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Relatório do Estágio Básico Supervisionado I na disciplina de Psicologia da Infância e da Adolescência

Por:   •  12/4/2018  •  2.078 Palavras (9 Páginas)  •  852 Visualizações

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No começo da primeira infância, ou seja, quando a criança nasce, ela é descoordenada e não tem controle sobre seu corpo, durante o período primeira infância ela começa a dominar esses controles. Nos primeiros meses adquire controle do pescoço, após, começa a conseguir se sentar com ajuda de algum apoio (MATTA, 2001), e mais para frente, por volta de 4 a 6 meses começa a engatinhar, que segundo Papalia et al. (2001) são as primeiras tentativas de movimentação intencional. Aos 5 meses a criança já sabe que pode alcançar e mover objetos, mas apenas aos 10 meses ela começa a fazê-lo (PAPALIA et al. 2001). Por volta dos 11 meses a criança começa a andar com ajuda (MATTA, 2011). Ao longo dos 2 anos a criança já explora o espaço ao redor: corre, lança, anda, sobe degraus (PAPALIA et al., 2001).

Durante a segunda infância as crianças crescem e emagrecem rapidamente, dormem menos e melhor a capacidade para correr, pular e saltitar, o crescimento muscular e esquelético avança, cartilagens viram ossos, o vigor físico aumenta e a criança se mantém saudável (PAPALIA et al., 2013).

Ao decorrer da terceira infância as crianças crescem mais lentamente, elas crescem de 5 a 7,5 centímetros por ano. Ocorrem mudanças na estrutura e no funcionamento do cérebro, que apoiam os avanços cognitivos.

As habilidades motoras continuam a melhorar na terceira infância, as brincadeiras das crianças tendem a se organizar espontaneamente. (PAPALIA et al., 2013)

3.1.2 Desenvolvimento Cognitivo

Existem diversas abordagem referentes ao desenvolvimento cognitivo, mas aqui trabalharemos com a abordagem piagetiana.

Para Piaget existem quatro estágios para o desenvolvimento cognitivo: sensório-motor, pré-operatório, operatório-concreto e operatório-formal.

O primeiro estágio, sensório-motor, dura aproximadamente do nascimento aos 2 anos (primeira infância), e é quando os bebês começam a aprender sobre si mesmo e sobre suas atividades sensoriais e motoras (PAPALIA & FELDMAN, 2013).

Segundo Piaget, as crianças atingem o estágio operatório-concreto por volta dos 7 anos.

No estágio operatório-concreto, as crianças têm, em relação ao estágio pré-operatório, um melhor entendimento dos conceitos espaciais, causalidade, categorização, raciocínio indutivo e dedutivo, conservação e números. (DESENVOLVIMENTO HUMANO; PAPALIA & FELDMAN, 2013, pag. 324)

3.1.3 Desenvolvimento psicossocial

Apesar de exibirem o mesmo padrão de desenvolvimento, bebês também têm personalidades distintas, uns são mais calmos, outros podem se irritar com facilidade (PAPALIA & FELDMAN, 2013).

Formam-se os vínculos afetivos com os pais e com outras pessoas. A autoconsciência se desenvolve. Ocorre a passagem da dependência para a autonomia. Aumenta o interesse por outras crianças. (DESENVOLVIMENTO HUMANO; PAPALIA & FELDMAN, 2013, p.40)

Papalia et al (DESENVOLVIMENTO HUMANO; 2013, p. 208) define o desenvolvimento psicossocial como quando “[...] o desenvolvimento da personalidade se entrelaça com as relações sociais [...]”.

O choro é a primeira forma de manifestação de emoções, seguido do sorriso e da risada.

Durante a segunda infância ocorre o desenvolvimento da identidade. A passagem dos 5 para os 7 anos é dividida em uma análise neopiagetiana (Case, 1985, 1992; Fischer, 1980, apud Papalia & Feldman, 2013) em 3 fases: a primeira, aos 4 anos, é onde ocorrem representações únicas, os pensamentos das crianças saltam de um detalhe para outro sem conexões lógicas. Na segunda, por volta de 5 ou 6 anos, ocorrem as associações representativas, elas fazem associações lógicas entre um aspecto de si mesmo e outro. Na terceira fase, que ocorre na terceira infância, os sistemas representacionais, as autodescrições tornam-se mais equilibradas e realistas. (PAPALIA & FELDMAN, 2013)

Na terceira infância as crianças precisam aprendem habilidades valorizadas na sociedade, pois uma resolução bem-sucedida disso é a competência, uma visão de si mesmo como capaz de dominar habilidades e realizar tarefas.

De acordo com Erikson (1982), um importante determinante da autoestima é a visão que a criança tem de sua capacidade para o trabalho produtivo. Este quarto estágio do desenvolvimento psicossocial focaliza-se na produtividade versus inferioridade. (DESENVOLVIMENTO HUMANO; PAPALIA & FELDMAN, 2013, pag. 357).

3.1.4 Desenvolvimento psicossexual

Para Freud, a maioria dos pensamentos e desejos reprimidos referiam-se à conflitos de ordem sexual, localizados na vida infantil. Logo, falava-se em sexualidade infantil. Freud acreditava que a função sexual existe desde o momento do nascimento e que o período de desenvolvimento da sexualidade é longo e complexo até chegar à sexualidade adulta.

[...] Para Freud, a personalidade forma-se através dos conflitos inconscientes da infância, entre os impulsos inatos do id e as exigências da sociedade [...]. Esses conflitos ocorrem em uma sequência invariável de cinco fases do desenvolvimento psicossexual [...]. (DESENVOLVIMENTO HUMANO; PAPALIA & FELDMAN, 2013, pag. 59).

Essas fases são divididas em: oral, anal, fálica, latência e genital.

3.1.5 Fases psicossexuais na primeira infância

A primeira infância vai do nascimento até o 3º ano de vida da criança e durante ela estão duas fases psicossexuais: a oral e a anal. A fase oral começa durante o nascimento e se estende até 12­18 meses. Essa fase tem a alimentação como principal fonte de prazer e, devido a isso, durante a fase adulta poderá acarretar no "[...] hábito de roer as unhas, fumar ou desenvolver personalidades agressivamente críticas." (DESENVOLVIMENTO HUMANO; PAPALIA & FELDMAN, 2013, pag. 59)

A fase anal se estende dos 12­18 meses até 3 anos e é caracterizada por ter como principal fonte de prazer o ânus ou os movimentos do intestino. Quando a criança se fixa na fase anal, pode acabar tendo "obsessão por limpeza, ser rigidamente ligada a horários e rotinas ou mesmo tornar-se provocadoramente desleixada" (DESENVOLVIMENTO HUMANO; PAPALIA & FELDMAN, 2013, pag. 59)

3.1.6 Fase psicossexual na segunda infância

A segunda infância engloba dos 3 aos 6 anos de vida da criança

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