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EDUCACAO COMO PRATICA DA LIBERDADE

Por:   •  20/9/2017  •  2.378 Palavras (10 Páginas)  •  752 Visualizações

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O ensaio é composto por algumas partes escritas por Weffort, são elas:

- Educação e Política;

- Canção para os Fonemas da Alegria;

- Educação como Prática da Liberdade;

- Agradecimento;

- Esclarecimento;

Nesta resenha será tratado os apenas quatro capítulos escritos por Freire, que são:

01. A Sociedade Brasileira em Transição;

02. Sociedade Fechada e Inexperiência Democrática;

03. Educação versus Massificação;

04. Educação e Conscientização e por fim, um apêndice.

1. A Sociedade Brasileira em Transição

Neste capítulo, o autor discute, primeiramente, o homem com um ser racional, enraizado na sua cultura e na história, assim como, a necessidade de conhecimento dos acontecimentos que ocorre em seu meio. Freire, discute uma filosofia existencialista onde a ação de existir é individual, mas ela só se realiza em relação com outro “existires”, assim comunicar, participar, discernir e transcender são características ímpares do existir. Deste modo, propõe-se ao indivíduo um domínio que lhe é exclusivo: o da História que se construiu pela sua participação direta e indireta e o da Cultura que ele está inserido e que ajudou a formar. Percebe-se a mesma ideia citação abaixo:

“É fundamental, contudo, partimos de que o homem, ser de relações e não só de contatos, não apenas está no mundo, mas com o mundo. Estar com o mundo resulta de sua abertura à realidade, que o faz ser ente de relações que é”. (FREIRE, 1967)

Nesse primeiro capítulo, ainda o autor discute sobre conceitos que serão importantes no decorrer da leitura do texto. Um deles é o “tempo de trânsito” que é constituído pelo esvaziamento de temas antes plenos e o surgimento de outros temas, resultando, então, uma passagem para outra época. Esse período de mudança do contexto social e histórica ocorre de forma bastante rápida, logo, é necessário que o povo acompanhe essa constante transformação, do contrário, ficará um povo a ser ultrapassado e fácil de ser manipulado. Afinal, a situação que se vivia naquele momento era na década de 60 onde existia uma sociedade autoritária e de valores tradicionais.

2. Sociedade fechada e inexperiência democrática

No segundo capítulo, o intuito do autor foi avaliar em uma abordagem sociológica as raízes históricas e culturais da falta de experiência democrática dos cidadãos brasileiros no período pré-golpe. Neste momento, o regime de exceção, permitia a não vivência de momentos que o povo pudesse exercer a democracia. Diferentemente dos demais que escreviam sobre tal situação, Freire exclui do povo a culpa que lhe é atribuída. Assim é notório que a dificuldade não era no “agora”, mas nos resquícios que a história brasileira trazia desde a colonização, de não se ter uma cultura plenamente democrática. O Brasil passou por ocasiões que se pregava ora a democracia, ora a ditadura, deixando sua nação às margens do conhecimento democrático e com isso sem reação para tal condição.

Adiante, vem o questionamento da postura de um povo conformado ou satisfeito, chamada de “mutismo”, pessoas essas, que tudo aceita. Segundo o autor, a democracia foi pega de um trabalho de sucesso de outro país e imposta no Brasil, e não construída pelo próprio povo brasileiro. Deste modo, ele ressalta que o homem precisa olhar para a sua vida, seu contexto, seu país, deve lutar pela liberdade de agir de pensar e se libertar dessa opressão.

3. Educação versus Massificação

O terceiro capítulo, faz uma crítica sobre a educação tradicional que existia nas práticas pedagógicas da época, e a necessidade de modificação dessa condição. O autor mostra que solução está no homem e na habilidade de educar-se no como sujeito histórico envolvido. Assim, Freire mostra uma discussão sobre a primordialidade de o povo estar inserido nos questionamentos de seu contexto, e que para haver esse despertar, a educação é uma chave para o indivíduo obter aprendizado, discutir, analisar e modificar seu meio. Portanto, educação serve como instrumento para superar a inexperiência democrática citada no capítulo anterior, a ideia pode ser aludida na citação abaixo:

“Uma educação que possibilitasse ao homem a discussão corajosa de sua problemática. De sua inserção nesta problemática. Que o advertisse dos perigos de seu tempo, para que, consciente deles, ganhasse a força e a coragem de lutar, ao invés de ser levado e arrastado à perdição de seu próprio “eu”, submetido às prescrições alheias. ” (FREIRE, 1967)

Com base no exposto, o autor mostra que a meta desafiadora seria o enfrentamento do problema que “transcendia a superação do analfabetismo e se situava na necessidade de superarmos também a nossa inexperiência democrática”(FREIRE, 1967). Afinal, o povo necessita ser transformado pela educação, para assim esse modificar a sociedade. Não existe modificação sem mobilização do povo, mas antes é necessário ter consciência do que se estar lutando.

4. Educação e conscientização

Como finalização desta obra, Freire apresenta uma série de informações estatística e por ele vivenciadas em sua atividade enquanto pedagogo. O texto mostra sobre a relação entre educação e conscientização, através de uma proposta que possibilita o acesso do povo analfabeto à educação. Seu próprio “método” de alfabetização de adultos propõe transformar o homem- objeto em homem-sujeito da sua vida e de sua cultura e consequentemente, responsável pela modificação do contexto atual.

Freire, em suas práxis pedagógica, não apenas dissertava o método, mas também, participava das atividades que quase sempre envolviam a alfabetização. Considerando a condição diferenciadas deste público, os métodos adotados não poderiam ser os mesmos tradicionais usados com crianças. Deste modo, foram admitidas três premissas para que fossem lecionados os conteúdos para os jovens e adultos. A primeira era que o método sempre deveria ser ativo, dialogal e criticizador. A segunda é necessidade da modificação do conteúdo programático, por fim, a terceira aponta

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