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Politicas publicas

Por:   •  2/1/2018  •  2.487 Palavras (10 Páginas)  •  319 Visualizações

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O que chamamos de sofrimento mental comum?

Tristeza, desânimo, perda do prazer de viver, irritabilidade, dificuldade de concentração, ansiedade e medo (às vezes na forma de crises), mudança no sono e apetite (por vezes para mais, por vezes para menos), dores (frequentemente crônicas e difusas), cansaço, palpitações, tontura ou mesmo alterações gástricas e intestinais (GOLDBERG, 2005). As síndromes mais frequentes na AB são a depressiva, ansiosa e de somatização (as chamadas queixas físicas sem explicação médica).

Ocorre que na AB, a maioria dos usuários que apresenta uma dessas três síndromes também apresenta uma ou mesmo duas das outras síndromes. Os pesquisadores observaram que essas três síndromes também compartilham fatores de risco e tem um curso clínico semelhante (GOLDBERG, 2005). Por fim, muitas pessoas têm episódios intermitentes de intensificação dessas síndromes, alternando períodos com pouca ou nenhuma sintomatologia, com períodos de mais intensidade (que fecham diagnóstico) e de menos intensidade (os chamados quadros subclínicos) (NICE, 2011).

As manifestações mais comuns do sofrimento mental na AB fazem parte de uma única síndrome clínica com três grupos ou dimensões de sintomas que se combinam: tristeza/desânimo, ansiedade e sintomas físicos (somatização).

- A Crise

Os clínicos procuram compreender apesar de formas diferentes de métodos, quais os contextos que produzem o sofrimento mental nas pessoas comum em populações e pessoas, estudos apontam para diversas situações individuais que apontam para vulnerabilidade destes indivíduos em suas formas de vida sociais, econômicas e culturais, que se associam a esses sofrimentos.

Algumas situações de vulnerabilidade foram apontadas em pesquisas como que as mulheres sofrem duas vezes mais que homens, não pela questão biológica do sexo, mas, de gênero e estão relacionados aos papéis sociais que elas desempenham. A pobreza, a falta de emprego, e a cobrança nas empresas também são apontadas como as principais causas de sofrimento mental no Brasil, bem como a vulnerabilidade das mulheres negras ou pardas.

Outras situações também contribuem para que ocorra sofrimento mental, são as desestabilizações, os eventos da vida e seus significados, as humilhações, associadas a perdas de vínculos ou atos de delinquência por parente próximo, diminuição da pessoa frente à comunidade, como as violências domesticas, se sentir sem saída, por não conseguir mudar de vida de uma situação punitiva, como não ter opção de mudar de emprego, agravamento de doenças, eventos marcantes e perda por morte de parente próxima são causa de sofrimento mental.

O sofrimento mental comum também tem um impacto significativo para a saúde, estudo apontam que pessoas com depressão ou ansiedade estão relacionadas ao agravo de doenças como diabete, doenças cárdico e cerebrovascular, também as pesquisas se revelou que o consumo de substancias psicoativo está associado a doenças infecciosas, e psicoses puerperais são relacionados a prejuízos na saúde dos bebes.

A situação mais comum que e encontrada na A.B., é o alcoolismo, e tem como objetivo a intervenção precoce de problemas relacionados e integração de patologias agravadas pelo álcool, a pessoa com certeza já percorreu um longo caminho até chegar ao atendimento com o uso excessivo de álcool, mas o profissional de saúde que atende deverá através de uma avaliação orientar o sujeito e familiares para os riscos à saúde, e também se preciso encaminhar para serviços especializados, é importante mostrar os riscos clínicos do uso de álcool, e também os profissionais devem levar em considerações esta situação para o aparecimento de depressão e ansiedade.

A Atenção básica também desempenha um papel muito importante no diagnostico precoce de quadros de psicose, a proximidade com os usuários promove um acompanhamento, mais longo da vida destes usuários, que privilegia a atenção básica, os quadros de psicoses podem estar relacionados a períodos de retração e queda de rendimento escolar em jovens, e também desorientação ou infantilização de comportamentos e falas, esses sintomas aparecem em semanas ou poucos meses e a pessoa pode esconder esses sintomas o que exige uma relação de confiança entre usuário e profissionais da saúde.

Os quadros psicóticos combinam com, alteração de humor, (psicoses afetivas), delírios e alucinações, fortes sintomas depressivos, sintomas maníacos como aceleração da fala, impulsividade (gastos de dinheiro e na sexualidade), desinibição, bom humor, dificuldade de concentração e diminuição do sono, eles podem aparecer em semanas e tem que recorres ao profissional de saúde mental, a maior facilidade porem para realizar atendimentos em domicílios e os vínculos que as equipes fazem com as famílias podem possibilitar intervenções rápidas e efetivas na crise.

O seguimento em longo prazo e a reabilitação psicossocial deve ir além da medicalização imposta pelos generalistas, devera haver um pacote mínimo de atenção básica e ser Inter setorial com o intuito de dar condições de vida ao individuo para exercerem sua cidadania como estudar, namorar, trabalhar e decidir sobra sua própria vida, só em ultimo caso deve-se recorrer à internação, além disso, não negligenciar as atenções das doenças que vem em comorbidades com o problema mental.

As situações de crises são diversas como alvoroço, desorganização, confusão comportamentos violentos, os choros, isolamento, tristeza, apatia, a insegurança são algumas impressões que apontam que algo não esta bem com o sujeito, e que devem ter a atenção daqueles que convivem com ele, o que trona um problema de configuração social já que as dificuldades de comunicação são muitas, devidos a preconceito, crenças e valores, que sempre são relacionados às pessoas com problemas mentais.

Mas afinal o que e crise?

A palavra crise devem do grego Krisis, e quer dizer momento de decisão, de mudança súbita; separar, decidir, julgar. No caso da crises psíquicas, expressam uma tentativa de cura ou resolução de problemas e sofrimentos cruciais na vida da pessoa, de um núcleo familiar e comunitário, neste caso os sintomas não devem muitas vezes ser suprimidos, e sim acolhidos e suportados desde que seja dado o suporte adequado.

Muitas vezes elas são superadas por igrejas, terreiros e outras formas culturais, somente parte e tratada pela psiquiatria. É preciso ampliar o olhar episódico garantindo

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