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O Controle da Água de Mina

Por:   •  14/5/2018  •  1.572 Palavras (7 Páginas)  •  284 Visualizações

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controlar. Estes não serão somente inorgânicos, pois poderá haver também orgânicos, provenientes dos produtos empregados nos processos de tratamento de minérios.

Controle do Balanço Hídrico

O controle do balanço hídrico, no que se refere à quantidade e à qualidade, é fundamental para o

acompanhamento dos efeitos da drenagem e para a previsão das modificações as quais induz a curto, médio e longo prazos.

No caso da qualidade, permite estudar e predizer efeitos de diluição, absorção/adsorção, retenção, estratificação, etc. dos contaminantes, assim como os riscos decorrentes.

Esses controles devem fazer referência não só ao contexto da mineração em sentido restrito, mas também a sistemas de deposição de estéril e rejeitos em lagoas de evaporação para se prever tudo o que for relativo a seus efluentes, assim como as possíveis fugas.

Controles Pós-Oper acionais

A mineração, que é praticamente a única atividade industrial geradora de água, tem outra característica específica que a distingue o fato de, após o fechamento da operação de mineração, sua influência no meio hídrico poder perdurar por muito tempo, até que seja restabelecida a estabilidade, que pode ser diferente da existente previamente. Portanto, deve-se pensar no prosseguimento dos controles em ritmo e pontos justificados pelos estudos prévios realizados.

Esse acompanhamento permitirá a verificação periódica das previsões e a implementação,

caso necessário, de ações adequadas para resolver problemas que possam ocorrer, especialmente de qualidade das águas.

Considerações finais

A água, absolutamente necessária para muitos processos e operações da mineração, cria problemas e acarreta custos adicionais importantes como consequência tanto das necessidades de drenagem como da interferência em sua qualidade; motivo pelo qual se requer a gestão e o manejo adequado dessa água.

Nesse sentido, o êxito e a viabilidade da atividade ninerária dependem, em grande medida, da resolução de suas interações com a água, o que exige um adequado conhecimento do contexto hidrológico, como apoio para as ações “hidrológico-mineiras”, que serão tão mais eficientes e de menor custo quanto antes se iniciarem. Essas ações devem abranger toda a atividade, da fase de investigação até a de pósfechamento, desenhando-se e implementando-se as medidas preventivas e corretivas mais adequadas.

A interação água–mineração tem que ser considerada em toda a sua amplitude, não só nas fases de exploração, operação, fechamento e pós-fechamento, mas também nos processos de tratamento do minério, sem esquecer que os impactos nos recursos hídricos podem persistir por muito tempo.

Para fazer frente a esses desafios, dispõe-se, hoje, de tecnologias muito avançadas que permitem evitar ou reduzir o impacto negativo nos recursos hídricos, comprovadas pela experiência, e condicionadas pela natureza da jazida e o tipo de lavra. Para isso, deve-se conhecer com precisão o contexto hidrogeológico na área de mina, sem esquecer que a atuação tem que

ser dinâmica, requerendo atualização e adequação ao longo de toda a vida da operação de mineração.

Em todo caso, e dado que em numerosas minas é extraída muito mais água que minério, é necessário reduzir ao máximo o acesso de águas (superficiais ou subterrâneas) às operações de mineração. Se, apesar disso, for necessário efetuar a drenagem no âmbito da mineração, a tecnologia mais conveniente é a de Drenagem Preventiva em Avanço, que permite obter águas de qualidade, que podem tornar-se um ativo muito interessante para atender a diferentes demandas e integrável no marco da gestão ótima dos recursos hídricos. Essa drenagem permite o rebaixamento do nível da água, por baixo das cotas da lavra, ao mesmo tempo que possibilita obter uma água ótima para atender à demanda da mineração e às demandas de uso de qualquer natureza.

Nessas drenagens, os caudais e os volumes dependem, fundamentalmente, das características dos aqüíferos afetados (transmissividade, dimensões das vetoras etc.), dos aportes induzidos a partir de águas superficiais e das infiltrações rápidas das precipitações.

Outros problemas hidrológicos na atividade de mineração podem ser decorrentes não só das pilhas de minério e depósitos de estéril e rejeito, mas também dos efluentes líquidos de mina ou da usina de beneficiamento do minério. Quando a operação de mineração produz um efluente, devido à drenagem de águas subterrâneas ou à contribuição de águas superficiais, é necessária atenção prioritária para assegurar que sua qualidade seja aceitável. Nesse sentido, é conveniente controlar todos os parâmetros indicadores.

Para a minimização dos efeitos poluentes, o mais importante é evitar ou reduzir a contaminação,

desde o início da atividade de mineração, continuando sem interrupção até o pós-fechamento. Com um adequado planejamento, pode ser evitada ou pelo menos minimizada a contaminação, e, caso se produza, podem ser aplicados tratamentos corretivos eficientes. Hoje, ante os tratamentos químicos convencionais, especialmente para as águas ácidas, a melhor solução é a que oferecem os tratamentos passivos (com milhares de instalações em operação), considerando sua relação custo–efetividade, assim como a relativa simplicidade de sua manutenção, ligado tudo isso à circunstância de sua persistência natural. É necessário estudar, para cada caso em

particular, a cinética de remoção dos poluentes para projetar um adequado desenho de tratamento passivo e levar em conta o contínuo

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