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Transtornos alimentares e obesidade

Por:   •  18/6/2018  •  4.295 Palavras (18 Páginas)  •  397 Visualizações

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de diversos profissionais da área da saúde para que o tratamento deste paciente seja satisfatório, mostrando, dessa forma, que ambas trabalham com uma abordagem biopsicossocial.

Este relatório de pesquisa está dividido em 5 partes. No primeiro item, destacamos a apresentação do trabalho realizado e as experiências que aprendemos. No segundo item, ressaltamos a metodologia, detalhada no item seguinte, mostrando as entrevistas da Psicóloga e da Nutricionista, com o objetivo de mostrar na pesquisa como funciona o trabalho desses dois profissionais no controle e no tratamento dos transtornos alimentares. No terceiro item, apresentamos as concepções pessoais, acadêmicas e profissionais realizadas neste trabalho durante as entrevistas e as pesquisas feitas, e, por fim, apresentamos as conclusões.

Metodologia

Utilizou-se a metodologia qualitativa, cujo objeto central foi a fala como elemento de significação dos dados. O instrumento usado foi uma entrevista semi-estruturada, com questões abertas, contendo duas partes: uma, que seria respondida pela Psicóloga especializada em transtornos alimentares, e a outra, que seria respondida por uma Nutricionista.

Entretanto, é preciso esclarecer que metodologia é entendida aqui como o conhecimento crítico dos caminhos do processo científico, indagando e questionando acerca de seus limites e possibilidades (Demo, 1989). Não se trata, portanto, de uma discussão sobre técnicas qualitativas de pesquisa, mas sobre maneiras de se fazer ciência. A metodologia é, pois, uma disciplina instrumental a serviço da pesquisa; nela, toda questão técnica implica uma discussão teórica.

As chamadas metodologias qualitativas privilegiam, de modo geral, da análise de dados, através do estudo das ações sociais individuais e grupais. As pesquisas qualitativas trabalham com: significados, motivações, valores e crenças e estes não podem ser simplesmente reduzidos às questões quantitativas, pois que, respondem a noções muito particulares. Entretanto, os dados quantitativos e os qualitativos acabam se complementando dentro de uma pesquisa (MINAYO, 1996).

Realizando um exame intensivo dos dados, tanto em amplitude quanto em profundidade. Outra característica importante da metodologia qualitativa consiste na heterodoxia no momento da análise dos dados. A variedade de material obtido qualitativamente exige do pesquisador uma capacidade integrativa e analítica que, por sua vez, depende do desenvolvimento de uma capacidade criadora e intuitiva.

As entrevistas semi-estruturadas combinam perguntas abertas e fechadas, onde o informante tem a possibilidade de discorrer sobre o tema proposto. O pesquisador deve seguir um conjunto de questões previamente definidas, mas ele o faz em um contexto muito semelhante ao de uma conversa informal. O entrevistador deve ficar atento para dirigir, no momento que achar oportuno, a discussão para o assunto que o interessa fazendo perguntas adicionais para elucidar questões que não ficaram claras ou ajudar a recompor o contexto da entrevista, caso o informante tenha “fugido” ao tema ou tenha dificuldades com ele. Esse tipo de entrevista é muito utilizado quando se deseja delimitar o volume das informações, obtendo assim um direcionamento maior para o tema, intervindo a fim de que os objetivos sejam alcançados.

As questões versavam sobre como ocorre o posicionamento desses profissionais nos casos das pessoas com transtornos alimentares, como também o tipo de intervenção que é feito com essas pessoas, se utilizam de práticas psicossociais ou somente consideram o indivíduo como uma “máquina com defeito” e que deve ser tratado somente a doença, por fim sobre a influência do estresse nos indivíduos com transtornos alimentares. Além disso, algumas perguntas foram direcionadas somente para a área da Obesidade, onde é o foco em estudo que buscamos compreender nesta pesquisa.

Resultados e Discussão

Os Transtornos Alimentares são caracterizados por perturbações no comportamento alimentar, podendo levar ao emagrecimento extremo (caquexia - devido à inadequada redução da alimentação), à obesidade (devido à ingestão de grandes quantidades de comida), ou outros problemas físicos. Os principais tipos de Transtorno Alimentar são a Anorexia Nervosa e a Bulimia Nervosa, e ambos têm como características comuns: uma intensa preocupação como o peso e o medo excessivo de engordar, uma percepção distorcida da forma corporal, e a auto-avaliação baseada no peso e na forma física. Dentre outros tipos de transtornos alimentares são a obesidade (demasiada compulsão de alimentos), a ortorexia (obsessão doentia por alimentação saudável, o que em excesso pode prejudicar a saúde), a compulsão alimentar (comer excessivamente sem preocupação irracional com o peso, a saúde e a forma corporal) , e outros menos falados na sociedade como o transtorno alimentar noturno (compulsão alimentar durante a noite sem se lembrar do fato ocorrido), a síndrome do gourmet (preocupação na compra, preparação e ingestão de pratos especiais ou exóticos, colocando em segundo plano o âmbito social), a vigorexia (obsessão por músculos, compulsão aos exercícios e consumo de substâncias para o aumento da massa muscular) e a pica (ingestão de substâncias não comestíveis como sabonetes, tijolo, argilas, pintura, gesso, dentre outros). Em geral, esses transtornos podem estar associados aos aspectos socioculturais, embora não se deva descartar os fatores biológicos, familiares e principalmente psicológicos.

Atualmente, os padrões de beleza impostos pela sociedade (manter-se sempre magro), seja apenas para atender à um padrão estético ou pela exigência de certas profissões (moda, esportes), aliada à presença de uma baixa auto-estima, tornam o indivíduo mais propenso à desenvolver um quadro principalmente de Anorexia ou Bulimia, onde nestes transtornos se encontram as maiores oportunidade de estar com o “corpo perfeito”. Isso pode causar sérios transtornos psíquicos, propiciando o indivíduo a certos comportamentos irregulares, bem como a propagação de elaboração do suicídio, pela forte pressão da sociedade ou até mesmo de familiares.

Quanto aos aspectos biológicos, sabe-se que o neurotransmissor chamado serotonina pode afetar o apetite, bem como o humor e o controle dos impulsos no indivíduo. Algumas pesquisas buscam investigar como os Transtornos Alimentares podem alterar os níveis de serotonina no cérebro e também a maneira que o sistema nervoso projeta informações para o corpo sobre a fome e a saciedade. Por exemplo, a maioria das mulheres apresenta melhora do humor e do sentimento de bem-estar depois de comerem, entretanto para as mulheres

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