A SÍNDROME DO NINHO VAZIO E A PORTA GIRATÓRIA
Por: Sara • 13/9/2018 • 852 Palavras (4 Páginas) • 4.225 Visualizações
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alcoolismo.
Conclui-se, também, que mães que trabalham fora de casa não estão
livres da síndrome do ninho vazio; seu comportamento depende da relação
estabelecida com os filhos e sua realização como mãe e profissional.
Além disso, pessoas no período da síndrome do ninho vazio se deparam
com outras mudanças em seu ciclo vital, que além de os filhos deixarem a casa,
pais e mães frequentemente enfrentam a aposentadoria e as mulheres se
encontram no início da menopausa, o que pode agravar sentimentos de
depressão e baixa autoestima. Atualmente, ainda observa-se que homens
também passaram a sofrer com a saída dos filhos de casa, diferentemente do
que costumava ocorrer até o século passado.
Síndrome da Porta-Giratória
A síndrome da porta-giratória (algumas vezes chamada de fenômeno
bumerangue) tem se tornado muito comum à medida que o número cada vez
maior de adultos jovens, especialmente homens, retornam para casa de seus
pais, em alguns casos mais de uma vez, e em outros com suas próprias famílias
(Aquilino, 1996; Putney & Bengtson, 2001).
Os mais propensos a voltarem para casa são os filhos solteiros,
divorciados ou separados e aqueles que rompem com uma união estável. A casa
da família e considerada um porto seguro em vários aspectos, enquanto os filhos
se organizam e recuperam o equilíbrio financeiro, conjugal ou outro qualquer
(Aquilino, 1996; Putney & Bengtson, 2001).
A autonomia do adulto jovem é um sinal de sucesso dos pais, e a
situação de um filho crescido adiar a sua partida do ninho ou ele retornar pode
gerar estresse (Antonucchi et al., 2001; Aquilino, 1996).
Para os pais o retorno do filho adulto e o compartilhamento da residência
com o mesmo pode ser vista como uma expressão de solidariedade familiar,
uma vez extensão da expectativa normativa de assistência dos pais aos filhos
(Ward & Spitze, 2004).
REFERÊNCIAS
LILIENFELD, S. O. et al. Os 50 Maiores Mitos Populares da
Psicologia. Gente Editora. São Paulo, 2010.
MATTOS, F. Relacionamento para Leigos. Editora Alta Books. Rio de
Janeiro, 2014.
PAPALIA, D. E., OLDS, S. W., FELDMANN, R. D. Desenvolvimento
Humano. Editora Artmed. 10º Edição. São Paulo, 2010.
WENDLING, M. I., WAGNER, A. Como se Perpetua a Família? A
Transição dos Modelos Familiares. EdiPUCRS. Porto Alegre, 2014.
Sartori R. C. Adriana ; Zilberman L. Monica, Revisitando o conceito de
síndrome do ninho vazio. São Paulo, 2009.
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