A Manufatura Enxuta, também conhecida por Lean Manufacturing, surgiu no Japão na década de 50
Por: Ednelso245 • 25/10/2018 • 9.197 Palavras (37 Páginas) • 443 Visualizações
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2.2 MONTAGEM
A linha de montagem é totalmente flexível permitindo a possibilidade de montagem de dois tipos de faróis, utilizando dispositivos intercambiáveis que permitem uma troca rápida, permitindo assim a montagem de mais de um produto.
Segue abaixo, figura 1, fotos ilustrativas de dois produtos montados em uma mesma célula de montagem:
- FP3245; Farol Duplo;
- FP0978, Farol Principal.
[pic 1]
Figura 1 – Faróis produzidos na mesma célula.
Fonte: Empresa de Faróis.
Este sistema flexível de montagem é possível devido ao estudo de engenharia que trabalhou no desenvolvimento de dispositivos intercambiáveis, facilitando a troca dos berços com dispositivos pneumáticos de encaixe rápido, utilização de sistema Poka-Yokes, que não permite o posicionamento incorreto dos dispositivos e um fluxo de processo bem definido, levando em conta estudos de capacidade produtiva, cronoanálise, fichas técnicas dos dispositivos, folhas de instrução do operador, o que facilita a identificação da operação e como se deve proceder na execução da mesma.
A célula de montagem dos faróis, figura 2, é contida dos seguintes dispositivos.
- Dispositivos de parafusagem;
- Dispositivos de encaixe;
- Dispositivos de rosqueamento;
- Dispositivos fotométricos;
- Dispositivos de estanqueidade;
- Robô para aplicação de adesivos.
[pic 2]
Figura 2 – Célula de Montagem de Faróis.
Fonte: Empresa de Faróis.
A aplicação de aderente na preparação da superfície da carcaça para posterior aplicação de adesivo é inicio da montagem do produto final. A carcaça é fornecida pelas origens, ou seja, o setor de injeção disponibiliza no Kanban as peças necessárias para montagem (carcaça, moldura, lente, refletores, entre outros).
[pic 3]
Figura 3 – Fluxograma de Processo.
Fonte: Empresa de Faróis.
Na operação seguinte é adicionado o sistema de regulagem fotométrica do farol. Em paralelo está sendo preparado na operação 3, o mancal de regulagem do refletor que será adicionado na montagem completa do refletor.
A montagem da carcaça e do refletor que seguiam em paralelo, totalmente balanceadas se encontram para a sua junção na operação 5, onde os dois componentes se unem formando um subconjunto carcaça/ refletor.
O sub-componente segue para a operação de aplicação de adesivo que é realizada por um robô previamente programado que obedece a uma combinação de sensores acoplados ao berço de apoio da carcaça.
Esta combinação de sinais de entrada permite que o robô execute o programa relacionado a cada um dos dois tipos de farol evitando assim aplicações incorretas do adesivo. Após a união do subconjunto carcaça com a lente, realizada por um dispositivo de fechamento, o farol é direcionado para colocação de lâmpadas.
Após a colocação das lâmpadas o farol segue para o controle de qualidade realizada por dispositivos automatizados que verificam se o mesmo não apresenta vazamentos e se todas as lâmpadas colocadas estão funcionado corretamente.
Por fim o farol é encaminhado para o setor de embalagem, são códigos de identificação, passam por todos os trâmites fiscais e são enviados para seus respectivos destinos.
Vale lembrar que todos os dispositivos relacionados ao processo de manufatura mencionado são completamente automatizados, controlados por controladores programáveis e intercambiáveis.
É possível acompanhar o passo a passo de todo o processo produtivo descrito, com a ajuda do fluxograma de processo ilustrado na figura 3.
2.2.1 Modelagem por Autômato
A modelagem por autômato consiste em reconhecer através de dispositivos uma determinada linguagem e também pode ser utilizado para representar certos tipos de sistemas dinâmicos. Um autômato tem estados que representam as condições operacionais do dispositivo ou as situações do sistema dinâmico. Analisando o autômato pelo seu número de estados, podemos caracterizá-lo como: finito ou infinito.
Se o número de estados é finito, o autômato é denominado de autômato finito ou máquina de estado finito; e se o número de estados é infinito, o autômato é denominado de autômato infinito ou máquina de estado infinito.
Para reconhecer as palavras de determinada linguagem, o autômato lê seqüencialmente os símbolos. A leitura de cada símbolo produz uma mudança de estado. Uma palavra é dita reconhecida se o estado final alcançado após a leitura do último símbolo pertence a um conjunto de estados finais ou marcados. O estado em que um autômato se encontra antes da leitura do primeiro símbolo é denominado de estado inicial. Desse modo, um autômato pode ser visto como uma entidade de controle que internamente tem uma variável que representa o estado do autômato. Logo, cada símbolo lido atualiza essa variável de acordo com uma função de transição que associa um novo estado a cada par (símbolo, estado) ou (evento, estado). Se a função de transição leva a mais de um estado quando certos símbolos são lidos, o autômato é denominado autômato não determinístico. Por outro lado, se a função de transição leva a um único estado para cada símbolo lido, o autômato é dito determinístico.
2.2.2 Redes de Petri
Redes de Petri é uma ferramenta para a representação, análise e controle de sistemas automatizados de Manufatura. É uma técnica de modelagem que permite a representação de sistemas, utilizando como alicerce uma forte base matemática. Essa técnica possui a particularidade de permitir modelar sistemas paralelos, concorrentes, assíncronos e não-determiníticos.
Como uma linguagem de modelagem, ela define graficamente a estrutura de um sistema distribuído como um grafo direcionado com comentários. Possui nós de posição, nós
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