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Prebiótico, Probiótico e Simbióticos na produção de frangos de corte

Por:   •  11/9/2018  •  3.292 Palavras (14 Páginas)  •  270 Visualizações

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Os FOS são produtos da indústria que, adicionados a ração fornecem carboidratos fermentáveis para bactérias benéficas nativas que habitam o trato gastrointestinal, minimizando as populações de bactérias patogênicas, como a Escherichia coli e Salmonella, por exclusão competitiva. A exclusão competitiva é caracterizada como fenômeno de inibição da proliferação dos microorganismos patogênicos pela adição de determinados compostos que favorecem a multiplicação dos microorganismos naturais benéficos do TGI do hospedeiro (Ramos, 2009).

Os MOS são derivados da parede celular interna de leveduras e seu primeiro modo de atuação consiste em ligar-se a certas bactérias patogênicas na área gastrintestinal impedindo a adesão dessas a mucosa intestinal. No entanto, algumas bactérias não possuem em suas membranas celulares sítios de ligação para fixação dos oligossacarídeos, como por exemplo, a bactéria que causa a enterite necrótica no intestino (Clostridia). Porém, quando os MOS são administrados, a concentração desta bactéria é reduzida o que demonstra seu segundo mecanismo de atuação, a modulação ou preparação do sistema imune para uma infecção (SCARPINELLO et al ., 2001 apud SANTOS, 2012).

Segundo Flemming & Freitas (2005) apud Névoa et al, (2013), os prebióticos do tipo MOS, são os de uso frequente na indústria de rações, podendo ser utilizados como nutrientes pelas bactérias eutróficas, e alguns autores atribuem aumentos na retenção de minerais e uma melhor mineralização dos ossos quando suplementados a dietas de aves.

As sustâncias prebióticas tem a função de melhorar e proteger a mucosa, reduzindo as lesões intestinais e propicionando maior altura dos vilos e da profundidade de cripta, melhorando a digestibilidade e o teor da energia metabolizável das rações, pois propicia o desenvolvimento da flora intestinal (ALBINO et al., 2006 apud SANTOS, 2012).

Embora não sejam conhecidos todos os efeitos dos oligossacarídeos suplementados às dietas e suas relações com a produtividade das aves, algumas propostas foram apresentadas. (Passos & Park, 2003 apud Ramos, 2009) observaram que quando adicionados FOS na dieta de frangos, estes reduziram a colonização intestinal por Salmonella typhimurium.

Dionizio et al. (2002), avaliaram os efeitos da utilização de alguns prebióticos sobre o desempenho de frangos de corte de 1 aos 42 dias de idade, bem como sua influência sobre o rendimento de carcaça e observaram que não houve diferença significativa quanto a utilização de antibiótico e prebióticos. A utilização destes não influenciou o desempenho dos frangos de corte até os 42 dias de idade. O sexo influenciou o consumo de ração, ganho de peso e conversão alimentar das aves no período total de criação (P>0,01) (Tabela 2). Portanto, os prebióticos podem ser utilizados como promotores de crescimento para frangos de corte, sem comprometer o seu desenvolvimento e qualidade de carcaça, em substituição ao antibiótico.

Tabela 2. Desempenho dos frangos de corte aos 42 dias de idade.

Tratamento

Consumo de Ração (g)

Ganho de Peso (g)

Conversão Alimentar

Antibiótico

4214

2363

1,78

Ração basal

4029

2235

1,80

Lactose

4263

2349

1,82

FOS

4148

2249

1,85

Manose

4150

2349

1,77

Sacarose

4180

2236

1,79

Macho

4292 a

2420 a

1,77 a

Fêmea

4036 b

2207 b

1,83 b

Média geral

4164

2314

1,80

C. V. (%)

3,74

3,68

3,77

Médias com letras diferentes na mesma coluna e fonte de variação diferem entre si pelo teste de F (P>0,05)

Probióticos

Os probióticos podem ser utilizados, em substituição aos antibióticos, pois tratam-se de aditivos, compostos por agentes microbianos vivos não patogênicos, que atuam beneficamente no hospedeiro melhorando o equilíbrio microbiano do intestino (Ramos, 2009). Estes competem com a flora patogênica por nutrientes, locais de adesão no epitélio intestinal e sintetizam metabólitos (ácidos orgânicos) que permitem o desenvolvimento de resistência ao crescimento de organismos patogênicos (Junqueira & Duarte, 2005 citado por Araújo 2007).

De acordo com Sato et al. (2002) os probióticos promovem o equilíbrio da microbiota intestinal, melhoram o ganho de peso e a eficiência alimentar das aves. Estes benefícios são ocasionados pela competição dos probióticos com os patógenos no intestino, evitando lesões nas vilosidades e permitindo a regeneração da mucosa intestinal. Conforme Araújo et al. (2007) a competição em que os microrganismos benéficos são favorecidos é importante, pois o desequilíbrio em favor das bactérias indesejáveis, pode resultar em infecção intestinal, o que comprometeria a digestibilidade da ração.

As bactérias dos probióticos

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