Papel do Psicólogo nas Instituições de Acolhimento
Por: kamys17 • 8/11/2018 • 1.988 Palavras (8 Páginas) • 308 Visualizações
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ser protegidos pelo Estado, pela família e pela sociedade. Dois anos após a promulgação da Constituição de 1988, em 13 de julho de 1990, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) instituiu-se como Lei Federal nº8. 069 adotando a chamada doutrina da Proteção Integral, reafirmando que crianças e adolescentes devem ser vistos como pessoas em desenvolvimento, sujeitos de direitos e destinatários de proteção integral.
Com as mudanças propostas pelo ECA, orfanatos ou internatos denominaram-se unidades de acolhimento institucional e passaram a prestar plena assistência à criança e ao adolescente, oferecendo-lhes acolhida, cuidado, proteção, espaço para socialização e desenvolvimento. Porém, a institucionalização, apesar de proteger a criança ou adolescente em um momento de violação de direitos, acaba por colaborar para o enfraquecimento do vínculo familiar. Isso se justifica pela esporadicidade das capacitações ofertadas pelas políticas públicas e por não condizerem com a realidade vivenciada, cotidianamente, nos acolhimentos.
É nesse cenário, que a pesquisa se insere e propõe refletir sobre as demandas dos profissionais de acolhimento institucional, junto com a matéria apresentada em sala a psicologia comunitária.
O objetivo da nossa entrevista na Instituição de Acolhimento de Duartina- SP, é ver o dia a dia de seus funcionários, como é feito o trabalho em equipe dentro dessa instituição, seus trabalhos sociais, as intervenções, o trabalho do psicólogo com essas crianças que necessitam desse atendimento especial, e como a coordenadora lida com o fato de ver o sofrimento dessas crianças.
Foram levantados dados através de perguntas direcionadas a coordenadora e o psicólogo presente na instituição. O resultado do trabalho procura ser condizente com a realidade experimentada pelos profissionais atuantes nesse acolhimento.
2. MÉTODO
2.1 Local
A pesquisa foi realizada em uma instituição de acolhimento infantil, mais conhecida como, casa abrigo, na cidade de Duartina-SP.
2.2 Participantes
Para a efetuação da pesquisa, uma integrante do grupo se dirigiu ao local para a prática da pesquisa.
2.3 Materiais
Para a realização da pesquisa, foi utilizado um roteiro de entrevista como técnica, com perguntas específicas com o objetivo de investigar e compreender o funcionamento da instituição, do papel do psicólogo desempenhado, conhecer os pontos positivos e negativos do local entre outros. Para aplicação da entrevista, foi adotado, como instrumento de realização, a entrevista impressa para seguir o roteiro, um celular como gravador durante toda a pesquisa, uma caneta para anotações extras.
2.4 Procedimento
No local a entrevista foi aplicada com o psicólogo que atua na instituição e com o coordenador que gerencia a organização, mas houve uma relevância dos outros profissionais também para melhor conhecimento do funcionamento da instituição. Primeiramente a entrevista foi aplicada com a coordenadora do local, em seguida com a psicóloga.
2.5 RESULTADO
Obtivemos do coordenador do local a informação de que a instituição iniciou suas atividades em 2002 com a intenção de acolher e cuidar das crianças. Para cumprir essa tarefa conta com a união de sete profissionais para o desempenho de seus objetivos, a idade alcançada pela instituição. Entre esses profissionais, além da coordenadora e psicóloga, ajudante geral e monitoras são necessários para uma equipe. Estes profissionais demonstram desempenhar um papel de família na vida dos presentes na instituição. Foi constatado que a falta de apoio dificulta ampliar o sistema desejado para atender as crianças e futuros pais.
O trabalho exercido pela psicóloga é voltado para trabalhar o comportamento dos acolhidos, pois há muito disputa entre eles. A técnica usada para isso é em grupo, pois a visão de terapia se tornou menos viável pela convivência muito próxima da psicóloga com os abrigados. Um novo alvo à ser alcançado é o trabalho como palestras com os pais que pretendem adotá-los, mas que por falta de espaço e apoio do poder judiciário ainda está em luta para conseguir alcançar esse objetivo.
3. DISCUSSÃO
Na elaboração do trabalho, pesquisas feitas e conversa com a psicóloga da instituição, vimos o quanto o papel do psicólogo é de suma importância e responsabilidade nas instituições de acolhimento, não só em relação às crianças e adolescentes abrigadas, mas também para todos os profissionais que compõe a casa de abrigo. É importante ressaltar também a importância das orientações adequadas que devem ser seguidas pelos profissionais, o recurso oferecido pelas políticas publica municipal, para zelar pela integridade física e emocional das crianças e adolescentes, promovendo todos os direitos fundamentais.
O abrigo refere-se a entidade que desenvolve um programa especifico de proteção especial e acolhimento institucional prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e definida como ‘’ provisória e excepcional’’. Cujos direitos foram violados ou ameaçados pela família, pela sociedade ou Estado. Ele tem como missão fazer com o que as crianças tenha os cuidados adequados, e que elas necessitam, no intuito de acolher, proteger e garantir os direitos das crianças e adolescentes abrigados, oferecendo atendimento especializado e proporcionando qualidade de vida e saúde mental pelo período em que necessitarem, encontrando na instituição um espaço de acolhimento, cuidado e proteção, tratando não só das questões físicas, mas também psicológicas das crianças, até que sejam reintegrados ao lar ou colocados em família substituta por determinação judicial. Isso requer que, enquanto durar a aplicação de medida, os abrigos contribuam com os profissionais que o compõe, para ajudar aqueles que em casos extremos necessitam permanecer afastados das suas famílias até que as condições adequadas de sobrevivência se restabeleçam no sentido de buscar e manter os vínculos familiares dos abrigados, na rotina do atendimento apoiando as famílias a receber seus filhos de volta, exercendo de forma a adequada suas funções.
E especialmente nos casos que não haverá mais retorno á família, tendo que permanecer nos abrigos até se integrarem
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