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ÍNDICE DE QUALIDADE DAS ÁGUAS DE POÇOS ARTESIANOS, AÇUDES E CACIMBAS NO PERÍODO CHUVOSO

Por:   •  2/5/2018  •  1.986 Palavras (8 Páginas)  •  324 Visualizações

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Sumé localizado na microrregião do Cariri Ocidental e na Mesorregião da Borborema, no Estado da Paraíba (IBGE, 2006).

Foram coletadas amostras de água em 30 fontes sub-superficiais, sendo elas poços amazonas e cacimbas, no período chuvoso do ano de 2006.

As amostras de água foram coletadas com um equipamento denominado coletor Falcão, confeccionado em tubo de PVC rígido branco PN 20, com diâmetro de 100 e comprimento de 600 mm, usando-se capsula para vedação, perfurado com brocas de 10 mm em uma das extremidades, com um orifício de 20 mm inferior para proceder à descarga de água na garrafa, através de um funil, conforme Figuras 1a e 1b abaixo.

Figura 1a. Coletor de água utilizado na pesquisa Figura 1b. Procedimento de envasamento.

Fonte: FUNASA, 2007 Fonte: FUNASA, 2007

Os pontos de coleta de água foram georreferenciados através do aparelho de GPS (Figura 1c) 12XL e transferidos para localização em mapa com os dados de localização geográfica, usando-se o programa MAPINFO 7.0, que permitiu a obtenção dos pontos com latitude e longitude em projeção UTM (Universal Transversa de Mercator).

Nas fontes superficiais a sonda multiparâmetro foi colocada diretamente na água, visando obter dados em diferentes profundidades, isto é, caracterizando o perfil da água do reservatório. Sondas multiparamétricas são muito utilizadas para controlar a qualidade da água. Este material de laboratório é capaz de medir até 13 parâmetros de qualidade da água diferentes, sendo oito medidos e cinco calculados. A sonda multiparamétrica pode ser utilizada em águas superficiais, subterrâneas, efluentes e reservatórios, entre outros. As fontes hídricas superficiais e sub-superficiais foram georreferenciadas, permitindo a elaboração de mapas temáticos para as diferentes classes de águas superficiais e subterrâneas e principais compostos com potencial de poluição das águas.

As águas foram acondicionadas em garrafas plásticas, previamente lavadas e enxaguadas no momento da coleta, as quais foram totalmente cheias, vedadas e etiquetadas com número de identificação, nome do município e tipo de fonte a qual pertenciam (Figura 1d).

Figura 1c. Ficha de campo, GPS, Condutivímetro portátil utilizado na pesquisa

Fonte: FUNASA, 2007 Figura 1d. Amostras de água para análises em laboratório

Fonte: FUNASA, 2007

As garrafas com as amostras de água foram encaminhadas ao Laboratório de Irrigação e Salinidade da UFCG (LIS), onde foram caracterizadas físico-quimicamente, determinando-se a condutividade elétrica, pH, cálcio, magnésio, sódio; potássio, carbonato, bicarbonato, cloreto e sulfato. A relação de adsorção de sódio (RAS) foi determinada a partir dos resultados obtidos de cálcio, magnésio e sódio.

Para a obtenção dos dados laboratoriais dos parâmetros físicos e químicos avaliados nesta pesquisa, foram utilizadas as metodologias propostas pela EMBRAPA (1997). A classificação da água para fins de irrigação foi baseada nos parâmetros estabelecidos pelo Comitê dos Consultores da Universidade da Califórnia UCCC (1974), onde foi classificada quanto ao risco de salinização e sodificação do solo. A classificação das águas para consumo humano foi feita de acordo com os critérios de aceitabilidade de Água para Consumo Humano, segundo o artigo 16º da Portaria nº 518/04, do Ministério da Saúde (Brasil, 2004) e para consumo animal foi feita através dos critérios recomendados pela Academia Nacional de Ciências dos EUA (1972) citados por Ayers e Westcot (1999),

As análises estatísticas das variáveis de qualidade das águas superficiais e subsuperficiais, envolveram vários procedimentos, visando determinar valores máximos, mínimos e médios, coeficiente de variação, desvio padrão e verificar suas inter-relações, pela análise de correlação entre algumas variáveis, no período pesquisado.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Na Tabela 01 são apresentados os índices de qualidade das águas no período de chuvas de 2007, sendo a RAS expressa em (mmolL-1)1/2, a dureza total (DT) em mgL-1, a condutividade elétrica (CE) em dSm-1 e os sólidos dissolvidos totais (SDT) em mgL-1, para as trinta fontes de coleta de águas. Observa-se que das 30 fontes pesquisadas, as águas podem causar problemas de infiltração, em virtude de apresentarem grau severo de restrição de uso para irrigação (Ayers e Westcot, 1999), quando combinadas com as dos valores da CE e RAS; águas de 14 fontes apresentam grau de restrição de uso de baixo a moderado e 7 fontes não apresentam grau de restrição de uso. Quanto à dureza total pode-se afirmar que nenhuma fonte hídrica ultrapassou 500,0 mgL-1, valor máximo permitido (Brasil, 2004), motivo pelo qual não apresenta restrição nesse aspecto.

Tabela 01. Índices de Qualidade das Águas no Período de Chuvas de 2007, no Município de Sumé

FONTES RAS(mmolcL-1)1/2 DT(mgL-1) CE(dSm-1) SDT(mgL-1)

1 1,63 125,00 0,23 148,48

2 7,62 473,00 2,04 1.305,60

3 4,94 317,50 1,32 844,80

4 5,20 270,00 1,22 780,80

5 0,97 102,50 0,25 158,72

6 0,62 206,50 0,37 233,60

7 6,70 132,50 0,80 512,00

8 2,28 193,00 0,50 320,00

9 0,50 95,50 0,15 93,44

10 0,48 91,00 0,15 93,44

11 4,05 194,52 1,16 742,40

12 2,91 368,50 1,06 678,40

13 2,23 152,50 0,50 320,00

14 0,13 76,00 0,10 66,56

15 5,77 228,50 1,22 780,80

16 0,10 75,50 0,13 82,56

17 4,66 313,50 1,35 864,00

18 1,48 125,00 0,35 220,80

19 1,68 86,00 0,25 160,00

20 0,52 73,00 0,16 104,96

21 0,74 93,50 0,21 136,96

22 3,61 317,00 1,08 691,20

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