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A ERGONOMIA NA SALAS DE AULA

Por:   •  19/11/2018  •  2.764 Palavras (12 Páginas)  •  332 Visualizações

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A adequação do ambiente escolar, implica em vários aspectos: a idealização de uma sala de aula com pouco ruído externo, adequação da iluminação, arejada e termicamente agradável, com dimensões compatíveis ao número de alunos, mobiliário ajustado às características fisiológicas das crianças. Considerando-se que a sala de aula é um ambiente de trabalho como outro qualquer, onde as pessoas realizam tarefas específicas, é conveniente a aplicação de resultados de pesquisa na solução de problemas práticos dentro da escola.

Uma iluminação inadequada pode causar brilhos e ofuscamentos, levando a uma fadiga visual, causando desconforto. Muitas vezes a imagem perde a nitidez e em graus mais avançados, esse estresse à visão pode levar a dores de cabeça, enjoos, náuseas, irritabilidade, dentre outros.

Estudos comprovam a atuação das cores sobre o estado emocional, produtividade e qualidade do trabalho. Uma vez que o ensino demanda de muita concentração, as cores devem ser escolhidas com minúcia, evitando assim, distrações desnecessárias e agitações extremas. As paredes, teto e outros elementos estruturais devem ser pintados em cores claras, evitando se tornar o centro das atenções, diminuindo as distrações.

Os alunos geralmente permanecem sentados nas carteiras, por períodos muito extensos. O estudo postural e antropométrico, deve ser realizado como forma de garantia de conforto, indicando o projeto adequado do ambiente escolar. O mobiliário das salas de aula, além de outros fatores físicos, é o elemento de maior importância nas salas de aulas, que afetam diretamente o desempenho, segurança, conforto e em diversos comportamentos dos alunos.

O mobiliário, em função dos requisitos da tarefa, determina a configuração postural dos usuários e define os esforços e dispêndios - elementos essenciais para a adoção de comportamentos diversos - estabelecidos numa jornada de trabalho em sala de aula, além de manter vínculo restrito com a absorção do conhecimento.

1.2 – OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Apresentam-se como objetivos específicos:

a) Separa os alunos de acordo com seus perfis;

b) Avaliar a rotina dos alunos quanto ao uso e necessidade da ergonomia;

c) Analisar o mobiliário da escola;

d) Estudar o conforto térmico, o conforto da iluminação e o conforto acústico;

e) Avaliar os efeitos, negativos e positivos, que a ergonomia pode proporcionar no conforto e consequente melhora de aprendizado, de cada aluno.

2 – ANTROPOMETRIA

Para a conclusão da análise do projeto ergonômico, adentrou-se em outro campo de estudo da ergonomia, de suma importância: a antropometria.

Grandjean (1998, p.29), define antropometria como:

“Conjunto de estudos que relacionam as dimensões físicas do ser humano com sua habilidade e desempenho ao ocupar um espaço em que ele realiza várias atividades, utilizando-se de equipamentos e mobiliários adequados para o desenvolvimento das mesmas. Basicamente, trata do estudo das medidas do corpo humano e como elas se relacionam com o trabalho.”

O conhecimento das medidas do corpo humano é definitivo para o projeto dos postos de atividades, mobiliário, ambientes, acessos e etc.

Ocorre porém, que a população mundial possui características físicas distintas e variáveis. Apesar de povos de determinadas regiões possuírem características físicas semelhantes, ainda assim, estas, possuem variações significativas. Estatura, peso, a quantidade de gordura no corpo, sua distribuição corporal e o comprimento dos membros. Tudo isso deve ser levado em consideração no projeto ergonômico do ambiente de atividades.

Etnia e sexo também influenciam nas medidas antropométricas. Por isso, em um país com grande miscigenação de diversas etnias, como é o caso do Brasil, dificulta o estabelecimento de um padrão antropométrico. Diferentes regiões do país possuem variações antropométricas significativas, pois além das diferenças étnicas existem ainda fatores correlacionados, como nutrição e saúde.

As variáveis antropométricas orientam o projetista no desenvolvimento de equipamentos e ambientes de trabalho cuja finalidade é a satisfação e o conforto do usuário. No caso da população infanto-juvenil brasileira, não existe um levantamento antropométrico e usualmente é utilizado o levantamento do padrão da ISO 5970, realizado com a população infanto-juvenil da Europa.

De modo geral, as características antropométricas dos seres humanos geram algumas regras para seu equilíbrio. As regras são as seguintes:

- Os braços devem estar na vertical e os antebraços na horizontal, com apoio para os antebraços e punhos;

- Todos os instrumentos de uso frequente devem estar dentro da área de alcance do semicírculo descrito pelos antebraços na horizontal, estando os braços na vertical;

- Todos os instrumentos de uso ocasional devem estar no máximo dentro da área definida como aquela em que os antebraços estejam na horizontal e os braços na vertical, nunca acima do nível dos ombros;

- O tronco não deve se curvar frequentemente para a realização do trabalho;

- No caso das carteiras, nunca deve ser necessário afastar as costas do encosto da cadeira para poder atingir os objetos;

- Os pés devem sempre estar apoiados;

- Não deve haver compressão de nenhuma parte do corpo humano pelo mobiliário;

- Os movimentos e a postura devem ser feitos em condições adequadas;

- Na dúvida entre instalar algum componente mais alto ou mais baixo, instalá-lo mais alto.

As medidas mais críticas consideradas para o estudo da postura sentada são: altura poplítea (A), comprimento do sacro (B), espaço do apoio lombar (C), Altura do apoio lombar (D), altura do cotovelo ao assento (E) e altura da coxa (F), conforme pode-se observar na figura.

[pic 1]

Figura: Medidas antropométricas da postura sentada

Fonte:

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