemos participar, enquanto empresa, para que eles tenham condições melhores, isso, para mim, é muito relevante.
- Olá Lorena. - Olá. - Quais são as tendências da responsabilidade social?
- Acredito que seja a permanência. Acredito que a responsabilidade social seja uma escolha das empresas, que podem escolher se querem tê-la ou não.
E creio que, com o passar dos anos, será uma exigência do meio para a empresa. Se você se lembra de 20 anos atrás, começávamos a discutir questões do meio ambiente.
A preocupação de como cuidar do meio ambiente e, na realidade, era uma preocupação que surgia por parte da sociedade civil. Das organizações da sociedade civil.
Então começaram a surgir algumas iniciativas das empresas para fomentar esse tipo de programas ambientais, como cuidar do meio ambiente, todo esse tipo de coisa. Até certo ponto, se pensava nisso como uma moda, algo passageiro. E perceberam, 20 anos depois, isso já não é mais uma escolha. Muitas das coisas que antes eram opcionais, agora muitas são leis, e são exigências que as empresas precisam cumprir, de cuidar do meio ambiente. E, hoje em dia, ninguém pode negar que todas as empresas têm o compromisso e até uma obrigação de cuidar do meio ambiente.
Então acredito que essa é a tendência que se aplicará à responsabilidade social, sem dúvidas, a permanência, e será uma área que cada vez mais fará parte da estratégia de mercado, e que será uma vertente importante, e cada vez mais robusta nas empresas. - Obrigada. - Por nada. - Lorena, qual o diferencial das empresas socialmente responsáveis?
- Bom, isso é um autodiagnóstico. Isso nasce como o centro mexicano de filantropia, em 2001. É um autodiagnóstico que nós, empresas, podemos nos inscrever.
São por volta de 120 indicadores que atendem quatro áreas, basicamente. E me parece que são as quatro áreas determinantes na responsabilidade social. Uma é a ética empresarial.
Efetivamente é muito importante fazer negócios, mas sempre com ética. E muitas vezes será necessário sacrificar um pouco os negócios, ganhar ou fazer um bom acordo quando seu stakeholder não está cumprindo a parte ética que você deveria exigir dele sendo a contraparte. Então, uma é a parte ética, e a outra é qualidade de vida dentro da empresa.
O que você oferece aos seus funcionários como qualidade de vida dentro da empresa? Oferece horário flexível? Oferece um equilíbrio entre o trabalho e a família?
Outra coisa, a terceira área dos indicadores é a relação com a comunidade. No que você investe? Nos seus projetos sociais, o que te preocupa? A educação, o meio ambiente, a saúde, enfim, há uma ampla gama de possibilidades.
O importante é que realmente sejam investidos recursos, tempo e dedicação em devolver um pouco à comunidade. E a quarta é justamente
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