Políticas Públicas em Economia Solidária
Por: Evandro.2016 • 2/1/2018 • 22.462 Palavras (90 Páginas) • 413 Visualizações
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RESUMO[pic 9]
Este trabalho tem como objetivo apresentar uma análise das formulações das políticas públicas do governo brasileiro em Economia Solidária durante o primeiro mandato de Lula (2003-2006). A partir de um cenário de profunda pobreza e miséria e cheio de desigualdades sociais, no qual impera o modo de produção capitalista (um sistema excludente e concentrador das riquezas), almeja-se mostrar que a Economia Solidária surge como um mecanismo paliativo e mitigador das desigualdades. É através da cooperação e solidariedade entre os membros dos empreendimentos solidários que uma grande massa populacional desempregada e marginalizada pelo capital, de uma certa forma, vê a Economia Solidária como o caminho encontrado de se conseguir auferir renda para a sua própria subsistência. Investimentos públicos nesta área são cada vez maiores não só no Brasil, mas em todo o mundo. Verifica-se que ainda é muito cedo para esta “Economia Alternativa” sobrepor-se ao Capitalismo. O que há é uma coexistência entre os mesmos, no qual a Economia Solidária se encontra à margem do Capital e ainda em formação. Muitos desafios ainda têm de ser superados e a Economia Solidária ainda é bastante frágil para se perpetuar sozinha, sendo, de fundamental importância que haja um aumento dos investimentos estatais para que a mesma venha a se consolidar no futuro como um modo de produção econômico.
Palavras-chave: economia solidária. capitalismo. políticas públicas. governo Lula. desemprego. trabalho.
SUMÁRIO[pic 10]
1
2
2.1
2.2
2.3
3
3.1
3.2
3.2.1
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4.1
5
5.1
5.1.1
5.1.2
5.1.3
5.1.4
5.1.5
5.1.6
6
INTRODUÇÃO.........................................................................................................08
PANORAMA EVOLUTIVO DO SISTEMA CAPITALISTA E A CRISE
NAS RELAÇÕES DE TRABALHO.......................................................................11
A EVOLUÇÃO DO CAPITALISMO........................................................................13
A DETERIORAÇÃO DAS RELAÇÕES DE TRABALHO PÓS 1970....................21
O CENÁRIO BRASILEIRO......................................................................................23
O SURGIMENTO DA ECONOMIA SOLIDÁRIA À MARGEM DO CAPITALISMO........................................................................................................26
UM BREVE HISTÓRICO DA ECONOMIA SOLIDÁRIA NO MUNDO...............27
A ECONOMIA SOLIDÁRIA NO BRASIL...............................................................30
Mapeamento da Economia Solidária brasileira.....................................................34
INTERVENÇÃO PÚBLICA E ECONOMIA SOLIDÁRIA.................................40
O ESTADO BRASILEIRO E O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA SOLIDÁRIA NO PAÍS...............................................................................................43
POLÍTICAS PÚBLICAS DE APOIO E FOMENTO À ECONOMIA SOLIDÁRIA NO BRASIL.......................................................................................49
A ATUAÇÃO DO GOVERNO LULA ENTRE OS ANOS DE 2003-2006..............50
A criação da SENAES e seus impactos para o Brasil............................................50
Principais Projetos e Programas de fomento à Economia Solidária....................55
As Universidades e o governo na viabilização das ITCPs e dos EES...................59
Uma análise das formulações políticas no primeiro governo Lula.......................61
Principais desafios enfrentados................................................................................62
Objetivos sócio-econômicos alcançados...................................................................67
CONCLUSÃO...........................................................................................................69
REFERÊNCIAS........................................................................................................72
1 INTRODUÇÃO
A Economia Solidária ocupa hoje um espaço de bastante importância no cenário mundial e muito tem se discutido sobre seus elementos e fundamentos. Apesar de ser uma economia paliativa e que existe à margem do sistema capitalista, sua dimensão tem se ampliado muito rapidamente. A atenção voltada para esta economia cresce não só na esfera da população pobre e periférica, mas também em órgãos governamentais que se interessam mais e mais em fazer políticas solidárias, buscando reduzir as desigualdades econômicas e sociais vigentes em seus respectivos locais de atuação. Segundo os profissionais da área da economia solidária, sua origem decorre de uma crise que o sistema capitalista enfrenta, na qual estão presentes: um elevado grau de pobreza e desigualdade social e um crescimento significativo do desemprego, sendo, portanto, necessárias novas buscas por caminhos alternativos para reduzir esses males gerados pelo capital.
A origem da ES[1] é associada pelos seus profissionais à pobreza e à necessidade
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