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TCC O uso do aço na construção Civil - Resumo

Por:   •  2/4/2018  •  3.760 Palavras (16 Páginas)  •  411 Visualizações

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Edifícios ultramodernos se multiplicaram pelas grandes cidades, a arquitetura em aço sempre esteve associada à idéia de modernidade, inovação e vanguarda, traduzida em obras de grande expressão arquitetônica e que invariavelmente traziam o aço aparente.

Holaird e Roche construíram em 1884 o Tocama Building, o primeiro edifício com ligações rebitadas que resultaram maior rigidez nas estruturas metálicas, o que não era possível de se obter anteriormente com parafusos comuns.

Com o salto tecnológico de 1885, as vigas de ferros forjadas foram substituídas pelas vigas laminadas de aço doce, produzidas pela primeira vez nos Estados Unidos pela Carnegie Steel Company. Após essa inovação, a coluna de ferro fundido caiu rapidamente na absolência.

Entre 1890 e 1930, devido às condições materiais e intelectuais favoráveis na França e na Bélgica, se desenvolveram as primeiras construções em aço de edifícios de vários andares. Muitos progressos foram feitos nos métodos de executar ligações nas estruturas de aço, quando se fez a transição do rebite para a solda e para os parafusos de alta resistência.

O desenvolvimento da tecnologia do aço aplicada às construções prosseguiu na Europa e Estados Unidos. Tanto os norte-americanos como os europeus valem-se das estruturas metálicas como principal opção estrutural de suas construções. A construção civil é o maior mercado para os produtores de aço no exterior, pois a mesma possui muitas vantagens, que começam agora a serem percebidas por aqui.

2.1 EVOLUÇÃO DO AÇO NO BRASIL

Como Portugal não possuía uma tradição na metalurgia, os primeiros instrumentos de ferro fabricados no Brasil foram feitos pelos escravos, que trouxeram o conhecimento do continente africano.

Nas primeiras décadas do século XIX, foram descobertas reservas de carvão e minerais ricos em ferro no interior do sudeste do país, onde se estabeleceram as primeiras “fábricas de ferro”. O material produzido era de baixa qualidade, pois era rico em fósforo, que reduzia sua ductilidade e o tornava quebradiço. Seu custo também era alto, devido à dificuldade de transporte para os principais centros urbanos, que se situavam no litoral.

Devido a esses fatores, o ferro produzido no país não conseguiu competir com o material que era importado da Inglaterra. Desta forma, a arquitetura metálica no país se inicia através da importação de estruturas, principalmente em ferro fundido, de países europeus.

A partir da segunda metade do século XIX, a burguesia emergente, enriquecida pelo cultivo do café (na região sudeste) e da borracha (na região norte) e pelo desenvolvimento do comércio, voltava-se para o consumo dos produtos europeus. Edifícios inteiros são comprados, desde teatros, mercados até estações ferroviárias.

Nesse período, a região amazônica era a única produtora de borracha do mundo, o que promoveu um rápido enriquecimento de seus exploradores, fazendo com que Belém, a maior cidade dessa área, fosse um dos centros urbanos brasileiros que mais importou edifícios de ferro da Europa. Pode-se citar como exemplo dessa arquitetura, ainda presente na cidade, o Mercado do Ver-o-peso (Figura 3) e o antigo Mercado Municipal, atualmente o Mercado de Carne (Figura 4).

São Paulo também foi uma das cidades que mais importou edifícios europeus. Um exemplo ainda existente é a Estação da Luz

Durante a Primeira Guerra Mundial, a importação de ferro e de aço é dificultada e a demanda por estes materiais aumenta. Com isso, o setor siderúrgico começa a se desenvolver no Brasil.

Tardiamente, a primeira consolidação expressiva do que viria a ser a Companhia Siderúrgica Nacional só ocorreu após a Segunda Guerra Mundial, sendo a primeira siderúrgica de grande porte, inaugurada em 1946. É hoje a maior siderúrgica integrada da América Latina e líder do setor no Brasil.

Nas décadas seguintes, vimos à ampliação constante desse quadro até a consolidação do País como sétimo maior produtor e quinto maior exportador mundial de aço. Historicamente podemos dizer que as investidas mais decisivas para desenvolver o mercado nacional da construção em estruturas metálicas só ocorreram mesmo nessa segunda metade do século XX tornando-se mais evidente nos seus últimos vinte anos, a partir de fins da década de 1970.

Somente no final da década de 50 e na década de 60, a estrutura de aço começa a ser utilizada no país. Nesta época, a estrutura de aço era usada basicamente como um esqueleto interno do edifício e sua forma e seu sistema estrutural eram pouco trabalhados.

O primeiro edifício de múltiplos pavimentos de estrutura em aço, construído no país com tecnologia nacional, foi o Edifício Garagem América, em 1957. Situado em São Paulo, com 15 pavimentos, ele possui estrutura aparente em uma das fachadas.

Na década de 60, é inaugurada a Companhia Siderúrgica de São Paulo (COSIPA) e a Usina Siderúrgica de Minas Gerais (USIMINAS), e em 1976 foi construída a Companhia Siderúrgica de Tubarão (CST), localizada no Espírito Santo, que inicia suas operações em 1983. A AÇOMINAS, localizada em Ouro Branco, Minas Gerais, começou a produzir, posteriormente, em 1986 e atualmente está integrada ao Grupo GERDAU.

A consolidação do setor também passa o país de importador para exportador de produtos siderúrgicos. A construção civil é o setor que mais consome produtos siderúrgicos no Brasil, assim como no mundo todo. Atualmente, responde por 37% do total do consumo aparente de aço no país.

Nosso mercado já oferece aos interessados no sistema construtivo em aço uma ampla série de produtos e soluções, além de empresas e profissionais especializados, consultorias, montadoras e equipamentos para montagem. Está disponível, ainda, farta literatura técnica em português (livros, revistas e manuais), normas técnicas atualizadas e tudo o que é necessário para realizar uma construção em aço com qualidade.

3. FABRICAÇÃO DO AÇO

O aço é uma liga de ferro e carbono, geralmente contendo manganês, silício e fósforo, entre outros elementos, e que conferem ao aço certas propriedades. A quantidade de carbono é que confere ao aço seus diferentes níveis de resistência e dureza. Estes teores podem variar de 0,003 % em aços ultra-baixo carbono até 2,0 % em aços alto carbono. (PALATNIK, 2015, p. 3)

O principal objetivo na produção dos metais ferro e aço é remover o oxigênio da sua composição. O elemento

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