Praticas Socias
Por: Rodrigo.Claudino • 6/11/2018 • 3.989 Palavras (16 Páginas) • 275 Visualizações
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Conclusão
O shopping center é um local que contem vários estabelecimento de diferentes bens de consumo, maioria tentativos. Alem de lanchonetes, restaurantes, cinemas e playground.
As pessoas recorrem ao shopping, muitas vezes, para fugir da agitação da rotina, do stress e da correria do cotidiano. Paquerar, ir ao banco, encontrar os amigos, almoçar, levar as crianças para brincar. Para elas representam alem de tudo, um espaço de consumo e lazer ao mesmo tempo, muitas vezes por se tratar de um lugar mais fechado e seguro.
É possível perceber, o quanto as pessoas ficam satisfeitas com o ambiente, estão sempre sorrindo, com uma feição de tranquilidade e calma. Tudo parece estar em câmera lenta se comparado com a rotina fora dos shoppings. Eles ficam satisfeitos muitas vezes só de estar olhando a vitrine.
Na observação conseguir identificar varias faixas etárias, desde crianças que vão acompanhadas com os pais, para passear, adolescentes que usam o shopping como um lugar de encontro com os amigos, adultos que vão fazer compras e pessoas que vão sós para resolver algo e não para se divertir.
Foi muito importante para mim essa observação, essa experiência me fez crescer e me amadureceu enquanto estudante de psicologia. Foi uma oportunidade para observar o comportamento das pessoas fora da rotina do dia a dia.
Aluno: Andreia Meireles Costa
Data: 26 Fevereiro de 2016
Duração: 1 hora
Horário: Início 00:10h – término 01:10 h
Local: Hospital São Mateus
Horário da aula: Terça- feira – noturno – 1 horário
Observação
Uma moça de cabelo preto, blusa de frio azul, saiu na chuva pela porta principal e entrou em um carro preto que estacionou bem na frente. Ficaram conversando dentro do carro por alguns minutos. De repente abriu a porta do carro, entrou novamente no hospital e sentou na primeira cadeira da terceira fileira. Ela pegou o celular e ficou por um longo período a partir do momento que sentou. Parecia não estar preocupada com o que estava acontecendo ao seu redor, estava mais interessada no que estava no celular.
Do lado da moça da blusa azul, havia um casal conversando. A mulher estava de vestido preto, parecia ser um uniforme, estava de sapato de salto com a metade do pé para fora, como se estivesse machucando ou cansando ou pés. O rapaz usava uma bermuda vermelha, regata preta com detalhes na cor branca e uma sandália havaina preta. O pé direito estava muito inchado, talvez o motivo pelo qual estivesse esperando o atendimento no hospital. Eles pareciam estar bem estressados com o assunto que estavam conversando. Principalmente ele, articulava bastante com os braços, balançava a cabeça, colocava a mão no rosto e falava com um tom de irritado. As pessoas que estavam próximas estavam incomodadas, inclusive eu que estava acompanhando um paciente. As pessoas estão naquele local doentes ou acompanhando alguém doente, não é legal ter esse tipo de postura em um ambiente como o hospital. Chamou-me atenção o fato deles não se incomodar nem um pouco e nem perceber que não era um lugar conveniente para discutir.
Chegou uma criança em uma maca com os paramédicos e entraram pela porta da esquerda. As pessoas que estavam sentadas próximas e faziam cara de assustadas e outras pareciam estar achando ruim pelo fato da criança ter tido preferência no atendimento.
Saíram dois enfermeiros pela porta da direita, conversando e rindo, segurando um copo de café. A enfermeira estava segurando na outra mão um papel, parou de conversar e chamou as pessoas que estavam nas listas. Entraram cinco pessoas e algumas entraram reclamando da demora no atendimento. Os enfermeiros entraram e fecharam a porta. Diferente das outras pessoas que estavam tristes, os enfermeiros estavam inclusive rindo, parecia estar fazendo tudo no automático, como se já fosse rotina estar naquele ambiente, sem se abalar.
Do meu lado direito havia uma copa, no ambiente tinha dois filtros, três garrafas de cafés, seis bancos, uma maquina de venda automática de alimentos e um balcão de mármore. Tinha duas mulheres sentadas no banco, uma estava de calça jeans, blusa listrada e uma sapatilha vermelha. A outra de vestido cinza estava comendo salgadinho. Conversavam e mexiam no celular. Um homem entrou, cumprimentou as duas, comprou duas barras de cereais na maquina e se sentou no banco do lado delas. Escutei a conversa e entendi que estavam no hospital, pois um aparente estava em atendimento.
Chegou uma senhora desesperada com uma criança no colo, correu em direção à recepção, a recepcionista pede calma, mas parece que a senhora se irrita com a recepcionista, começa a gritar que a filha não esta bem e precisa de atendimento urgente. Esta muito nervosa, preocupada com a quantidade de pessoas, pois estava lotado, sem lugar para sentar, um tremendo caos, a recepcionista nem se preocupa, faz tranquilamente. A senhora leva a criança para a triagem, a porta se fecha, passa alguns minutos e a senhora sai com a criança com a pulseira amarela no braço e se senta resmungando por ter que aguardar o atendimento. A criança chora muito o tempo todo e parece incomodar as outras pessoas. A senhora tenta dar água, mas parece não adiantar.
Conclusão
No cotidiano de um hospital, nos deparamos com varias pessoas, de necessidades distintas, vários sentimentos e comportamentos. Ate por que independente da razão medica de estar ali, esta será para ela uma experiência desagradável, de incertezas, apreensão e medo.
O contato com um ambiente desconhecido e mal visto pelas pessoas, marcado por regras que nos decepcionam, com cuidado de pessoas que muitas vezes não da o cuidado e nem atenção necessária. Um local, que as pessoas normalmente vão por pura necessidade e geralmente em momentos dolorosos. Hospital traz memórias e historias ruins.
Não foi fácil observar um ambiente, onde as pessoas estão o tempo todo triste, cabisbaixo, insatisfeitos, abatido, desanimado, transparecendo dor e sofrimento. Onde os responsáveis pelos cuidados parecem não se preocupar em nenhum momento. Um lugar onde vemos dor e sofrimento é um tipo de cotidiano que é difícil de presenciar e ate mesmo de compartilhar.
Aluno: Andreia Meireles Costa
Data:02/03/2017
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