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Transtorno de Compulsão Alimentar Periódico (TCAP)

Por:   •  2/5/2018  •  1.602 Palavras (7 Páginas)  •  363 Visualizações

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de motivação do apetite e processamento da compulsão);

• O sistema neuroquímico do NAc tem suas funções dependentes da integração com o hipotálamo e amígdala (integra processamentos cognitivos, sensorial e emocionais, com mecanismos hipotalâmicos envolvidos como balanço energético, o que interfere no comportamento alimentar adaptativo);

NEUROTRANSMISSORES

Principais sistemas de neurotransmissores desse processamento:

• Sistema dopaminérgico (gerador do comportamento de recompensa);

• O aumento das sinapses dopaminérgicas associado ao controle de padrões naturais e a falta do controle cognitivo interfere na capacidade de o indivíduo escolher o seu comportamento;

• O aprendizado alimentar é influenciado por impulsos nervosos (advindos do córtex pré-frontal);

• Córtex pré-frontal promove adaptação dos neurônios do NAC a descargas glutaminérgicas, que ativam receptores glutamato N-metil-d-aspartato (esses receptores estão distribuídos no centro do NAc, no córtex pré-frontal e em áreas da amígdala);

• Ao estimular esses receptores, cascatas de reações intracelulares (que envolvem a fosforilação e síntese de proteínas, sendo importante para o aprendizado);

• A atividade nesta rede neural gera eventos simultâneos, associando eventos e ações relacionados (como por exemplo, o recebimento de alimento após o pressionar de uma alavanca, que ocorre em experimentos de ação-recompensa realizados com ratos);

• Mecanismos básicos de plasticidade, dentro da rede de reforço de aprendizagem, são afetados profundamente na dependência e compulsão;

• A amigdala posterodorsal tem importante papel na regulação do comportamento alimentar, lesões na nesta região produz hiperfagia e obesidade em ratos;

• Há outras estruturas também implicadas nesta regulação, tais como a amigdala central, as porções caudal e intermediária do núcleo solitário (no tronco encefálico) e a área postrema;

• Hipotálamo: centro para a integração e coordenação das funções autonômicas e endócrinas (controla o crescimento, a reprodução, as reações de estresse e determina a ritmicidade, periodicidade e temporização dos processos fisiológicos, várias regiões do hipotálamo estão envolvidas no controle alimentar, sendo a bulimia um distúrbio típico da disfunção dessas áreas);

• Hipotálamo lateral: o neurotransmissor GABA tem sido apontado como um inibidor da ingestão de alimentos (o bloqueio de receptores de GABA nesta região gera fome em ratos saciados, já a ativação crônica de receptores GABA do tipo A leva à redução da ingestão, com concomitante perda de peso corpóreo);

• O hipotálamo lateral funciona como um espaço de integração de mecanismos de controle de comportamento alimentar;

• Hipotálamo ventrotegmentar: contém neurônios dopaminérgicos, importantes para a modulação do comportamento motivado e dependência (a anfetamina – inibidor do apetite – e a cocaína aumentam a DA em um sistema de reforço do comportamento, que é normalmente ativado pela alimentação, o “centro da saciedade”; a liberação de DA pela própria alimentação seria um fator na compulsão alimentar).

• Pequenos declínios nos níveis glicêmicos podem ser apontados como estímulo para iniciar alimentação espontânea (mas o mecanismo responsável por este início ainda não foi descrito).

NEUROQUÍMICA

Entre os neurotransmissores, neuromoduladores e hormônios envolvidos nos TA estão:

• Dopamina (DA);

• Serotonina (5-HT);

• Noradrenalina (NA);

• GABA;

• Colecistocinina;

• Hormônios alfa-MSH e grelina;

NA, 5-HT, DA, agem como neurotransmissores, que podem influenciar diretamente na ingestão de alimento e o peso corporal;

Mulheres bulímicas: alterações da atividade de 5-HT e NA (a 5-HT no hipotálamo parece ter efeito inibitório sobre o comportamento alimentar, o que é oposto à ação da NA em receptores alfa2-NA. O comportamento compulsivo é consistente com uma hiperatividade do sistema alfa2-NA hipotalâmico e uma sub-atividade dos sistemas serotoninérgico hipotalâmicos; ou uma combinação dos dois efeitos);

Tais alterações podem afetar o humor e o controle de impulsos, bem como os aspectos motivacionais do comportamento alimentar (já foi observado que uma piora na transmissão da 5-HT está presente em bulímicos mais graves, mas não em pacientes com bulimia menos severa e no TCAP);

HORMÔNIOS

LEPTINA:

• Regulador da ingestão de alimentos e taxa metabólica;

• Liberado pelo tecido adiposo, seu nível plasmático reflete o armazenamento de energia e tem um importante papel na patogênese de transtornos alimentares;

• Ações sobre a termogênese e o metabolismo energético;

• Afeta a regulação feedback da secreção tireoidiana, influenciando a liberação do TRF (fator tireotrófico, regulador da secreção tireoidiana;

• Há receptores de leptina no hipotálamo e na área tegmentar ventral, tem um importante papel na regulação do comportamento alimentar (a administração direta de leptina nesta área reduz a taxa de descarga de seus neurônios dopaminérgicos, causando diminuição na ingestão de alimentos.);

GRELINA:

• Produzido no estômago;

• Ação orexigênica sobre SNC, ajudando a induzir a fome (a administração de grelina em camundongos leva a um aumento no consumo de álcool, enquanto o bloqueio da sua ação leva à diminuição no consumo, sugerindo que este hormônio possa ter um papel importante no desenvolvimento da dependência do álcool);

• Receptores de grelina foram identificados em áreas específicas do cérebro envolvidas com a gênese de comportamentos de “recompensa”;

• Este hormônio também parece interferir na secreção de GH (hormônio de crescimento);

• Ao nível periférico,

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