AS DIRETRIZES GERAIS NAS OPERAÇÕES COM PRISÃO DE COLUNA DE PERFURAÇÃO
Por: Juliana2017 • 11/10/2018 • 3.176 Palavras (13 Páginas) • 324 Visualizações
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Deverão ser de conhecimento da equipe de perfuração e estarem disponíveis em local de fácil acesso as seguintes informações:
- Esquema atualizado do BHA
- Data sheet de todos os elementos que compõe a coluna de perfuração (esforços limites e dimensões)
- Manual de operação do drilling jar (trações e compressões para armar e disparar)
- Peso do BHA abaixo do drilling jar
- Peso livre subindo e descendo na profundidade de prisão
Em caso de utilização de subs deve-se certificar da capacidade e status da inspeção desses componentes.
Nenhuma operação de liberação de coluna deverá ser conduzida sem que se conheça a capacidade de tração e torque de todos os elementos da coluna além de seu status de inspeção.
A capacidade de todos os equipamentos de elevação deve ser compatível à tração aplicada à coluna em todas as tentativas de liberação. Nos casos extremos, especialmente onde colunas de perfuração com capacidade de tração elevada são utilizadas, o limite de carregamento do deck deverá ser avaliado, considerando-se a hookload, o setback e a carga dos tensionadores de riser. O limite de cada unidade está disponível no manual de operação da sonda, que deve ser consultado em caso de dúvida.
Somente o pessoal necessário deverá permanecer no piso da plataforma quando operações para liberação de coluna estiverem sendo conduzidas.
Especial atenção é requerida nas operações de percussão (jar) devido a vibração transmitida a superfície e possibilidade de liberação de algum componente com fixação deficiente.
Antes de iniciar as operações de tentativa de liberação da coluna, verifique a quantidade de toneladas-milha acumuladas no cabo de perfuração. Se necessário planeje uma corrida e corte, porém, tendo em mente que o tempo pode agravar alguns tipos de prisão.
4.1.1 – Limites operacionais
Este procedimento utiliza a margem de segurança de 10% em todos os cálculos conforme recomendado na API RP 7G.
- Máximo overpull
[pic 1]
MOP = Máximo overpull (klbs)
Ta = Limite de tração mínimo considerando a classe do tubo (klbs)
Bst = Peso da coluna até o ponto da prisão (klbs)
[pic 2]
- Máximo esforço combinado de tração e torque
De acordo com a norma API RP 7G a máxima combinação permissível para torque e tração é dada pela equação:
[pic 3]
[pic 4][pic 5] - torque que pode ser aplicado a um tubular sob tração
[pic 6][pic 7] – Momento polar de inércia
D – Diâmetro externo
d – Diâmetro interno
P− tração aplicada ao tubular (lbs)
[pic 8][pic 9] - Área da seção transversal
[pic 10][pic 11]= limite de escoamento mínimo do tubular (psi)
Grau
[pic 12][pic 13] (psi)
E75
75000
G105
105000
S135
135000
[pic 14]
Todas as atividades de tentativa de liberação da coluna de perfuração incluindo os esforços de tração, torque e percussão devem ser previamente acordados com o cliente e a informação deve ser passada formalmente através de documento gerado pela fiscalização e/ou pescador responsável pela operação. Em caso de dúvida o documento deve ser encaminhado à base para discussão adicional.
Os parâmetros de tração, torque e percussão contidos nesse documento deverão ser seguidos incondicionalmente e monitorados pelo encarregado da sonda.
- Estimativa do ponto de prisão
Uma estimativa de profundidade onde ocorreu a prisão pode ser fornecida pela equação abaixo. A equação baseia-se na elongação causada por uma diferença na tensão aplicada ao tubular, ou seja, aplicam-se dois overpulls diferentes a coluna e mede-se a elongação causada por essa diferença de tração. A equação é menos precisa em poços desviados devido ao atrito.
[pic 15]
Onde:
L = Profundidade do ponto da prisão [ft]
E = Elongação causada pelo aumento da tração [ft]
P = Aumento da tração aplicada [lbs]
[pic 16][pic 17]= Peso do drill pipe [lb/ft]
A equação fornece apenas uma estimativa, caso maior precisão seja necessária a ferramenta de determinação de ponto-livre a cabo deve ser utilizada. Na aplicação de equação é importante atentar-se ao fato de que ambas as trações devem ser acima do peso neutro da coluna para assegurar-se de que não existam trechos sob compressão.
- Descrição dos mecanismos de prisão
Abaixo serão discutidos os principais mecanismos que levam a prisões de coluna de perfuração, seus indícios, medidas preventivas e de liberação da coluna. As consequências de uma coluna presa são bastante variáveis dependendo do mecanismo e intensidade da prisão, da profundidade onde a prisão ocorreu, do tipo de poço e BHA utilizado podendo variar de algumas horas de sonda necessárias para a liberação, até a necessidade de um side-track ou abandono completo do poço.
4.3.1 - Prisão diferencial
A prisão por diferencial de pressão ocorre quando a pressão hidrostática da
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