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Teorias e Técnicas em Psicoterapia Comportamental

Por:   •  26/8/2018  •  1.500 Palavras (6 Páginas)  •  270 Visualizações

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Sessões:

Narrador: Temos aqui um casal gay e seu filho. A queixa das mães é a falta de comunicação repentina do filho e, mesmo com a tentativa das mães de investigar o porquê desse afastamento, o filho se recusa a dizer. A técnica a ser utilizada pelo psicólogo será o reforçamento diferencial - modelagem.

Esta sessão que iremos encenar não será a primeira sessão do tratamento dessa família, e terá a função de mostrar que a queixa permanece.

1° Sessão - toda a família:

Mãe 1: Olha, não aguentamos mais a forma como o Luiz está nos tratando.

Mãe 2: Ele parou de falar com a gente, só fica nesse celular! Ele sabe como nossa família é formada, até agora isso nunca foi problema, - o filho levanta as sobrancelhas com tom de deboche - não sei porque ele está nos tratando assim!

Narrador: O filho mostra uma comunicação não verbal e não mantém contato visual.

Mãe 1: (Fala com um tom alto) Luiz, olha pra cá e para de fingir que não estamos aqui! Que saco! - mãe olha para o psicólogo - Você ta vendo né?!

Filho (Luiz): (Permanece quieto, olhando para o celular).

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2° Sessão - Somente com as mães:

Narrador: Nessa sessão, o psicólogo ensina as mães como modelar o comportamento do filho quando estiverem fora da terapia, assim, aumentam as possibilidades de surgirem reforçadores naturais para o comportamento do filho de se expressar verbalmente com elas.

Psicólogo: Na próxima sessão com o Luiz vamos combinar assim, vamos parar de pedir a atenção dele e não vamos alterar a voz. Vamos tocar mais no assunto sobre a família de vocês, porque eu percebi que quando tocamos no assunto sobre a família ele ficou inquieto. Toda vez em casa que vocês perceberem ele mostrar esse comportamento de inquietude ou olhar para vocês, seria legal vocês perguntarem se ele quer falar algo, combinado?

Mãe 1: Mas eu não alterei a voz!

Mãe 2: Nós falamos normalmente, mas ele pode entender de outra forma.

Mãe 1: Ok, vamos combinar assim então.

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3° Sessão - Toda a família:

Narrador: Após algumas semanas reforçando comportamentos de expressão não verbal de Luiz, vem a sessão em que surge uma resposta mais próxima a resposta-alvo.

Psicólogo: Oi gente, vamos começar falando sobre o fim de semana de vocês. Como foi?

Mãe 2: Fomos na festa junina da escola do Luiz.

Mãe 1: Ele estava super chato aquele dia, não via a hora de ir embora. Parecia estar com vergonha de nós! – filho olha para ela e volta o olhar para o chão.

Narrador: A partir de agora, será reforçado o comportamento de olhar para as mães.

Psicólogo: Luiz, eu vi que você olhou para suas mães, você quer dizer algo a elas? Seria muito bom para o andamento da nossa sessão.

Luiz: Não. - olha para todos e volta o olhar para o chão (fica segurando o celular na mão).

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4° Sessão - Toda a família:

Narrador: Após algumas sessões reforçando o olhar para as mães e as respostar monossilábicas de Luiz...

Mãe 2: (Fala com calma) Luiz, por favor para de usar o celular na terapia... Estamos pagando.

Luiz: (Bufa, mas guarda o celular e fixa olhar à mãe).

Mãe 1: Essa situação está me machucando muito, não sei o que fazer, o Luiz nunca foi assim - filho olha fixamente para a mãe - agora estou preocupada, não sei mais o que fazer.

Mãe 2: Luiz, você quer falar alguma coisa?

Narrador: A mãe reforça o olhar do filho.

Luís: Não. - continua olhando para as mães.

Psicólogo: Luiz, é muito bom você ter guardado o celular e estar participando mais. Quanto mais você participar, mais a nossa sessão irá fluir.

Narrador: Nesse momento, o psicólogo reforça o comportamento de guardar o celular.

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5° Sessão - Toda a família:

Psicólogo: E então, como está indo em casa, gente?

Mãe 1: Luiz voltou a jantar com a gente e está saindo mais do quarto, - Luiz está sem o celular dessa vez e fica olhando para a mãe - ele disse que tem uns garotos enchendo o saco dele na escola.

Mãe 2: Mas ele disse que não queria falar sobre isso, né, Luiz? - Luiz acena com a cabeça concordando.

Psicólogo: Você gostaria de compartilhar aqui na terapia com todos calmos e abertos para ouvir o que você tem a dizer?

Luís: É que... antes ninguém ligava quando eu dizia que tinha duas mães, agora que eu entrei pro 6°, tem um menino novo que entrou na sala e fica me zoando e falando que eu sou filho de cola velcro! - mães se espantam e terapeuta se mantém neutro - Eu não to conversando

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